ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

10.10.03

IGREJA DA PENHA



Quem entra no Rio pela Linha Vermelha ou Avenida Brasil vê ao longe, à direita, a igrejinha da Penha no alto do penhasco.

Com a pacificação do complexo de favelas da Penha, por muito tempo dominado por traficantes, a Igreja da Penha vive um renascimento, voltando a atrair fiéis e turistas. Situada no coração da Zona Norte — no tradicional bairro da Penha, um dos “subúrbios da Leopoldina”, como se dizia no século passado — oferece uma vista impressionante, diferente das vistas do Corcovado ou de outros mirantes da Zona Sul. A Festa da Penha já foi uma festa importante que atraía números enormes de fiéis. A Festa da Penha também atraía grande número de sambistas na primeira metade do século XX. Noel cita a Penha em várias de suas canções — dizem que cita mais a Penha do que Vila Isabel. “Não há quem tenha / Mais saudades lá da Penha / Do que eu, juro que não”, canta Noel em Meu Barracão. Escreveu João Máximo, biógrafo de Noel: “O Noel Rosa tinha um espírito suburbano, amor pelos locais afastados do centro da cidade.”

São famosos os 382 degraus cortadas na pedra até a igreja no alto, que pagadores de promessas costumavam subir de joelhos. Porém quem estiver fora de forma pode subir por um bondinho.

Além da famosa igreja no alto do penhasco, no pátio ao pé da escadaria existe uma outra igreja, loja de artigos religiosos, concha acústica, estacionamento, a sala de milagres repleta de ex-votos (peças de cera ou madeira, muitas vezes em forma de uma parte do corpo, deixadas por fiéis em agradecimento a graças alcançadas) e o museu do santuário, abertos nos domingos de festa.

A Festa da Penha costuma começar no primeiro sábado de outubro com a lavagem das escadarias (foto abaixo) e a procissão luminosa. Eventos variados ocorrem também nos domingos de outubro. No dia 12, de Nossa Senhora da Aparecida, ocorre o evento Corações Unidos. A programação detalhada pode ser obtida no site do Santuário da Penha. Portanto se você, turista ou morador da Zona Sul, quiser provar o gostinho dos “subúrbios”, que tal pegar um "trem da Central" ou mesmo um "busão" e curtir o trajeto até a Penha?



Endereço: Largo da Penha, 19 — Penha (ver mapa abaixo).

Telefone: (21) 3219-6262


E-mail: faleconosco@santuariopenhario.org.br

Preço: Gratuito, mas acho que um visitante com espírito cristão deva deixar uma contribuição na caixa de esmolas.

Horário do museu: Domingos, 7h às 12h. Visitas de segunda a quarta podem ser agendadas pelo telefone ou museu@santuariopenhario.org.br.

Horário das missas: Segunda-feira e de quarta a sábado às 8h; domingo às 7h, 8:30h, 10h e 16h. O primeiro domingo do mês é consagrado a Nossa Senhora da Penha.

Horário de abertura do santuário: Diariamente das 7h às 18h.

Como chegar: A melhor maneira de ir à Igreja da Penha é pelo trem da Supervia. Vá (de metrô) até a Central do Brasil e lá pegue um trem do ramal Saracuruna (plataforma 12). Eis o percurso:  Central, São Cristóvão, Triagem, Manguinhos, Bonsucesso (de onde sai o teleférico do Complexo do Alemão), Ramos, Olaria e enfim Penha!  Você também pode saltar do metrô e pegar o trem na Triagem. Confira no site da Supervia os horários exatos e veja se os trens estão operando normalmente, se não há nenhum "contratempo".

As seguintes linhas de ônibus passam perto do Santuário (peça ao trocador que avise quando chegar lá): 483 (Penha-Siqueira Campos via Túnel Santa Bárbara) e 497 (Penha-Laranjeiras). Estas linhas, depois de transporem o Centro da cidade, percorrem a Avenida Brasil até Manguinhos, onde pegam o Viaduto de Manguinhos e passam a atravessar uma série de bairros da Zona Norte: Bonsucesso, Ramos, Olaria e Penha. Você vai saltar no terceiro ponto da Rua Quito, antes da Praça Panamericana (veja no mapa).


Visualizar Igreja da Penha em um mapa maior

História: O culto a Nossa Senhora da Penha de França começou no século XV quando o peregrino francês Simão Vela descobriu na montanha Peña de Francia (Penha de França em português), da Serra de França, em Salamanca, Espanha, uma imagem de Nossa Senhora. 

