ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

15.12.12

FORTALEZA DE SANTA CRUZ

TEXTO EXTRAÍDO DO GUIA MICHELIN DO RIO DE JANEIRO, 1a edição (1990)


Fortaleza de Santa Cruz com o Pão de Açúcar e Corcovado ao fundo

Guarita de acesso à fortaleza

Localizada no bairro de Jurujuba, na boca da barra da Baía de Guanabara, a fortaleza está instalada sobre um promontório, à frente dos Morros do Pico e dos Macacos.

Foi Villegagnon quem primeiro utilizou o local para fins militares, quando, em 1555, improvisou uma fortificação com algumas peças de artilharia que, em 1567, foi ocupada pelos portugueses que, então, a ampliaram, transformando-a no principal ponto de defesa da baía. Nessa ocasião, recebeu o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia.

Seu batismo de fogo ocorreu em 1599, quando impediu que a esquadra flamenga, comandada por Oliver Van Noort, entrasse na baía. Com a ameaça das invasões holandesas no Brasil, no início do século XVII, a bateria foi ampliada, recebendo vinte canhões, passando a chamar-se Fortaleza de Santa Cruz. Em 1710, impediu, juntamente com a Fortaleza de São João, a entrada na barra da esquadra corsária do francês François Duclerc. 


Capela de Santa Bárbara

Nessa mesma época, soube-se que a França organizava uma expedição, ainda mais bem preparada, contra o Rio de Janeiro, sob o comando de René Duguay Trouin, o que levou o rei de Portugal a determinar que uma forte corrente passasse a ligar as Fortalezas de Santa Cruz e de São João. Apesar disso, o governador do Rio de Janeiro relaxou a ordem e ainda determinou o desguarnecimento da fortaleza, que já, então, contava com quarenta e quatro canhões. Assim, não foi difícil a Duguay Trouin, em 1711, tomá-la e invadir o Rio de Janeiro.

De 1730 a 1831, manteve-se a fortaleza completamente armada, com 135 peças de artilharia. Em 1863, iniciou-se a construção da fortaleza como é hoje, em cantaria, com três andares: duas ordens de casamatas, tendo a primeira vinte canhões, a segunda vinte e um e o terceiro andar equipado com canhões de grosso calibre. Localizada em ponto de difícil acesso, a Fortaleza de Santa Cruz sempre serviu de prisão política. Lá estiveram, entre outros, Jose Bonifácio de Andrada e Silva; o caudilho uruguaio, André Artigas; o primeiro presidente do Uruguai, Frutuoso Rivera; o coronel Bento Gonçalves, herói da Guerra dos Farrapos. Na fase revolucionária de 1922 a 1930, foram aprisionados ali o Capitão Eduardo Gomes, Estilac Leal, Alcides Araújo e Juarez Távora. Esses três últimos foram os únicos, até hoje, a conseguir fugir da fortaleza. Este fato valeu ao seu então comandante, Mascarenhas de Moraes, uma transferência punitiva.


Interior da capela


Logo à entrada, na praça fronteira à fortaleza, encontram-se dois modernos canhões de 178 milímetros, instalados em 1942, voltados para o alto-mar. 

Cruzando a guarita de acesso à fortaleza, um pátio, totalmente calçado em pedra de cantaria, conduz à Capela de Santa Bárbara, construída no século XVIII. No interior, a imagem da Padroeira, em tamanho natural (1,43 metros), tem, numa das mãos, um cálice, que representa a virgindade e, em outra, uma espada, o que a torna guerreira, e por isso, a padroeira da Artilharia. Envolvendo a imagem, há uma história, segundo a qual a santa fora trazida para aquele lugar por engano; no entanto, sempre que se tentava removê-la dali, o que, na época, somente poderia ser feito por mar, um fato estranho acontecia: ao colocar a imagem no barco, as águas do mar tornavam-se, subitamente, agitadas, impossibilitando seu transporte. Depois de muitas tentativas, finalmente, a imagem foi deixada na capela, pois era ali, segundo se entendeu, que a santa queria ficar.


