Nas colinas de São Francisco olhando pro Rio — passada a ponte — o mergulho em sol e mar. Na nave de Niemeyer já pousada na enseada. Em dois navios à espreita, no aguardo da partida.
No bondinho por sobre os arcos, subindo na paz de Santa, em todo aquele matagal e na barulhada da Colombo, em vespertino chá.
Em sinos do Rosário, em carrilhão com o Centro, nos barcos da Urca, nos mares do Leme, na paz do Arpoador. Em toda a modernidade da Barra e no azul de São Conrado. Nas praias douradas de Ipanema e Leblon, no vai-vem de Copa. No espiral da Lagoa, nas palmeiras do Jardim Botânico.
Na fênix do Pão-de-Açúcar, em rota de fuga.
Nos castelos do Flamengo, nas mansões de Botafogo, na subida do trenzinho rumo ao Cristo ─ emparedado.
Nos trens chicoteados, nos morros caídos, nos rios transbordados.
Nos gritos do Vidigal e Rocinha, no tiros do Alemão, Jacarezinho e Maré.
Nas mortes escondidas do Santa Marta, Pavãozinho e Cabritos.
Na Cidade que não é de Deus.