A construção da primeira ermida, em torno de 1635, está envolta em lendas. Conta-se que o capitão português Baltazar de Abreu Cardoso, proprietário das terras no entorno do atual santuário, ao subir o penhasco para ver suas plantações, foi atacado por uma serpente. Pediu auxílio a Nossa Senhora, que o salvou do perigo. Em agradecimento, construiu uma capela com uma imagem de Nossa Senhora no alto do rochedo. Como ficava no alto de uma penha (penhasco), passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha e mais tarde foi associada a N. S. da Penha de França.

Em 1728 criou-se a irmandade de N. S. da Penha de França, e a capela original foi substituída por uma nova e maior.

Em 1817 a Sra. Maria Barbosa prometeu que, se tivesse um filho, mandaria esculpir uma escadaria no granito do penhasco para facilitar o acesso à capela. Em 1819 a escadaria estava concluída.

Em 1870 a capela foi demolida, erguendo-se em seu lugar um templo novo, de inspiração neogótica. Na primeira década do século XX, Luís de Moraes Júnior veio de Portugal especialmente para remodelar a decoração arquitetônica. Viajando de trem para acompanhar as obras, conheceu Osvaldo Cruz, que o convidou a projetar Manguinhos. Com essa reforma a Igreja assumiu sua feição definitiva, que vemos hoje. (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna. Para ver outras postagens neste blog sobre a Igreja da Penha clique no marcador abaixo.)

14.9.03

CENTRO CULTURAL CARTOLA


O Centro Cultural Cartola, na Mangueira (pertinho da quadra da popular escola de samba) é ao mesmo tempo um Centro de Referência de Documentação e Pesquisa do Samba Carioca, um centro comunitário oferecendo oficinas gratuitas de vídeo, cinema, fotografia, design gráfico, história em quadrinhos e animação para os moradores e um Museu do Samba Carioca, contando a história do samba do Rio de Janeiro, das escolas de samba e de seus personagens (com destaque para o grande Cartola) em vídeos, exposições de fantasias, painéis e ótimos textos explicativos. É possível agendar uma visita guiada (para qualquer número de pessoas, mesmo uma só) pelo telefone (21) 3234.5777 ou você pode aparecer espontaneamente por lá que será muito bem recebido. O Centro de Cultura fica a pouco mais de um quilômetro da estação de metrô Triagem e os mais aventureiros (desde que não ostentem sinais de riqueza) podem ir andando. Aos menos corajosos recomendo o táxi.


Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1296 (Mangueira)

Site: http://www.cartola.org.br/

Telefone para agendar visitas guiadas: (21) 3234.5777

Horário: Segunda a sábado, 9h às 17h. Domingos e feriados, 9h às 14h.

Preço: Gratuito.

Como chegar: O Centro Cultural Cartola fica a 1,1 km da estação de metrô Triagem.



Visualizar Centro Cultural Mangueira em um mapa maior

10.9.03

OS SERTANEJOS, de COELHO NETO

Crônica "Os Sertanejos" de Coelho Neto na edição de 29-30 de outubro de 1908 de A Notícia. Acervo da Fundação Biblioteca Nacional - Brasil.

Crônica publicada na página 3 da edição de A Notícia de 29-30 de outubro de 1908 (pesquisada na Biblioteca Nacional e aqui transcrita na ortografia original). A crônica conta a história de um grupo de artistas sertanejos contratados para se apresentarem na Exposição Nacional daquele ano, mas que, assustados com a modernidade da metrópole, não conseguem repetir ali os mesmos cantos e danças em que são exímios no seu ambiente natural, o plácido sertão, e acabam por decepcionar o público. Afinal, conclui o autor, “almas não são batatas que se exibam em exposições, a alma só se expande livre e espontaneamente”. A aplicação do termo “Cidade Maravilhosa” à Exposição, comum na imprensa da época, gerou o mito de que foi Coelho Neto quem cunhou esse epíteto para o Rio de Janeiro, o que a leitura da crônica desmente. Em 10 de janeiro de 1927 Coelho Neto publicou na pág. 8 do Jornal do Brasil uma versão bastante modificada desta crônica, onde a Exposição dá lugar a um cinema, e, aí sim, a Cidade Maravilhosa se aplica ao Rio, mas àquela altura o epíteto já tinha se consagrado, como você pode conferir aqui.

