Foi-se abaixo a "casa de pedra", a última casa sobrevivente na Avenida Atlântica (a penúltima foi a "casa rosa", o antigo consulado da Áustria no Posto 6). Em seu lugar será construído o primeiro hotel seis estrelas do Brasil. O projeto da arquiteta iraniana Zaha Hadid prevê a utilização de pedras da casa demolida na construção nova. Mas em meio ao mar de prédios de Copacabana — colados uns nos outros pois foram erguidos numa época (anos 40, 50) em que o zoneamento urbano ainda não previa áreas livres nos terrenos como em bairros mais modernos, tipo Ipanema — ainda sobrevivem algumas casas antigas, umas poucas tombadas pelo Município,* que você pode ver na postagem UMA HISTÓRIA URBANA & ÚLTIMAS CASAS DE COPACABANA clicando aqui.
"RIO — A demolição levou três dias. E desde esta segunda-feira a última casa da Avenida Atlântica, localizada na esquina com a Rua Santa Clara, já não faz parte da paisagem da Praia de Copacabana. No fim da tarde, a retroescavadeira colocava abaixo as últimas paredes do imóvel, conhecido como a “casa de pedra”. Segundo o comprador, o empresário Omar Peres, dono do restaurante La Fiorentina, a propriedade saiu por R$ 32 milhões — corretores estimam entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões o valor de um imóvel do gênero na orla do bairro.
— A demolição termina hoje, e vai levar ainda cerca de um mês para o terreno ficar todo limpo, explicou. O hotel vai demorar, no mínimo, dois anos para ficar pronto. Vamos inaugurar antes das Olimpíadas — informou Peres, que tem como sócio no negócio o dono da Avianca, German Efromovich.
O projeto arquitetônico para o hotel inclui, na entrada, uma parede com pedras da casa, que receberá, do designer Aroeira, imagens de grande nomes do Rio. A ideia, do próprio Peres, foi encampada pela arquiteta, a iraquiana Zaha Hadid. A construção terá 12 andares e cerca de cem apartamentos.
Sobre o hotel, o empresário garante que o diferencial, além da vista (é claro!) serão os mimos aos clientes, como mordomo bilíngue exclusivo — que pode fazer compras e arrumar o armário, por exemplo —, carro para buscar e levar ao aeroporto, bebidas como bons vinhos e uísque na diária e um spa no terraço. Outro destaque pode vir de um restaurante no local: Peres negocia com o chef Alex Atala, dono do D.O.M., que, assim, traria sua marca para o Rio.
— No setor hoteleiro, é fundamental que o cliente fique satisfeito — afirma Peres, que já construiu outros dois hotéis no Rio, mas pela primeira vez vai administrar uma unidade." (Matéria de Raphaela Ribas publicada no Globo Rio em 21/10/13)
3 comentários:
Isto me deixou triste... quando estive no Rio há dois meses, presenciei ao vivo a demolicao do nosso Consulado. Memórias da infancia e da adolescencia vieram à tona, tantas comemoracoes que passamos ali... agora a casa de pedras quase na esquina da Santa Clara... mas, se nao me engano ainda existe uma casa branca de dois andares no Leme... nao é?
No Leme sobrevive uma mansão imensa à beira do morro, sob a comunidade do Chapéu Mangueira, que você pode ver em http://www.panoramio.com/photo/83723086.
Aqui no Brasil, não se valoriza, história!
Só dinheiro e lucros. Não importa a que preço.
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