Amurada

Seguindo adiante, chega-se ao local chamado “Cova do Onça”, uma sala onde os presos eram torturados, em uma roda de madeira com lâminas cortantes, sendo, então, seus despojos jogados ao mar, através de um poço, localizado no lado oposto à entrada da sala. O nome  “Cova do Onça” provém da explicação da guarnição, ao ser perguntada pelos outros presos sobre a origem dos gritos dos torturados, de que eram os rugidos de uma onça, aprisionada no local.

A fortaleza possui três baterias de artilharia, dispostas em níveis diferentes. A mais moderna é a Bateria de Santa Teresa, ou Bateria do Imperador, composta por quatro peças de fabricação inglesa, sendo duas de 150 milímetros, datadas de 1867, e duas de 120 milímetros, de 1872. São canhões, com a boca em seção hexagonal, onde se colocavam os projéteis, carregados com pólvora na culatra. No local, um mastro de pau-brasil, com cerca de 18 metros de comprimento, serve ao hasteamento da Bandeira Nacional. A segunda bateria a ser construída foi a Dois de Dezembro, no nível inferior, composta de vinte e uma casamatas, dispostas em semicírculo. O comandante dessa bateria colocava-se na décima primeira casamata, de onde tinha uma visão perfeita de todas as outras, que eram equipadas com canhões ingleses de 120 milímetros, fabricados entre 1862 e 1865, e cujos disparos tinham um alcance entre 5 e 8 Km. A terceira bateria, e também a mais antiga, situada no nível mais baixo da fortaleza, é a Vinte e Cinco de Março, composta por vinte casamatas. Os canhões dessas duas últimas baterias eram imóveis, o que fazia com que a mira fosse obtida através de duas pequenas vigias, instaladas uma de cada lado da abertura onde ficava a boca do canhão. Um soldado ficava em cada vigia, e quando o navio inimigo era avistado pelos dois, ao mesmo tempo, o canhão era, então, disparado.


Farolete

Próximo à Bateria Vinte e Cinco de Marco, ficava, no passado, o paredão de fuzilamento: um muro de rocha, junto a uma fonte natural, que era utilizada para limpar o local de execução. Ainda são visíveis as marcas de balas nesse paredão.

Na outra extremidade dessa bateria, encontra-se uma pequena abertura, que serviria de fuga aos oficiais, em caso de perigo para a fortaleza, conduzindo ao mar, através de uma escadaria. Foi por este local que ocorreu a única fuga de presos registrada na história da fortaleza.

Algumas celas ainda são encontradas. Há uma, totalmente escura, por onde o ar e a c1aridade entram através de uma abertura mínima. É impossível ter ideia da dimensão da cela, mas sabe-se que abrigava dezenas de presos. Outras, denominadas "prisões no passado", tem uma característica curiosa: são cinco celas com alturas diferentes, o que permitia que, em três delas, os presos ficassem em pé; a quarta cela permitia apenas ficar sentado, e a última, somente deitado. Eram fechadas por grades, voltadas para um pequeno pátio, onde havia uma forca. Conta-se que o preso que não pudesse ser colocado nessas celas, devido à superlotação, era, então, enforcado.


Canhão, Pão de Açúcar e Corcovado

Acima da forca, há uma cisterna, construída em 1738, com capacidade para cerca de duzentos mil litros. Como a fortaleza não dispunha de água potável, esta era trazida por navios e transportada em tonéis, pelos presos, ate ali. 

A fortaleza, em seu conjunto, é uma construção sólida, com grossas paredes de cerca de um metro de espessura; possui casamatas, corredores e masmorras em pedra de cantaria, que se constituem em notáveis trabalhos de arquitetura militar. Um dos pontos de interesse da Fortaleza é a belíssima vista que oferece do Rio de Janeiro, especialmente do Pão de Açúcar, cujas vertentes oceânicas dificilmente podem ser apreciadas. Por ser região sob controle militar, o quadro natural está preservado, revelando a mesma beleza que ofereceu aos primeiros navegadores que cruzaram a barra da Baía de Guanabara.