Chegaram em turma, contractados para cantar e dansar no recinto da Exposição. Gente escolhida! Os homens, guapos, destorcidos, como por lá dizem; as raparigas, lindas, de voz suave e d’uma graça languida no boliar do corpo, mas, depois de um ensaio canhestro, o emprezario, esticando desanimadamente o beiço, antevendo, sem duvida, o fiasco, devolveu-os ao sertão com os seus trajos pittorescos e todo o instrumental languoroso com que se alegram as noites lindas das suaves campinas sertanejas.

Foi um desapontamento, disseram me.

Os pobresinhos, tão airosos nos seus pagos, perderam de todo o garbo, desaprumaram-se logo ao deixarem a estação de desembarque e os primeiros passos com que pisaram o asphalto não seriam mais medrosos e incertos se fossem dados em desfiladeiro de má fama, por entre cruzes, em noite negra e aziaga de agosto.

Lividos, d’olhos esgazeados, achegavam-se uns aos outros, com o terror presago com que se apinham as ovelhas em marcha para o matadouro.

“Ó famanaz [que tem muita fama] da serra, que é da tua arrogancia! Trazes a viola  á bandoleira e caminhas d’olhos baixos, tu, o mais atrevido cantador da serra, dono de tantos corações, vencedor em tantos desafios... Eh! valentaço, que é da tua grimpa [orgulho]?

E tu, moça do collo timido ["tumido" na versão de 1927], musa morena das floralias serranas, tu, que tem [corrigido para "tens" na versão de 1927] sido a deusa da discordia, accendendo rancores com a luz dos olhos negros e despertando a sêde do sangue com a cor da bocca mais cheirosa do que uma baunilha; moça da serra, porque vais tão triste e com os quadris tão quietos, tu que tão bem os cirandas quando, na ponta do pésinho arisco, saltas, ao som da viola, requebrada e risonha, desfiando a fieira.

Moça cheia de graça, que é da côr das tuas faces, que é do teu dengue, que é da tua alma, feita de volupia ?

Estas vozes interrogativas soavam á passagem melancolica da tribu. Pobre gente ! O mar largo, sereno e azul, dobando as suas ondas caireladas [=debruadas] de espumas, conteve a pequena grey. Quedaram os homens estarrecidos, as moças persignaram-se procurando, com dedos tremulos, no papo da camisa, as contas do rosario bento.

Diz a história de Xenophonte que os gregos, livres de Tissaphernes e da gente perfida e bravia das rechans asiaticas, ao avistarem o mar lustroso, lançaram por terra escudos e sarissas e, prostrando-se de joelhos, com lagrimas pela face, saudaram movidamente o mar, a estrada verde que os devia levar, em rumo facil, aos suaves vergeis da Patria desejada.

Sim, mas os gregos eram de origem pelasgica, filhos do mar, e os sertanejos... vinham das campinas ramilhetadas de montas [na versão de 1927 corrigido para “moutas”, ou seja, “moitas”]; vinham das florestas floridas, vinham dos valles avelludados, longe dos littoraes arenosos onde o mar se espreguiça. Acompanhando, com desconfiança, o movimento das ondas, carregavam o cenho, communicando-se suspeitas, e as moças, em voz sumida, juntando as cabeças em colloquio, diziam pasmadas: “Que mundo d'água, Virgem do Ceu!”

Depois do mar, a cidade formidavel, a cidade devoradora d’homens, com as avenidas largas, margeadas de palacios colossaes, com o mover incessante de uma multidão apressada, com o reboliço vertiginoso dos vehiculos, com a zoeira dos automoveis, com o troar dos pregões, com todo esse confuso movimento que é a vida, desde o passo subtil, despercebido de um mendigo andrajoso que se esgueira, ao longo dos muros, resmungando lamurias, até a estropeada heroica de um regimento com a bandeira desfraldada ao vento, as armas lampejando ao sol e os clarins resoando em notas marciaes.

Pobre gente da tranquillidade ! E a tribu lá foi airadamente a seu destino.

Ao entrar na Exposição, na avenida dos palacios brancos, o pasmo subio de ponto.

Uma das moças, aduncando os dedos, puxou a companheira pelo chale e segredou-lhe:

— Assumpta, Clodina: não parece qu'a gente tá vendo uma cidade encantada como aquellas das história?
— É mêmo.
— Oia bem.
— É tal e qual. Parece qu'eu tou uvindo nhá Nica.
— Quem sabe, Clodina !...
— U quê ?
— Quem sabe se aquelle home que foi buscá a gente lá em riba não é mandado...
— Cruz! Crédo! Mecê não trouxe reza ?
— Eu trouxe os meus breves e uma reliquia da Santa Cruz. Mas agora, Clodina, agora eu acho que elles não servem de nada, porque a gente já sta no poder do diabo, e ocê bem sabe que alma que cahe nu inferno não sahe mais, nem á mão de Deus Padre. E a outra, d’olhos lacrimosos:
— Eu bem não quiria vi. Tanto dinhêro mode cantá e sambá era mêmo p’ra gente discunfiá. E os homens, mudos, arrastando as alpercatas, lá iam cabisbaixos, mazorros, refugindo, com timidez, á curiosidade publica.

