ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

26.4.10

TIJUCA - PARTE I

ARQUITETURA, ARTE AMBIENTE, LOGRADOUROS. Fotos do editor do blog.

O Crepúsculo (Tijuca Tênis Clube).

Quem não admirará esse soberbo Corcovado, verdadeira maravilha, de cujo altivo píncaro se dominam as duas sumptuosas capitaes [Rio e Niterói], a magestosa bahia e o vasto oceano, a confundir-se com o firmamento, apresentando ás nossas vistas os panoramas mais bellos e mais variados que na terra se possam encontrar? E a encantadora Tijuca, coberta de formosos jardins e de virentes [=verdejantes] mattas, cortadas de límpidas fontes e de estrepitosas cascatas, que se escoam em alvíssimos aljofares [gotas d'água], quem deixará de admirar?

Joaquim Nogueira Paranaguá,
Do Rio de Janeiro ao Piauhy, pelo interior do paiz: impressões de viagem, publicado em 1905 pela Imprensa Nacional e transcrito na ortografia da época. O termo Tijuca tinha acepção mais ampla, designando a planície tijucana, atual bairro Tijuca, e também a montanha e floresta tijucanas, hoje Alto da Boa Vista, local do Parque Nacional da Tijuca, maior floresta urbana do mundo.)


Praça Saenz Peña. No fundo, as torres do Sumaré.
Estátua de bronze de Oswaldo Diniz Magalhães, radioginasta (Praça Saens Peña).
Escola Municipal Prudente de Morais (Rua Enes de Souza, 36).
Escola Municipal Soares Pereira, do final da década de 20: acesso avarandado com seis colunas toscanas lisas de granito e frontão ondulado (Av. Maracanã, 1450).
Shopping Tijuca.
Chafariz de ferro fundido do século XIX construído na França (Praça Comendador Xavier de Brito).
Antiga fábrica da Companhia Hanseática, depois Brahma, hoje Supermercado Extra

SALVE, TIJUCA!
Texto de Roger de Sena exclusivo para este blog

Pois é... chegou a hora da Tijuca aparecer no blog mais charmoso sobre o Rio!

A Tijuca não é um bairro com grandes atrativos. Pelo menos não daqueles que o turista, brasileiro ou estrangeiro, está acostumado a procurar no Rio. Porém a maior floresta urbana do mundo (Floresta da Tijuca) quase faz parte do bairro, a maior praia da cidade (Barra da Tijuca) a carrega em seu “sobrenome”, e o maior estádio de futebol do mundo é seu vizinho. Por tudo isso, e mais algumas outras coisas, a Tijuca é um bairro, no mínimo, pitoresco. Não sou um tijucano da gema – chamemos assim a quem nasceu e sempre morou lá - nem morro de amores por esse pedacinho de São Paulo encravado na Cidade Maravilhosa. Sim, porque seus moradores e sua geografia são um bocado parecidos com os dos “manos”. Lavar o carro na calçada ou na garagem continua a ser um hábito tão tijucano quanto paulistano.

OK, tirei a minha onda mas preciso dizer que estou tijucano, e por isso acompanhei o Ivo, junto com a Celina e o Valter, por alguns dos pontos mais curiosos, para que ele fizesse as fotos para o blog. Terminamos o passeio comendo as empadinhas do (bar) SALETE, na rua Afonso Pena, e, claro, tudo regado a muito chopp, que ninguém é de ferro!

Centro de Referência da Música Carioca, em palacete tombado e restaurado pela Prefeitura (Rua Conde de Bonfim, 824).

Ah! Tem mais: este ano, depois de, finalmente, vencer o desfile das escolas de samba do grupo especial, a Unidos da Tijuca fez o bairro frequentar as manchetes fora das colunas policiais. E uma UPP (Unidade de Policiamento Pacificadora) está prometida para a Comunidade do Borel (uma das maiores, se não a maior do bairro) para este começo de ano. Assim, esse outrora bucólico bairro carioca, voltará a fazer parte do roteiro bem cuidado da cidade!

Outra: sabiam que a Tijuca tem um hino? Mais ou menos assim: “Entre morros verdejantes / A Tijuca foi crescendo / Nas mansões, saraus e festas / E nas ruas, serestas / Violões tocando pelo ar / Os sons plangentes / Depois o silêncio vinha / Envolvendo em paz / As frias madrugadas de um passado  / Que não volta mais / (refrão) Mas no coração / A Tijuca não mudou / Mantém a tradição, a tradição!”

É mole? Está gravado em minha memória, junto aos outros registros que o alemão (Alzheimer) deixará para apagar por último. Então... coisas de quando as escolas públicas tinham aula de “Canto Orfeônico”!