Casamatas

Janela

Descendo às casamatas

Canhão imóvel

"No reinado de D. Pedro II, sendo ministro o Senador do Império J.J. de O. Junqueira, foi feito este quartel sob a direção da Comissão de Melhoramento do Material do Exército. Plano do major B.R. Gamboa. Execução do mestre D.J. Marques."

Cisterna de 1738

Prisão do séc. XVII

Velho canhão. Fotos do editor do blog.

Como chegar vindo do Rio: você pode pegar a barca para Niterói, lá aportando pegar um táxi à fortaleza ou, querendo economizar, o ônibus 33 no terminal ao lado das barcas (que normalmente só vai até Jurujuba, mas em alguns horários estica até a Fortaleza: ver aqui). Depois da visita sugiro caminhar até Jurujuba (30 minutos andando calmamente), lá comer num dos excelentes restaurantes de peixes, camarões e outros frutos do mar, enfim pegar o ônibus 33 no ponto final até as barcas e de lá retornar ao Rio. A ironia disso tudo é que da Fortaleza de Santa Cruz até a de São João na Urca a distância pelo mar é de menos de 2 quilômetros - mas não há como transpô-la, você tem que dar a volta!

3.12.12

TREM DO SAMBA 2012: NOS TRILHOS DA TRADIÇÃO CARIOCA



A 17a edição do Trem do Samba no ano de 2012 homenageou Chico Santana, nobre sambista portelense. Exaltando a cultura carioca, a tradição do trajeto de Paulo da Portela e comemorando o Dia Nacional do Samba, Marquinhos de Oswaldo Cruz e um grupo de sambistas refazem no trem a rota da diáspora dos descendentes de escravos expulsos do centro do Rio, alocados nos subúrbios e nos morros.

O Trem do Samba é uma grata oportunidade de relembrar a história do Rio de Janeiro. A herança de um povo oprimido, que foi capaz de gerar um ritmo identificador da cultura nacional, é celebrada em 3 dias de festas pelos sambistas tradicionais, da atual geração e pelo povo que embarca nesta viagem, que vai da Central do Brasil a Oswaldo Cruz — subúrbio da Cidade Maravilhosa. 

O editor deste blog fez umas filmagens amadoras captando o espírito dessa festa do samba, que podem ser vistas no YouTube clicando aqui.

25.11.12

MORRO DOS PRAZERES em SANTA TERESA


Exibir mapa ampliado


É um prazer estar nos Prazeres.
Escreve Lilian Fontes em seu livrinho Santa Teresa: “Infelizmente não posso entrar nas favelas de Santa Teresa, conhecer suas entranhas, as casas, conversar com os moradores. O trânsito ali se fechou. Os últimos dez anos do carioca têm sido marcados por esta acirrada questão da guerra entre traficantes, do poder que possuem, vedando totalmente os seus territórios. Sinto falta, neste meu passeio, de conhecer mais quem habita essa área do bairro. Mas não vamos insistir.” (Lilian Fontes, Santa Teresa, Relume Dumará, p. 17)

Morei uma década em Santa Teresa, nos anos 90, “a cavaleiro da cidade” nas palavras do saudoso Villaça, percorria o bairro de cima a baixo, de baixo a cima, mas tampouco me aventurei favelas adentro. Às vezes, de madrugada, ouvia tiros no Morro da Coroa próximo. Aquilo era território proibido, área do tráfico. Certa vez a escola do meu filho, o Colégio Suíça (que mais tarde viria a se transferir para a Barra), teve de interromper as aulas por uma semana devido à guerra do tráfico