Era ao cahir da tarde, uma tarde elegiaca, violacea, quieta, sem o silvo de uma cigarra. Os penhascos pareciam de lapis lazuli e os palacios, ainda mais brancos sobre o fundo escuro das rochas portentosas, alvejavam marmoreos.
Longe, nos estábulos, o gado tino mugia, nostalgico, pondo no silencio enlevado a tristeza bucolica das varzeas, em contraste com o requinte da cidade maravilhosa. A moça estremeceu á voz dos animaes, e logo, relembrando histórias, cochichou á companheira:

— Ocê ouvio, Clodina ? A mode qu’é boi berrando. Não vá sê gente encantada ! 

E os homens, alguns vaqueiros, á plangencia dos touros, reviam as terras de longe e os marroás robustos sahindo dos banhados com um filete de baba a escorrer ao focinho, parando, firmes nos jarretes e mugindo para o céo sereno, como num adeus aos sol.

Era a hora angelical e a tribu poz-se a rezar baixinho, á medida que a noite, lá ao alto, começava a desfiar o seu rosario de estrellas.

Subito uma deflagração ! Collares de lampadas em fogo e a linha dos edificios debruada a luzes. Foi um medo panico indizivel: “Vote ! Misericordia ! T'esconjuro ! Nossa Senhora !”

—Clodina, ocê tá vendo ? Eu não dixe ? É o inferno ! Oia cumo tudo se accendeu d’uma vez e sem phosque [fósforo].

Estacaram deslumbrados. A Cidade Maravilhosa resplandecia como nas lendas. No fundo, na concha do palacio das Industrias, a agua escachoava colorindo-se à refracção das luzes. Surgiram monstros flammineos acaçapados, no relvedo, esguicharam repuchos polychromicos e a misera gente tremia e encommendava-se aos santos, fazendo promessas arduas, arrependida de haver seguido o diabo seductor que a fôra buscar no repouso feliz da sua terra para arrojal-a naquelle inferno.

E, quando appareceu um automovel urrando, com os dois immensos olhos accesos em clarões, a debandada foi tumultuosa e os gritos e os esconjuros atroaram.

Foi em tal estado d’alma que os sertanejos ensaiaram no theatro os cantos e as danças em que são exímios.

Mas que podiam os miseros cantar se lhes faltava a voz ? como dançariam elles se as pernas eram como flexiveis juncos ? O fiasco foi absoluto e o emprezario, corrido, recambiou-os na manhã seguinte, desfazendo no espirito do povo uma formosa illusão poetica. E toda a gente está hoje convencida de que cantos e danças de sertanejos são estopadas ridiculas.

Na Exposição seriam, mas lá no verde sertão, com a lua a luzir no céo e as fogueiras flammejando, emquanto o rio murmura o seu canto dormente e a morena, arrepanhando a saia, labios entreabertos no fervor do samba, sacode, boleia os quadris redondos, e as violas e os machetes fremem e os violões soluçam e os adufes rebatem o rythmo do sapateio, lá é que é ver como os corações se agitam, lá é que é sentir o prestigio do canto, lá é que é comprehender como póde o almiscar estonteante de um corpo de mulher faceira fazer de um caboclo pacifico um assassino cruel e desprestigiar um santo tirando-o da ascese para o frenesi na eira.

Sertanejos é no sertão que são grandes. Pasmados e combalidos que haviam de fazer os pobresinhos ?

Veja-se o peixe espadanando n'água, siga-se o passaro no voo.

Sertanejos, só vistos no sertão, na moldura agreste do seu rancho, cantando e dansando, não como saltimbancos, para serem vistos, mas para gozarem e amarem na liberdade da vida ingenua que lhes proporciona a natureza simples. Demais a mais... com medo...

Almas não são batatas que se exhibam em exposições, a alma só se expande livre e expontaneamente.