Quem se dispuser a fazer uma busca pela net, certamente achará a partitura.
Salve, Tijuca!

Casarão em estilo europeu na Rua Saboia Lima. 
Velho botequim na esquina das ruas
Enes de Souza e Bom Pastor.
Simpático prédio de esquina nas redondezas do Colégio Militar.
Uma rua tranquila.
Saci na Praça Hans Klussmann ao lado do antigo reservatório, no final da Rua Saboia Lima

Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, clube dedicado ao folclore e danças lusitanas fundado em 1953, com extravagante decoração que reflete a origem portuguesa de seus sócios (Rua Haddock Lobo, 195).
Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, em estilo neocolonial luso-brasileiro (Rua Mariz e Barros, 775 - quase no bairro Maracanã). 
Ipê nos fundos do Hospital Gaffrée e Guinle.
O Palacete da Babilônia no Colégio Militar. Observe a Pedra da Babilônia atrás.
Antigo Colégio Marista São José (Rua Barão de Mesquita, 164).
Batalhão da Polícia do Exército (Rua Barão de Mesquita, 425).
Para encerrar com chave-de-ouro, as famosas empadas do Salete. Clique no marcador Tijuca abaixo para ver outras postagens sobre o bairro.

TIJUCA - PARTE II

IGREJAS DA TIJUCA & SUB-BAIRROS DA MUDA E USINA. Fotos do editor do blog e de Roger de Sena (RS).
Capela N.S. da Conceição, anexa ao Hospital Gaffrée e Guinle, em estilo neocolonial, assim como o hospital. 

— Mas, enfim, que pretendes fazer agora? perguntou-me o Quincas Borba,
indo pôr a xícara vazia no parapeito de uma das janelas.
— Não sei; vou meter-me na Tijuca; fugir aos homens. (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Cap. CXLI)

Foi em 1865, uma tarde de março, por sinal que chovia. Quando chegamos ao alto da Tijuca, onde era o nosso ninho de noivos, o céu recolheu a chuva e acendeu as estrelas, não só as já conhecidas, mas ainda as que só serão descobertas daqui a muitos séculos. (Machado de Assis, Dom Casmurro, cap. CII)

Fez-se o passeio à Tijuca, sem outro incidente mais que uma queda do cavalo, ao descerem. Não foi Rubião que caiu, nem o Palha, mas a senhora deste, que vinha pensando em não sei que, e chicoteou o animal com raiva; ele espantou-se e deitou-a em terra. Sofia caiu com graça. (Machado de Assis, Quincas Borba, cap. CXLIII).

Paróquia Bom Pastor (Rua Bom Pastor, 481). 
Paróquia Bom Pastor.
Igreja de São Sebastião dos Capuchinhos, construída em 1928 conforme projeto em estilo neobizantino de Archimedes Memória (segundo Hélio Brasil, o "Niemeyer do início do século XX", projetista também do Palácio Tiradentes) (Rua Haddock Lobo, 266). 
Túmulo de Estácio de Sá, morto em 1583, que antes esteve na antiga Igreja de São Sebastião no Morro do Castelo. 

Leandro Konder escreveu que “memória são referências do nosso caminho de vida”. Uma boa parte das minhas foi adquirida na Tijuca, bairro de forte presença da colônia judaica da zona norte, na vasta área que começa na Rua Uruguai e termina na Matoso, repleto de praças, colégios, hospitais, e de gente orgulhosa de morar num dos melhores lugares da cidade.

Falar em Tijuca é falar na Praça Saens Pena, ou, simplesmente, Praça, como nos referimos ao centro nervoso do bairro. Foi lá que comecei a conhecer o mundo por intermédio das galerias, das grandes lojas e das salas de cinema. [...]

A Tijuca judaica tomou conta de mim aos poucos. Na minha infância, havia duas sinagogas − nas ruas Afonso Pena e Ibituruna − onde encontrava meus avós paternos em festas religiosas. [...]

Os cinemas sumiram, assim como a Sloper e a Mesbla. As galerias não têm tanta importância, nem o Bob’s. O Monte Sinai se mantém na qualidade de catalisador da coletividade judaica do bairro, mas o Scholem não mais existe. Quando ando pelas ruas daquele quarteirão e reconheço algo que me leva no tempo, meus olhos ficam úmidos por que lembro a minha infância e juventude, a época em que era inocente e pouco conhecia do mundo. Hoje, quando busco forças para enfrentar os desafios diários de sobreviver em um mundo difícil, sinto-me mais confiante, pois me recordo daquelas referências. (Trechos da crônica "O meu shtetl", de Mauro Band, publicada no Boletim da ASA de março/abril de 2007).

