Sébastien Auguste Sisson foi um litógrafo e caricaturista natural da Alsácia que chegou no Rio de Janeiro em 1852 e aqui passou a viver até sua morte em 1898, tendo sido um dos pioneiros da litografia no Brasil. Publicou a Galeria dos brasileiros ilustres (1859-61), com retratos de personalidades históricas do Brasil, e o Álbum do Rio de Janeiro moderno (folha de rosto acima, sem indicação de data, mas provavelmente do mesmo período), com doze cromolitografias de cenários cariocas, das quais nove reproduzimos aqui. As imagens foram obtidas na Biblioteca Nacional Digital.
Sisson é considerado precursor das histórias em quadrinhos no Brasil com seu O NAMORO, QUADROS AO VIVO (abaixo), no estilo de Wilhelm Busch, precursor dos quadrinhos na Alemanha, publicado na revista Brasil Ilustrado em 1855. Também nesta revista publicava caricaturas e charges.
A seguir nove cenas cariocas de Sisson comparadas com imagens atuais do Street View (Google Maps) dos mesmos lugares, na medida do possível.
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Cemitério dos Ingleses, então a beira-mar, e o Morro da Providência atrás, ainda sem a favela, vistos do mar em frente (talvez de dentro de um barco). Com o aterro para a construção do moderno cais do porto no início do século XX, o mar se afastou, e no local de onde se tem esta visão hoje existe a Cidade do Samba. |
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A Cidade do Samba nos impede de reproduzirmos o ângulo da gravura anterior, mas nesta foto do editor do blog tirada do edifício Aqwa Corporate a gente vê o Morro da Providência agora com a favela, a capela do Cemitério dos Ingleses (grandona na gravura acima, aqui indicada pela seta) e a própria Cidade do Samba no canto inferior direito. |
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Estação antiga (de 1870) da Estrada de Ferro Dom Pedro II, mais tarde substituída pela icônica estação art déco que conhecemos hoje. Para sua construção foi demolida a Igreja de Santana. Atrás o Morro da Providência sem a favela, mas já com a pedreira que vemos até hoje. |
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A estação art déco moderna. |
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Igreja da Glória e antigo Mercado da Glória, que funcionou de meados do século XIX ao início do século XX. Com o aterro para a construção da Avenida Beira Mar, no início do século XX, e na década de 1960 com o enorme Aterro do Flamengo, o mar se afastou. |
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Igreja da Glória com a praça Nossa Senhora da Glória e estátua de Pedro Álvares Cabral. O mar agora está longe. |
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Antigo Hospício D. Pedro II, na Praia da Saudade, a caminho da Urca. Atrás o Morro da Babilônia separando a Urca do Leme. |
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O antigo hospício agora abriga instalações da UFRJ, na Avenida Pasteur. A Praia da Saudade deu lugar ao Iate Clube. |
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Antigo hospital da Beneficência Portuguesa, agora Glória D'Or. O prédio, tombado, sobrevive. Atrás o Morro Santo Amaro, onde existe hoje uma favela. |
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Hospital Glória D'Or no imóvel que pertenceu ao antigo hospital da Beneficência Portuguesa, na Rua Santo Amaro, Catete. |
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Igreja da Ordem Terceira do Carmo, na Praça XV. |
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A mesma igreja hoje em dia. Igualzinha. |
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Jardim Botânico com as palmeiras ainda relativamente baixas. |
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Jardim Botânico hoje. As palmeiras cresceram. Cresceram tanto que a principal, a palma mater, plantada por D. João VI, morreu em 1972 atingida por um raio. |
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Hospital da Santa Casa da Misericórdia, na época à beira da Praia de Santa Luzia, hoje Rua de Santa Luzia, no Centro, sem nenhum sinal de mar por perto. Observe que a fachada daquela época foi tapada por uma fachada nova, na frente, o que fica bem evidente na imagem abaixo, do Google Maps, onde a cúpula do corpo central entrou mais para dentro (seta). |
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Ilha da Boa Viagem em Niterói. |