24.5.03

CINEMAS CARIOCAS & O RIO NOS FILMES

O Rio de Janeiro está muito bem servido de salas de cinema, que exibem desde os grandes blockbusters em 3-D até filmes “cabeça” alternativos. A programação semanal de cinema, com a relação de todas as salas e filmes, você encontra na revista Rio Show que vem com o jornal O Globo na sexta-feira, na revista Veja Rio que vem junto com a Veja ou no Guia Rio Show online clicando aqui. Eis algumas sugestões de cinemas interessantes.

Cinépolis Lagoon
Conjunto recentemente inaugurado de seis salas de cinema de alta tecnologia, metade equipadas com tecnologia 3-D. Segundo a Rio Show, “já tem gente trocando o Parque dos Patins pelo Cinépolis para namorar”. Fica na Av. Borges de Medeiros, 1424, ao lado do Estádio de Remo da Lagoa (ver mapa).

Estação Botafogo
Inaugurado como um cineclube em 1985, tornou-se referência de cinema de arte, substituindo o antigo Paissandu como templo sagrado dos cinéfilos cariocas. Divide-se em três salas, e diariamente alterna diferentes filmes em cada sala. Fica bem na saída da estação de metrô Botafogo (acesso Voluntários da Pátria) e o telefone é 2226-1988.

Odeon
O “último dos moicanos”, ou melhor, o último cinema sobrevivente na Cinelândia. Aberto em 1932, foi restaurado alguns anos atrás, sem perder suas características originais como a cortina vermelha da tela e o gongo antes da sessão (coisas que os outros cinemas não têm mais). É o cinema oficial do Festival do Rio e sedia ao longo do ano outros festivais, como Anima Mundi e Curta-Cinema. Promove vários eventos como Maratona, Sessão Cineclube, Cachaça Cinema Clube e Miscelânea Odeon. Fica em plena Cinelândia, perto da saída do metrô (Pça. Floriano, 7 — tel. 2240-1093). Deve ser o cinema mais barato da cidade com inteira a R$14,00.

Roxy
O bairro de Copacabana já teve mais de dez salas de cinema (Rian, Bruni, Metro, Ricamar, Caruso, Copacabana, Condor, Art-Palácio, Joia, Cinema I, Cinema II) mas apenas o pequenino Cine Joia (que ficou fechado muitos anos) e o Roxy sobrevivem. Inaugurado em 1934 e tombado pelo município, é um digno representante do estilo art déco em voga naquela época. Em 1991 passou por ampla reforma que, preservando o majestoso hall de entrada com sua escada hollywoodiana de acesso ao balcão e a bonita fachada aerodinâmica, dividiu o cinema em três salas (Roxy 1, 2 e 3) que ganharam sistemas de áudio e vídeo novos e poltronas mais confortáveis. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 945 (esquina com Rua Bolívar — perto da estação de metrô Cantagalo).

UCI New York City Center
Megacomplexo de 18 salas de cinema com excelente acústica e qualidade de projeção, sobretudo de filmes 3-D. Fica no New York City Center, o shopping com a Estátua da Liberdade em frente, no moderno bairro da Barra da Tijuca. O New York City Center fica grudado no Barra Shopping (existe uma ligação interna entre os dois shoppings). Para chegar lá compre um bilhete “Barra Expresso”, vá pela Linha 1 do metrô até a estação Siqueira Campos e pegue o ônibus Barra Expresso, saltando na estação Barra Shopping (a viagem leva uns 45 minutos).

Unibanco Arteplex
Conjunto de seis salas exibidoras que surgiu em 2005 no local dos antigos cinemas Scala e Coral. Oferece som THX, poltronas confortáveis, ótimos projetores e exibe um mix de filmes bem diversificados. Fica na Praia de Botafogo, 316, pertinho do Botafogo Praia Shopping (no 400, que também abriga um conjunto de salas de cinema, o Cinemark Botafogo). Tel. 2559-8750. A menos de setecentos metros da estação de metrô Botafogo (acesso São Clemente). (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna.)


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O Rio nos filmes

Desde que Fred Astaire e Ginger Rogers apareceram no filme de 1933 Flying Down to Rio, o mundo se fascinou com o Rio de Janeiro.

O mestre Hitchcock rodou um filme de espionagem no Rio de Janeiro, Notorius (título brasileiro: Interlúdio), contando a história de um agente americano (Cary Grant) que se infiltra num grupo de nazistas alemães que fugiram para o Brasil após a guerra.

Cenas de 007 contra o Foguete da Morte, de 1979, foram filmadas no Pão de Açúcar, incluindo uma luta em pleno teleférico.