Igreja de São Francisco Xavier. A igreja original era de 1625. Entre 1805 e 1873, foi reconstruída várias vezes. A fachada apresenta elementos de transição de estilos, com detalhes neoclássicos. O interior foi modificado em 1923 pelo vigário Monsenhor MacDowell, que mandou construir 21 altares, simbolizando os estados brasileiros (R. São Francisco Xavier, 75).
Igreja de Santo Afonso, em estilo neogótico (R. Barão de Mesquita, 275 - esquina com Major Ávila).
Igreja de Santo Afonso.
Igreja Matriz da Paróquia dos Sagrados Corações, de 1936, em  estilo neorromânico (Rua Conde de Bonfim, 474).
Igreja Maronita N.S. do Líbano, de 1960, estilo eclético com elementos góticos (portas em ogiva, a rosácea, etc. - R. Conde de Bonfim, 638).
Igreja Maronita N.S. do Líbano (portões).
Igreja Maronita N.S. do Líbano (detalhe).
Igreja de N. S. da Conceição, ao lado do Hospital da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. Consultei Alexei Bueno sobre o estilo, eis seu diagnóstico: "Um caos completo, cada andar tem um estilo. No térreo dá para notar um neoclássico tardio, os vão ainda em boa cantaria, como na bela igreja de S. João Batista da Lagoa, que é do Bethencourt da Silva, na Voluntários da Pátria. O segundo andar já não tem estilo nenhum, e as torres, para fechar tudo, são abomináveis. Ela deve ter demorado muito a ser construída, o que acaba dando nisso. Como dizia o Huysmans, a feiúra em arquitetura sacra deve ser obra do capeta!" (R. Conde de Bonfim, 987 - Muda) (RS).
Bonita casa na Rua 18 de Outubro, esquina com Rua Alves de Brito, na Muda (RS).
Fachada do Colégio Marista São José, na Rua Conde de Bonfim (RS).
Escadaria de acesso (do estacionamento) ao Setor de Emergência do Hospital da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, na Rua Conde de Bonfim (RS).
Fachada principal do hospital (RS).
Simpático antiquário próximo do Colégio Marista, na Conde de Bonfim (RS). Clique no marcador Tijuca abaixo para ver mais postagens sobre o bairro. Para ver mais fotos da Tijuca: do editor do blog, clique aqui; de Roger de Sena, clique aqui.

18.4.10

ARPOADOR NUMA TARDE DE OUTONO

Fotos tiradas da Pedra do Arpoador pelo editor do blog em dia de mar bravio no início do outono. Texto do Guia Michelin do Rio, 1a edição, 1990.

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O Arpoador é, na verdade, o início da Praia de Ipanema, com pouco mais de 500 metros de extensão, próximo a uma ponta de pedra que invade o mar e que separa Ipanema de Copacabana. O Arpoador, nome que vem dos tempos do Império, quando ali se concentravam pescadores de baleias, vindas da Antártica à procura de águas mais quentes para procriar, permaneceu por muito tempo, quase como uma praia exclusiva de seus moradores. [...] Na década de 1980, a rua foi transformada em calçadão com jardineiras floridas e bancos e o tráfego de veículos restrito aos moradores. [...]

A praia é muito concorrida nos finais de semana, principalmente por surfistas, que encontram condições ideais para a prática do esporte.

A melhor hora do dia para se visitar a Pedra do Arpoador é à tardinha, quando o sol vai-se pondo no horizonte. Do alto da pedra, áspera e batida pelas ondas, com o vento soprando suave e envolvendo o corpo num abraço, os olhos se enchem de formas e cores diante da vista: à esquerda, a Praia do Diabo; à direita, a longa curva das Praias de Ipanema e Leblon, limitadas entre grandes prédios, avenidas cheias de carros e o calçadão, e a faixa de areia, onde, aqui e ali, surgem concentrações de coqueiros ; logo a seguir, o mar, imenso e tranquilo a essa hora, une-se ao céu, ambos num tom de azul esmaecido e acinzentado. Pouco a pouco, à medida que o sol se põe atrás do Morro Dois Irmãos, recortando sua silhueta negra contra o horizonte, o mar se enfeita de prata com pequenos pontos de chumbo, que são as IIhas Rasa, Redonda e Comprida [...] Pouco a pouco, as luzes da cidade se acendem, formando colares de brilhantes que adornam a noite. O mar, que já não pode mais ser visto, emana, então, seu aroma forte e penetrante. O espetáculo se completa quando a lua surge redonda, inteira, arrebatando todos os olhares e atenções, logo ali, em frente ao Arpoador. (Guia Michelin do Rio de Janeiro, 1a edição,1990).

