Inaugurada a 17 de setembro de 1894, por Manoel Lebrão e Joaquim Borges de Meirelles, com o nome de Pâtisserie Colombo, quase na esquina com a Rua do Ouvidor, a rua da moda da cidade no século XIX e no início do século XX, tornou-se logo ponto de atração para a sociedade e local de reunião de artistas, intelectuais e jornalistas. A área reunia, na época, o comércio mais sofisticado do país. A Confeitaria Colombo é a única casa comercial remanescente daqueles tempos, em que era elegante fazer compras no Centro e tomar chá, às cinco, nas requintadas confeitarias. Sua aparência atual data da reforma de 1913, que lhe assegurou uma atmosfera art nouveau irresistível.
No primeiro andar, a área da confeitaria tem balcões e vitrines de jacarandá, em estilo Luís XV, bancadas de mármore italiano e antigos vidros de balas. O salão de refeições exibe monumentais espelhos belgas, com molduras brasileiras de jacarandá, paredes com a parte inferior recoberta de mármore lavrado, com desenho de delicadas gregas; as mesas, com pés de ferro fundido, têm tampos de mármore; as cadeiras são em estilo Luís XV. O teto é trabalhado com sancas e florões e os lustres obedecem a desenho caprichoso. O piso, de ladrilhos, tem desenho colorido e delicado. No segundo andar, o salão de chá tem camarotes para orquestra, atualmente ocupados, eventualmente, por piano. Uma notável claraboia de vidro decorado com motivos florais e anjos é o ponto alto do salão, em harmonia com os painéis pintados existentes nas paredes, retratando vestais, anjos e flores. (Texto extraído do Guia Michelin do Rio de Janeiro)
Em "Confeitaria Colombo: 100 anos de charme", escreve Alessandro Motta Buzas: "A roda mais famosa dos intelectuais que ali frequentaram é a de Olavo Bilac, fundador da Sociedade dos Homens de Letras, em 1914. O objetivo dessa sociedade era criar uma bandeira de luta pela defesa dos "trabalhadores intelectuais" que não tinham uma remuneração adequada em jornais e revistas. Na festa da Colombo, em 1955, quando houve o centenário de nascimento de Olavo Bilac, este foi homenageado com uma placa comemorativa na entrada da casa. O poeta era tão pontual para os diários chás da cinco que os funcionários sempre acertavam os relógios da casa assim que ele chegava. Bilac viajava muito e, sempre que retornava ao Brasil, havia festa na Colombo, com direito a "quadrinhas comemorativas" dos padrinhos da roda." Para ler o artigo completo de Alessandro sobre a Colombo, clique aqui.
Saiba tudo sobre a Confeitaria Colombo (endereço, menu, horário etc.) visitando o site da confeitaria. Para ver uma exibição de slides com estas e outras fotos da Colombo tiradas pelo editor do blog, clique aqui.