O Rio de Janeiro está muito bem servido de salas de cinema, que exibem desde os grandes blockbusters em 3-D até filmes “cabeça” alternativos. A programação semanal de cinema, com a relação de todas as salas e filmes, você encontra na revista Rio Show que vem com o jornal O Globo na sexta-feira, na revista Veja Rio que vem junto com a Veja ou no Guia Rio Show online clicando aqui. Eis algumas sugestões de cinemas interessantes.
Cinépolis Lagoon
Conjunto recentemente inaugurado de seis salas de cinema de alta tecnologia, metade equipadas com tecnologia 3-D. Segundo a Rio Show, “já tem gente trocando o Parque dos Patins pelo Cinépolis para namorar”. Fica na Av. Borges de Medeiros, 1424, ao lado do Estádio de Remo da Lagoa (ver mapa).
Estação Botafogo
Inaugurado como um cineclube em 1985, tornou-se referência de cinema de arte, substituindo o antigo Paissandu como templo sagrado dos cinéfilos cariocas. Divide-se em três salas, e diariamente alterna diferentes filmes em cada sala. Fica bem na saída da estação de metrô Botafogo (acesso Voluntários da Pátria) e o telefone é 2226-1988.
Odeon
O “último dos moicanos”, ou melhor, o último cinema sobrevivente na Cinelândia. Aberto em 1932, foi restaurado alguns anos atrás, sem perder suas características originais como a cortina vermelha da tela e o gongo antes da sessão (coisas que os outros cinemas não têm mais). É o cinema oficial do Festival do Rio e sedia ao longo do ano outros festivais, como Anima Mundi e Curta-Cinema. Promove vários eventos como Maratona, Sessão Cineclube, Cachaça Cinema Clube e Miscelânea Odeon. Fica em plena Cinelândia, perto da saída do metrô (Pça. Floriano, 7 — tel. 2240-1093). Deve ser o cinema mais barato da cidade com inteira a R$14,00.
Roxy
O bairro de Copacabana já teve mais de dez salas de cinema (Rian, Bruni, Metro, Ricamar, Caruso, Copacabana, Condor, Art-Palácio, Joia, Cinema I, Cinema II) mas apenas o pequenino Cine Joia (que ficou fechado muitos anos) e o Roxy sobrevivem. Inaugurado em 1934 e tombado pelo município, é um digno representante do estilo art déco em voga naquela época. Em 1991 passou por ampla reforma que, preservando o majestoso hall de entrada com sua escada hollywoodiana de acesso ao balcão e a bonita fachada aerodinâmica, dividiu o cinema em três salas (Roxy 1, 2 e 3) que ganharam sistemas de áudio e vídeo novos e poltronas mais confortáveis. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 945 (esquina com Rua Bolívar — perto da estação de metrô Cantagalo).
UCI New York City Center
Megacomplexo de 18 salas de cinema com excelente acústica e qualidade de projeção, sobretudo de filmes 3-D. Fica no New York City Center, o shopping com a Estátua da Liberdade em frente, no moderno bairro da Barra da Tijuca. O New York City Center fica grudado no Barra Shopping (existe uma ligação interna entre os dois shoppings). Para chegar lá compre um bilhete “Barra Expresso”, vá pela Linha 1 do metrô até a estação Siqueira Campos e pegue o ônibus Barra Expresso, saltando na estação Barra Shopping (a viagem leva uns 45 minutos).
Unibanco Arteplex
Conjunto de seis salas exibidoras que surgiu em 2005 no local dos antigos cinemas Scala e Coral. Oferece som THX, poltronas confortáveis, ótimos projetores e exibe um mix de filmes bem diversificados. Fica na Praia de Botafogo, 316, pertinho do Botafogo Praia Shopping (no 400, que também abriga um conjunto de salas de cinema, o Cinemark Botafogo). Tel. 2559-8750. A menos de setecentos metros da estação de metrô Botafogo (acesso São Clemente). (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna.)
Ver Alguns cinemas num mapa maior
O Rio nos filmes
Desde que Fred Astaire e Ginger Rogers apareceram no filme de 1933 Flying Down to Rio, o mundo se fascinou com o Rio de Janeiro.
O mestre Hitchcock rodou um filme de espionagem no Rio de Janeiro, Notorius (título brasileiro: Interlúdio), contando a história de um agente americano (Cary Grant) que se infiltra num grupo de nazistas alemães que fugiram para o Brasil após a guerra.
Cenas de 007 contra o Foguete da Morte, de 1979, foram filmadas no Pão de Açúcar, incluindo uma luta em pleno teleférico.
Recentemente o brasileiro Carlos Saldanha dirigiu um filme americano de animação computadorizada em 3D que é uma bela homenagem à cidade: Rio. Segundo Saldanha, “em todo processo de sua produção, minha paixão pela cidade serviu de inspiração. Na criação artística do filme, eu imaginei que poderia tomar algumas liberdades criativas, mas também sabia que a essência do Rio de Janeiro precisava ser autêntica. [...] Como resultado, eu acredito que capturamos a verdadeira energia da cidade no filme Rio [...]”.
Entre os filmes nacionais que mostram o Rio estão:
Rio Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos, com
Grande Otelo e Jece Valadão.
Orfeu Negro (1959), filme ítalo-franco-brasileiro dirigido
por Marcel Camus, baseado na peça teatral Orfeu da Conceição de Vinícius de
Moraes.
Esse Rio que Eu Amo (1960), também de Carlos Hugo
Christensen, com roteiro de Millôr Fernandes.
Crônica da Cidade Amada (1965) de Carlos Hugo Christensen,
com roteiro escrito por um time de craques, incluindo Millôr Fernandes, Manuel
Bandeira, e Carlos Drummond de Andrade.
Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira,
com a saudosa Leila Diniz.
Garota de Ipanema (1967) de Leon Hirszman.
Menino do Rio (1981) de Antônio Calmon.
Redentor (2004) de Cláudio Torres.
(Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna.)