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Para ver também fotos do pôr-do-sol no Arpoador no verão clique no marcador "Arpoador" abaixo.

8.4.10

PALACETE DA BABILÔNIA NO COLÉGIO MILITAR

Um raro casarão imperial que conseguiu sobreviver na Tijuca. Fotos de Roger de Sena (RS) e do editor do blog (IK).


Entrada do Colégio Militar na Rua São Francisco Xavier. (IK)

Quem passa em frente ao Colégio vê esta placa. Para visitar o Palacete é preciso pedir autorização à Comunicação Social do Colégio. (IK)

O "Palacete da Babilônia", antiga propriedade do Conde de Bonfim, Barão de Mesquita e Barão de Itacuruçá e atual sede do comando do Colégio Militar do Rio de Janeiro (Casa de Thomaz Coelho), em belíssimo estilo neoclássico. (RS)

Palacete e busto (suponho que do fundador Thomaz Coelho - se estou errado, me corrijam - o gramado não me permitiu chegar até a placa). (IK)

Observe o pórtico de entrada, a escadaria e a cúpula decorada por relógio circular. (RS)

Ao fundo o Morro da Babilônia. (IK)

Lateral do palacete. (RS)

Lateral (detalhe). (IK)

Placa explicativa na entrada do palacete. (IK)

Pintura do palacete na sala do diretor. (RS)

Detalhe do teto. (RS)

Relógio de pêndulos. (IK)

Internamente a decoração exuberante lembra uma época em que a vida social e cultural tinha como palco principal o espaço privado. (IK)

Piso em marcheteria. (IK)

Salão nobre. (RS).

UM POUCO DE HISTÓRIA: 

Até o Governo do Marquês de Pombal, sob D. José I, as terras cariocas entre o Rio Comprido e a tapera de Inhaúma pertenciam à Sociedade de Jesus — graças a uma doação a ela feita pelo fundador da cidade a requerimento do Padre Gonçalo de Oliveira — e nelas, além de outras benfeitorias, montaram eles dois grandes engenhos de açúcar, o primeiro dos quais passou a chamar-se Engenho Velho, depois que o segundo, ou Novo, começou a funcionar alguns quilômetros mais para o norte. E ao lado do Velho uma pequena igreja foi erguida em 1583, segundo alguns cronistas, e mais provavelmente em 1624 pelos padres Domingos Coelho, Fernão Cardim e Antônio de Matos[...], e que outra não é senão a de São Francisco Xavier; na rua que tem o nome do mesmo Santo, e já reconstruída ou reformada várias vezes. [...]

Divididas e vendidas as terras dos padres quase dois séculos depois de dissolvida a Sociedade em Portugal e suas colônias, um bairro de chácaras nascera ao redor da igreja, também chamado Engenho Velho [bairro este mais tarde incorporado à Tijuca], e esse era ainda o nome da sua rua principal (hoje Haddock Lobo em homenagem ao vereador e homem de muitos empreendimentos úteis à cidade no Oitocentismo), e através da qual “se passava por entre jardins”, no dizer de Joaquim Manuel de Macedo.  [...]

A Rua S. Francisco Xavier, outrora um simples caminho através dos latifúndios canavieiros dos jesuítas [...] é agora das mais extensas do Rio, pertencendo por isso a mais de um bairro. [...]

Em 1889, em março, oito meses antes da República, na chácara que fora antes ocupada pelo Conde de Bonfim e pelo Barão de Mesquita, então do Barão de Itacuruçá, genro de Mesquita (e dele para isso adquirida com a ativa cooperação da Associação Comercial do Rio de Janeiro), o Conselheiro Tomás Coelho, Ministro da Guerra do Gabinete João Alfredo, instalou nela, na sua esquina com a Rua do Andaraí Grande [atual Barão de Mesquita], o primeiro Colégio Militar brasileiro, dedicado sobretudo à educação dos filhos dos oficiais do Exército. Suas aulas iniciaram-se em maio, e o seu Primeiro Diretor foi o Major Ribeiro Guimarães. Era para chamar-se Pritaneu, mas D. Pedro II achou feia a palavra e riscou-a do decreto ao assiná-lo. Em 1954 muitos de seus alunos e os da Escola Técnica da Rua General Canabarro estiveram empenhados em vivas pendências, e um deles nelas morreu. Horácio Lucas era seu nome, perpetuado nas placas da pequena praça diante dos seus portões principais. 

(Brasil Gerson, História das ruas do Rio, pp. 340-3. Mais informações podem ser obtidas no site do Colégio Militar)
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