ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)
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3.12.12

TREM DO SAMBA 2012: NOS TRILHOS DA TRADIÇÃO CARIOCA



A 17a edição do Trem do Samba no ano de 2012 homenageou Chico Santana, nobre sambista portelense. Exaltando a cultura carioca, a tradição do trajeto de Paulo da Portela e comemorando o Dia Nacional do Samba, Marquinhos de Oswaldo Cruz e um grupo de sambistas refazem no trem a rota da diáspora dos descendentes de escravos expulsos do centro do Rio, alocados nos subúrbios e nos morros.

O Trem do Samba é uma grata oportunidade de relembrar a história do Rio de Janeiro. A herança de um povo oprimido, que foi capaz de gerar um ritmo identificador da cultura nacional, é celebrada em 3 dias de festas pelos sambistas tradicionais, da atual geração e pelo povo que embarca nesta viagem, que vai da Central do Brasil a Oswaldo Cruz — subúrbio da Cidade Maravilhosa. 

O editor deste blog fez umas filmagens amadoras captando o espírito dessa festa do samba, que podem ser vistas no YouTube clicando aqui.

5.12.10

TREM DO SAMBA 2010


Trem e música: componentes tradicionais das comunidades negras nas Américas. Confirmando essa tradição, no início do século XX, e fugindo da perseguição imposta pela elite às práticas simbólicas negras, Paulo da Portela e seus companheiros de escola reuniam-se no trem (que foi transformado em "sede social"), na volta do trabalho, cantando e tocando samba.

Bem mais tarde, em 1991, Marquinhos de Oswaldo Cruz (cantor e compositor portelense) vai também utilizar o trem como um espaço para reunião de sambistas. Também fugindo da repressão às vozes e ritmos negros, Marquinhos e um grupo de sambistas refazem no trem a rota da diáspora dos descendentes de escravos expulsos do centro da cidade. Buscavam mostrar a cidade, a música que era produzida no subúrbio e, em especial, no desconhecido bairro de Oswaldo Cruz. Esse movimento tem sua primeira vitória quando Marquinhos de Oswaldo Cruz e Juarez Barroso conseguem indicar a Velha Guarda da Portela para recebimento da Medalha Pedro Ernesto.

Toda essa luta foi acompanhada de descrédito de muitos moradores que consideravam essas questões menos importantes . Para muitos, Marquinhos era um indivíduo alienado, que só falava de samba. Não entendiam que uma comunidade se mantém através da sua memória e que a memória do bairro de Oswaldo Cruz sempre esteve ligada a música tradicional.

Um vagão de trem continuou a ser utilizado ainda em 1992. No entanto, foi em 1996 que o "Pagode do Trem" passou a comemorar o Dia Nacional do Samba. Assim, Marquinhos inventa uma forma original de celebrar o dia 2 de dezembro, relembrando a trajetória do povo negro que com a reforma Pereira Passos, foi expulso dos lugares nobres da cidade para os subúrbios e morros.

Acreditamos então, que em sua 15a edição, o Trem do Samba conseguirá atingir seus objetivos de difundir o samba que é produzido nos subúrbios cariocas (Texto extraído do folheto do Trem do Samba 2010).

Estação Oswaldo Cruz

Velha Guarda da Portela

Clube do Samba

Palco na Rua João Vicente

Botequim

Sambistas

Se todo mundo sambasse seria mais fácil viver...