“Penso na favela. [...] Antes da guerra do tráfico de drogas, elas faziam parte da comunidade, todos conviviam.” (Lilian Fontes, Santa Teresa, p. 30) Com a pacificação tudo mudou da água para o vinho, e o convívio favela/asfalto se restabeleceu. Por ocasião da primeira FLUPP (Festa Literária Internacional das UPPs) tive enfim ocasião de conhecer o Morro dos Prazeres — aquela comunidade lá no alto, com acesso na altura do condomínio Equitativa (onde fazia ponto final o bondinho da linha Silvestre), condomínio esse que, nos anos da “cidade partida”, chegou a servir de rota de fuga do tráfico. Dignos de nota a vista, uma das mais bonitas vistas da cidade, o casarão art nouveau em perfeito estado de conservação, onde foi filmado Macunaíma e que hoje oferece atividades artísticas, educacionais e esportivas, e a barraca de churrasquinho misto com farofa, arroz e molho campanha!

Sejam bem vindos

Paz

Casas (a da esquerda com ar-condicionado)

Casarão do Morro dos Prazeres

Uma vez Flamengo...

“Os famosos trilhos do bondinho de Santa Teresa levam o turista direto para a entrada do Morro dos Prazeres. Com a pacificação da comunidade, o charmoso bairro ganhou mais uma opção para aqueles que visitam a cidade. A vista da comunidade é uma das mais incríveis que vimos nesse primeiro ano de Blog da Pacificação. O acesso principal para a favela é feito pela rua mais conhecida de Santa Teresa, a famosa Almirante Alexandrino, na altura do Corpo de Bombeiros. Uma placa indica a entrada do Morro dos Prazeres, subindo uma ladeira pela rua Gomes Lopes. Não é difícil encontrar e muito menos subir. A comunidade é muito hospitaleira e tem bastante coisa para conhecer. [...]

Na entrada da comunidade foi instalada a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Fica bem ao lado de uma grande quadra, utilizada pelos jovens da comunidade para partidas de futebol e outros esportes e para algumas festas dos moradores. No pé da grande escada que leva para a parte mais alta da comunidade fica o prédio da associação de moradores. [...]   Depois é hora de subir as escadas. A vista é incrível, mas para chegar lá é preciso gastar umas calorias. O destino é a praça Doce Mel. Pode perguntar que algum morador indica como chegar. Vale à pena. A praça tem umas das melhores vistas do Pão de Açúcar que eu conheço. Também é possível ver toda a região do Centro, Zona Norte e parte da Zona Sul. Subindo mais um pouquinho chegamos ao Bar do Tino. Se tiver na hora do almoço pode sentar e pedir a comida. Eu indico.” (Camilo Coelho, Blog da Pacificação)

Prazeres

Meandros coloridos

O bondinho

Subindo

O casarão visto do alto

Vista deslumbrante

Cores da favela

O Cristo

Preserve a arte, amigo

Mural

Tenda Policarpo Quaresma da FLUPP na Quadra de Esportes

“Com a bênção de Lima Barreto, autor homenageado nesta primeira edição da FLUPP, a FLUPP estreia em 2012, no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, Centro do Rio de Janeiro. Durante cinco dias, livros, leituras, escritores do Brasil e do mundo inteiro, oficinas, teatro, exposições, ações culturais diversas ocuparão inventivamente a comunidade.”

Nosso objetivo maior sempre foi colocar o livro – e a leitura, a literatura, o conhecimento – na ordem do dia. Conectar diversas redes a partir dele, torná-lo visível, usual e efetivo também para a chamada classe C. Classe C de Cultura como dizemos o tempo todo. Para nós, é importante irradiar, multiplicar e compartilhar o hábito da leitura, para muito além das disposições do mercado.