Recentemente o brasileiro Carlos Saldanha dirigiu um filme americano de animação computadorizada em 3D que é uma bela homenagem à cidade: Rio. Segundo Saldanha, “em todo processo de sua produção, minha paixão pela cidade serviu de inspiração. Na criação artística do filme, eu imaginei que poderia tomar algumas liberdades criativas, mas também sabia que a essência do Rio de Janeiro precisava ser autêntica. [...] Como resultado, eu acredito que capturamos a verdadeira energia da cidade no filme Rio [...]”.


Entre os filmes nacionais que mostram o Rio estão:

Rio Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos, com Grande Otelo e Jece Valadão.

Orfeu Negro (1959), filme ítalo-franco-brasileiro dirigido por Marcel Camus, baseado na peça teatral Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes.

Esse Rio que Eu Amo (1960), também de Carlos Hugo Christensen, com roteiro de Millôr Fernandes.

Crônica da Cidade Amada (1965) de Carlos Hugo Christensen, com roteiro escrito por um time de craques, incluindo Millôr Fernandes, Manuel Bandeira, e Carlos Drummond de Andrade.

Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira, com a saudosa Leila Diniz.

Garota de Ipanema (1967) de Leon Hirszman.

Menino do Rio (1981) de Antônio Calmon.

Redentor (2004) de Cláudio Torres.

(Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna.)

20.5.03

TEATROS CARIOCAS


Ver Alguns teatros num mapa maior

A tradição teatral carioca remonta aos tempos coloniais, como conta o historiador Nireu Cavalcanti nas páginas 170-178 de sua magistral obra O Rio de Janeiro Setecentista, e não faltam por aqui bons teatros que encenam de tudo: musicais, comédias, peças clássicas, textos atuais. A programação semanal de teatro você encontra na revista Rio Show que vem com o jornal O Globo na sexta-feira, na revista Veja Rio que vem junto com a Veja ou no Guia Rio Show online clicando aqui. Outra maneira de saber o que está rolando no cenário cultural é visitando o site ingresso.com (www.ingresso.com.br — Televendas 4003-2330) que vende ingressos. Você também pode visitar os sites dos teatros individuais.Vejamos alguns teatros importantes historicamente e/ou interessantes.

Teatro Carlos Gomes
À semelhança do Cinema Roxy, o Teatro Carlos Gomes é um digno representante do estilo art déco em voga nos anos 30, com fachada igualmente aerodinâmica. Fica no no 19 da Praça Tiradentes, cuja vida noturna, após décadas de decadência, vem sendo revitalizada. No local ficava o Teatro-Cassino Franco Brasileiro, adquirido em 1905 pelo empresário do entretenimento Pascoal Segreto (um pioneiro do cinema no Brasil, entre outras coisas), que mudou seu nome para Teatro Carlos Gomes. Destruído por um incêndio em 1929, foi reconstruído em 1931 com a aparência atual. Durante um período, permaneceu abandonado, até ser adquirido pela prefeitura, que o reformou em 1993, tornando-o um dos melhores teatros da cidade. Costuma cobrar preços populares e às vezes são encenados ótimos musicais ali. Telefone: (21) 2232-8701.

Teatro Glauce Rocha
Teatro situado em local privilegiado, na Av. Rio Branco, 179, em frente à estação de metrô Carioca. Há quase cinco décadas apresenta peças de vanguarda, de autores brasileiros ou de autores clássicos, sendo administrado pela Funarte. Telefone: (21) 2220-0259. Não costuma encher muito; se você chegar uns 45 minutos antes do início da sessão provavelmente conseguirá ingresso (de qualquer modo, a bilheteria abre às 14h). O ingresso costuma custar R$20,00 (preço bem módico comparado com o de outros teatros). Depois da peça você pode esticar no Amarelinho da Cinelândia.

Teatro Glaucio Gill
Teatro situado em local igualmente privilegiado, na Praça Cardeal Arcoverde (Copacabana), ao lado da estação de metrô. O teatro existe desde 1958, chamava-se Teatro da Praça, e em 1965 recebeu o nome atual. Grandes espetáculos foram encenados ali, como Navalha na carne com Tônia Carrero, Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, Réveillon com Fernanda Montenegro e Sérgio Brito e Heda Gabler com Dina Sfat e Cláudio Marzo. De 1987 a 1990 permaneceu em obras, sendo totalmente remodelado. Atualmente funciona como um núcleo de experimentação para atores e companhias iniciantes (mas de alta qualidade). Uma dica para os poetas e apreciadores de poesia: nas terças-feiras (exceto no verão) o Teatro Glaucio Gill promove a Terça ConVerso no Café, às 18h30, com ingressos a preço módico. O espetáculo integra poesia, música e teatro, com textos dos próprios poetas/atores e ampla participação do público. Telefone da bilheteria: (21) 2332 7904.

