ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

17.5.13

DO ATELIÊ DE DALLIER NO MORRO DA CONCEIÇÃO À CASA AMARELA NO MORRO DA PROVIDÊNCIA


Ver Do ateliê do Dallier no Morro da Conceição à Casa Amarela no Morro da Providência num mapa maior

Dallier é o idealizador do Projeto Mauá (o correspondente ao "Arte de Portas Abertas" do Morro da Conceição") e seu ateliê na Ladeira João Homem, 52 é uma atração turística desse aprazível morro. Dallier sempre recebe com um sorriso os visitantes do ateliê, contando histórias do morro e de sua longa vida de artista. Para ver mais fotos clique aqui.

Morro do Livramento

Morro do Livramento

"Favela Leite": escadaria ligando o Morro do Livramento ao da Providência

 Dallier diante da Casa Amarela, o Centro Cultural do Morro da Providência

 Exposição de fotos do Morro por Maurício Hora: conheça sua obra no Flickr.

Panorama da Casa Amarela

Grafite em frente da Casa Amarela

Grafite e Oratório (atrás, à esquerda) tombado do tempo da criação da "favela" pelos ex-combatentes de Canudos

Casa Amarela (lateral)

Projeto "Descascando a Superfície" de intervenção artística coordenado pelo artista Alexandre Farto em setembro/outubro de 2012 no Morro da Providência

Numa tarde ensolarada desse como sempre agradável início de outono (acabou o calor, terminaram de cair as "águas de março"), apanhei o pintor Dallier em seu ateliê do Morro da Conceição para um passeio (através dos morros da Zona Portuária) à Casa Amarela, o Centro Cultural do Morro da Providência que está celebrando os 115 anos da favela mais antiga da cidade com a mostra "Desarquitetura". Segue-se o depoimento de Dallier, "NO DIA QUE PISEI NO PROVIDÊNCIA":

30 de abril de 2013 uma data histórica para mim. Envergonhado de desmarcar com meu amigo Ivo convites que ele por tantas vezes me fez para visitar o Morro da Providência, desta vez resolvi enfrentar a empreitada de subir as ladeiras do morro e principalmente as escadarias que nos levariam à Casa Amarela que eu tinha muita vontade de conhecer e encontrar nela dois amigos: Maurício Hora, grande fotógrafo, e João Guerreiro, que me envia sempre e-mails contando os acontecimentos realizados na Casa Amarela e mesmo fora dela. Pois bem, comecei a subida pensando nas minhas pernas que não aguentariam essa grande aventura, fui subindo, subindo e quando dei por mim, lá estávamos eu e o Ivo dentro da tão badalada casa, orgulho desses dois amigos citados mais acima. Pena que não os encontramos, mais fomos muito bem recebidos por uma jovem cujo nome, Carolina, deve ter sido inspirado na bela música de Chico Buarque. Ela nos acompanhou até o mirante do morro onde se descortinam belas paisagens que a máquina fotográfica do Ivo registrou. Seja no Centro da cidade, Zona Sul ou Zona Norte, lá vai o Ivo , com sua máquina mágica mostrando ao mundo o que é que o Rio de Janeiro tem de mais tradicional e a beleza desta Cidade Maravilhosa. Obrigado, Ivo, por ter me proporcionado uma tarde tão especial. Paulo Dallier.

12.5.13

CONTRASTES ARQUITETÔNICOS NO RIO DE JANEIRO

Um aspecto que me fascina no Rio de Janeiro é sua paisagem arquitetônica tão diversificada, tão plena de contrastes, às vezes até caótica — o velho sobrado tendo ao fundo o prédio moderno, a igreja colonial espremida entre arranha-céus, essas coisas. "O Rio é uma cidade de diálogos arquitetônicos, em que o sobrado dialoga com essas towers (torres) mais recentes", comenta o professor de geografia João Baptista Ferreira de Mello, coordenador dos Roteiros Geográficos do Rio, em matéria no Globo-Rio.  Que diferença em relação às cidades do Velho Mundo com sua arquitetura mais ou menos padronizada — em Munique todos os prédios (com as raras exceções das igrejas históricas) têm a mesma altura, o mesmo número de pavimentos. Em minhas andanças pela cidade procuro captar o lado estético dessa aparente bagunça. É o que mostra essa exibição de slides.

1.5.13

HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO em BENFICA


O primeiro hospital militar da cidade, o Hospital Real Militar e Ultramar, foi criado em 1768, sob o governo do vice-rei Conde de Azambuja, nas casas do antigo Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo.

Portão

Em 1830 uma Comissão Municipal considerou a localização do hospital inadequada: “A situação deste hospital sobre o Morro do Castelo nos parece ser a pior possível; sobre o cimo de uma montanha elevada, e defronte da barra ele está exposto a uma ventilação excessiva e sujeito aos inconvenientes de uma condição difícil para os objetos de primeira necessidade; para os mesmos doentes é grande o martírio de serem conduzidos por uma ladeira tão íngreme e perigosa [...]

O Pavilhão Central, único remanescente do projeto original.
 
Decreto da Regência de 1832 extinguiu os hospitais militares e criou os Hospitais Regimentais, tendo sido instalado no Rio de Janeiro um no Campo da Aclamação (atual Praça da República) e outro no Depósito da Praia Vermelha. Os Hospitais Regimentais foram extintos em 1844, dando lugar ao Hospital Militar da Guarnição da Corte, de volta ao Morro do Castelo.

Cúpula do Pavilhão Central, construído em 1912 e inaugurado em 1913
 
Com a proclamação da República, formou-se uma comissão para modernizar o exército e o serviço médico militar. Decreto do Marechal Deodoro de 1890 determinou a criação “na Capital Federal [de] um hospital central, único de 1a classe!”. Em 1892 foi lançada a pedra fundamental do novo hospital na grande área de 78.960 metros quadrados, adquirida ao Jóquei Club, no bairro de Benfica. O projeto previa oito pavilhões isolados para enfermarias e um grande pavilhão para administração de serviços gerais.

Fonte

Em 1902 foi inaugurado o hospital com apenas três pavilhões construídos. Somente em 1913, o majestoso Pavilhão Central, denominado "Floriano Peixoto", foi inaugurado pelo Presidente Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca. Os pavilhões restantes foram entregues em 1915, 1916 e 1922. Sessenta anos depois, o hospital foi modernizado. Para isso demoliram-se os antigos pavilhões, exceto o pavilhão central, belo exemplar da sobriedade e imponência do estilo Luís XVI adaptado ao uso hospitalar e militar, único remanescente do projeto original.

Fundos do hospital (detalhe).
 
O editor do blog agradece à direção do Hospital pela autorização para fotografá-lo. Informações históricas obtidas no site do Hospital Central do Exército.

Janela gradeada.

Janela gradeada (por dentro).

Corrimão de madeira de lei.
 
Piso.
 
A escada.

O interior com a claraboia acima.
O interior.
 
Claraboia.