Acreditamos no poder de transformação dos livros, da leitura, do conhecimento. Sabemos que esses elementos não transformam o mundo, mas transformam as pessoas. Transformou a nós. Transformou a muitos outros com quem nos encontramos nessa travessia compartilhada. E podemos transformar mais. Há muitos conspirando para esse fim transformador. Nós somos mais uma abelha nesse enxame, mais um peixe nesse cardume.” (Programa da FLUPP)

Exposição Lima Barreto: "Saindo da Ilha do Governador para ir de bonde até o Leme, viajando todos os dias de Todos os Santos para chegar ao centro, atravessando os subúrbios ou vagando pelas ruas elegantes, Lima Barreto era, como ele mesmo dizia, "um sujeito sociável" que passava das 24 horas do dia, mais de 14 na rua, conversando com pessoas de todas as condições e classes." (Programa da FLUPP)

Exposição África Chama de trabalhos dos alunos das oficinas do Casarão dos Prazeres

Mais beleza, menos lixo

Grafite no acesso à comunidade

10.11.12

COPA GRAFFITI



Uma coisa são as pichações, os rabiscos que poluem paredes, muros, monumentos, outra coisa bem distinta são os grafites, uma modalidade nova de arte plástica  em espaços públicos usando como suporte muros, pilares de elevados, etc. Uma tendência atual é usar o grafite para recuperar visualmente áreas com a paisagem desfigurada por obras viárias como elevados (caso da Perimetral e do elevado Paulo de Frontin), pelo processo de favelização ou por outros motivos. 

Exemplo recente foi o evento Adicione Cor, promovido pelos tênis Converse, em que grafiteiros coloriram os pilares cinza do elevado da Perimetral defronte à estação das barcas. O fato de que esse elevado será futuramente demolido confirma a natureza efêmera da arte do grafite. Outro exemplo foi a Copa Graffiti promovida em outubro pelo metrô carioca, revitalizando os muros no entorno das estações da Linha 2. "Com painéis que retratam a história e a cultura dos bairros, a Copa Graffiti promove a valorização das regiões no entorno de 15 estações da linha 2 do metrô". (UOL Notícias

O blog Literatura & Rio de Janeiro desde a sua criação apoia essa modalidade de arte ambiente, como você pode conferir clicando no marcador “arte nas ruas” ao final da postagem. Aqui você tem apenas uma pequena amostra. Para ver mais fotos da Copa Graffiti e de grafites em geral fotografados pelo editor deste blog desde 2005, visite o nosso álbum Grafites Cariocas no Picasa.

RESULTADO DA COPA GRAFFITI:
Campeão na votação popular via Internet: Del Castilho
Terceiro lugar na escolha dos jurados: Irajá
Segundo lugar: Colégio
Campeão na escolha dos jurados: Thomaz Coelho
Mas o grande vencedor dessa copa foi a cidade do Rio que ficou mais bonita. A todas as equipes os parabéns do editor deste blog.


Estação São Cristóvão. O painel pretende "contar parte da história de São Cristóvão, retratando alguns dos lugares clássicos, assim como algumas de suas espetaculares personalidades. Como num conto, é aberta a porta do zoológico da Quinta da Boa Vista e liberta a criatividade dos artistas, que foram desafiados a interpretar cada personagem na visão de um animal." (Facebook do Metrô Rio) . 

Estação Maracanã. "A pintura do painel na Estação Maracanã aborda tanto a identidade da região - através dos papagaios (maraka'nã em tupi) que deram nome ao local e a extinta Favela do Esqueleto - quanto a importância do Estádio Jornalista Mário Filho - carinhosamente apelidado de Maraca - para a história do futebol mundial." (Facebook do Metrô Rio)

Estação Triagem. "O painel conta uma história de superação. Começa no lixo, que passa por uma reciclagem, que passa por uma disciplina militar. Na parte dos vagões e da estação, a locomoção para o trabalho ou lazer..." 

Estação Triagem. "... Segue o carnaval, como tema a Mangueira, que tem forte influencia cultural no bairro, bem como samba, feijoada e pelada (futebol). E por último um menino humilde de classe baixa desenhando essa história." (Facebook do Metrô Rio)

Estação Maria da Graça

Estação Maria da Graça. "Um painel de arte urbana com todas as riquezas de cores e detalhes. Todos os estilos de graffiti em um só painel."