Teatro Ipanema
No Teatro Ipanema, inaugurado em 1968 e considerado “patrimônio cultural de Ipanema”, o jovem José Wilker fez sucesso em 1971 na peça Hoje É Dia de Rock, ícone de sua geração (que no dia de sua despedida atraiu tamanho público que teve de ser representada gratuitamente na praia próxima — eu estava lá!) e em 1972 como ator e autor na peça A China é Azul. “O Teatro Ipanema ainda hoje borbulha como um caldeirão cultural, que aquece os sonhos e enobrece a alma. Um grande polo cultural situado no coração de Ipanema e na mente dos cariocas.” Rua Prudente de Morais, 824 (quase esquina da Rua Joana Angélica, perto da Praça Nossa Senhora da Paz). Telefone: 2267-3750. 

Teatro João Caetano
Se você entrar no site da Funarj vai ler que “o mais carioca dos teatros do Rio de Janeiro foi inaugurado em 12 de outubro de 1813, por D. João VI. Seu palco é o mais antigo do estado.” Na verdade, o teatro atual foi inaugurado em 1930 e recentemente modernizado. No mesmo local ficava o Teatro Real de São João, o primeiro grande teatro do país, este sim inaugurado em 1813, e que depois passou a se chamar Teatro São Pedro de Alcântara e, mais adiante, Teatro São Pedro. 
Na pág. 13 de O Xangô de Baker Street Jô Soares descreve a apresentação de Sarah Bernhardt no velho teatro: “A plateia que aplaudia emocionada sentia estar vivendo um momento histórico no teatro do Brasil. Há meses a cidade inteira se preparara para recebê-la e o Imperial Teatro de São Pedro de Alcântara, na praça da Constituição, no Rossio, tinha sido reformado para esperar sua chegada. O camarim fora redecorado por madame Rosenvald, da Casa das Parasitas, na rua do Ouvidor, e ampliado segundo instruções do secretário da atriz, enviadas antes por carta. [...] No palco, a deslumbrante, a única, a eterna Sarah Bernhardt agradecia em francês os aplausos brasileiros.”
Praça Tiradentes, s/n (Centro). Telefone: 2332-9257. Musicais brasileiros são às vezes encenados lá.

Teatro Maison de France
O Teatro Maison de France foi inaugurado no início dos anos 50, e foi ali que Fernanda Montenegro e Fernando Torres encenaram por dois anos seguidos o maior sucesso da carreira deles: a peça “É...”, que Millôr Fernandes escreveu especialmente para a grande dama do teatro brasileiro. Fechado em 1985, foi reinaugurado em 2002 pelo Ministro Francês da Francofonia e da Cooperação com o nome Teatro Maison de France PSA PEUGEOT CITROËN. Segundo seu site, “um dos teatros mais charmosos e elegantes do Rio de Janeiro” (www.teatromaisondefrance.com.br). Fica na Avenida Presidente Antônio Carlos, 58, a uns 600 metros da estação de metrô Cinelândia. Várias linhas de ônibus que ligam a Zona Sul ao Centro — por exemplo, 121, 123, 125, 127, 128, 132, 136, 157, 170, 172 e 184 — passam por lá, mas após o espetáculo essa área do Centro fica um pouco erma, de modo que convém voltar de táxi. O site do teatro promete que “com toda a tranquilidade você poderá pegar táxis credenciados na porta do teatro”. O teatro também conta com serviço de manobrista (vallet) para quem vem de carro. Você pode também pegar uma van com um grupo fechado destinado ao teatro. Informe-se a respeito na bilheteria do teatro pelo telefone (21) 2544-2533. 

Teatro Oi Casa Grande
O antigo Café-Teatro Casa Grande foi inaugurado em 1966 e por lá passaram, nos primeiros anos, grandes artistas da época: Nara Leão, Baden Powell, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Elis Regina, Chico Buarque, etc. “Entre 1976 e 1980, o teatro foi palco de diversos atos pela anistia política e reuniões de artistas e produtores culturais contra a censura então vigente”, informa seu site (oicasagrande.oi.com.br). Destruído por um incêndio em 1997, reabriu em 2008 como o Teatro Oi Casagrande com a promessa de ser o teatro mais moderno do Brasil. Grandes musicais passaram a ser encenados lá após o renascimento. Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 (ao lado do Shopping Leblon, não muito longe da “fronteira” com Ipanema). Telefone: (21) 2511-0800. (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna.)