Estação Del Castilho (campeã da Copa Grafitte pelo voto popular via Internet). "A antiga fábrica de tecidos que se tornou o shopping Nova América, foi o ponto de partida desse time para ilustrar o projeto. Os artistas estamparam o muro com texturas, stencils, formas orgânicas e geométricas."

Estação Inhaúma

Estação Inhaúma. "Resgatamos ludicamente no nosso painel os principais pontos do bairro, incorporando desde a época da colônia até os dias de hoje, reproduzindo a Praça 24 de outubro, Paróquia São Tiago, pedreira, Complexo do Alemão com teleférico e o Cemitério."  

Estação Engenho da Rainha. "Carlota Joaquina, dona da fazenda de cana-de-açúcar que dá nome ao bairro e conhecida por adorar festas, decide convidar os moradores ilustres do conjunto dos músicos para um grande samba, cercado pelo verde da Serra da Misericórdia onde habitavam os índios tamoios e pela Estrada de Ferro Rio do Ouro."


Estação Thomaz Coelho (primeiro lugar na Copa Graffiti tendo como capitão o consagrado ACME). "Em nosso painel há um suposto maquinista da Maria Fumaça que atravessa o bairro com suas características do ano de 1960, trazendo em sua bagagem Dom Pedro II lendo um livro de Thomaz Coelho [acima]. Cada vagão traz em sua carga um pouco da cultura e da educação do bairro."

Estação Thomaz Coelho: Paz.

Estação Thomaz Coelho

Estação Thomaz Coelho

Estação Vicente de Carvalho. "Carlos Bobi retratou o valor da mulher negra em seu olhar, onde a grandeza de sua importância prevalece em todas circunstâncias."

Estação Irajá (terceiro lugar na Copa Graffiti pela escolha dos jurados). "Em nosso muro usamos como inspiração o significado da palavra Irajá em tupi-guarani, a fonte do mel. Foi o ponto de partida para a ideia da cachoeira que brota em meio a um vale florido e frutado; a região já foi conhecida como produtora de frutas e hortaliças. Neste rio se encontra um barco representando 'deixa a vida me levar' música de Zeca Pagodinho, cantor nascido no bairro e as cores da escola de samba locais, vermelho e branco."

Estação Irajá

Estação Colégio (segundo lugar na Copa Graffiti). "O bairro Colégio tem esse nome por ser um ponto onde as pessoas das áreas vizinhas vinham ter aula com o professor público José Theodoro Burlamaqui no séc XIX." 

Estação Colégio. "O bar 'Boca Cheia' que se tornou o nosso Q.G. tem tudo a ver com o personagem montanha com a boca de túnel que está bem na frente, fomos muito bem tratados no bar, peça uma cerveja litrão para apreciar melhor o muro!!!"


Estação Colégio. "O sambinha e o funk estão ambos presentes na cultura local." 
Estação Coelho Neto: "Coelho Neto está sentado à sua cadeira coordenando uma harmoniosa e pulsante história que, em muitos casos, se confunde com o lugar que também traz um dia-a-dia desconhecido do restante da cidade." 

Estação Coelho Neto.

É! Sim! Aqui em Acari!

Samba, Acari!!! "Em nosso painel a história gira em torno dos personagens da melodia, noite e do dia da favela retratados em estilo Naif como forma de tornar as imagens íntimas do imaginário popular." 


Estação Eng. Rubens Paiva: "Por se tratar de um desaparecido político da ditadura militar, colocamos elementos que falavam de suas paixões, experiências de censura e repressão, e usamos flores como cenário/personagem, para representar os mortos e desaparecidos, também inspirados na música Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores', de Geraldo Vandré." 

Estação Pavuna: "Um mundo lúdico representado através de um sonho; sonho de um senhor que dorme à sombra de uma árvore e visualiza lembranças contadas por seus ancestrais, histórias essas, passadas de pai para filho desde a época dos escravos. "

Estação Pavuna.