19.2.03

A CIDADE MARAVILHOSA de COELHO NETO


Constitui um erro atribuir a Coelho Neto a designação de Cidade Maravilhosa para o Rio. No artigo “Os Sertanejos”, publicado à página 3 da edição de 29-30 de outubro de 1908 do jornal A Notícia (conforme descobri na Biblioteca Nacional, e não em 28/11 como afirmam quase todas as fontes) o autor de fato usou essa expressão, mas em referência à Exposição Nacional do centenário da abertura dos portos (na época uma espécie de "cidade artificial" asséptica & deslumbrante, como hoje, digamos, uma Disneyworld), no que não estava sendo original, porque outras matérias da imprensa também se referiam à exposição como Cidade Maravilha ou Cidade Maravilhosa

Em seu livro de 1893 A capital federal (Impressões de um sertanejo) (que você pode ler clicando aqui) não consta essa designação. E no conto “A Cidade Maravilhosa” publicado no livro de mesmo título de 1928, embora um dos personagens seja carioca e tente seduzir uma interiorana fazendo alusões tentadoras ao Rio, a "cidade maravilhosa" que dá nome ao conto não é o Rio, é uma "cidade de sonho", imaginária, evocada à noite por uma queimada. "Aqui a tem, a sua cidade maravilhosa. Viu-a de longe, era linda. Veja agora. Ilusões, fanciulla [criancice]. Adriana olhava estarrecida. Mas não era a destruição das árvores, não eram aquelas cinzas pardacentas, ainda mornas, não eram aqueles troncos denegridos, aqueles ramos que rechinavam [=queimavam] amojados de seiva que a comoviam, mas a lembrança da cena da estrada, a sedução do homem sinistro a mostrar-lhe, ao longe, no fogaréu rutilante, a cidade maravilhosa, cidade do sonho, cidade do amor." 

Aqui está um fac-símile do conto (escaneado da primeira edição, na ortografia da época) para você conferir. Outra alternativa é comprar o livro Cidade Maravilhosa na livraria da Amazon e ler (na ortografia atual) no seu Kindle. Para isso clique aqui.

























12.2.03

MAPAS ANTIGOS DO RIO DE JANEIRO

PLANTA DA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO COM SUAS FORTIFICAÇÕES (1713) do engenheiro militar francês João Massé, a primeira a mostrar o centro urbano em escala correta

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RIO DE JANEIRO COLONIAL (1760)

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MAPA CONJECTURAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: 1791-1821 do arquiteto e historiador NIREU CAVALCANTI e arquiteta ROSANE LOPES

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A PLANTA DA CIDADE DE S. SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO LEVANTADA POR ORDEM DE SUA ALTEZA O PRÍNCIPE REGENTE NOSSO SENHOR NO ANO DE 1808, feliz e memorável época de sua chegada à dita

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RIO, CAPITAL DO REINO UNIDO. Gravura francesa de Petipé de Braças incluída no Tomo 3 da obra de Debret Voyage pittoresque et historique au Brésil  (1815-22)

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A CAPITAL DO BRASIL (1831)

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RIO DE JANEIRO, seus SUBÚRBIOS (partes das atuais zonas Sul e Norte) e PRAIA GRANDE (atual NITERÓI) (1850)

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PLANTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NOVAMENTE ERECTA PELO VCDE DE VILLIERS DE L'LILE ADAM (1850)

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PLANTA DA MUITO LEAL E HEROICA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO (1852)

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PLANTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (1858)

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NOVA PLANTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (1864)

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MAPPA DO MUNICIPIO NEUTRO (futuro DISTRITO FEDERAL, depois ESTADO DA GUANABARA, depois MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO) (187?)

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NOVA PLANTA INDICADORA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E SUBÚRBIOS (partes das atuais zonas Sul e Norte) (1877)

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PLANTA DA CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO LEVANTADA PELO ENGENHEIRO LUIZ SCHREINER (1879)

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PLANTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E SUBÚRBIOS (cerca de 1900)

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CARTA DO DISTRITO FEDERAL (1907)

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PLANTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO CONTENDO TODOS OS MELHORAMENTOS MANDADOS EXECUTAR PELO GOVERNO DA UNIÃO E PREFEITURA MUNICIPAL (1911)

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CIDADES DE RIO DE JANEIRO E NITERÓI (1914)

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PLANTA GERAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO (DISTRITO FEDERAL) (cerca de 1920)

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Mapas obtidos na Biblioteca Nacional Digital