Bandeira do Pan (e do Mengo também)
Prometi que a próxima postagem seria da Feira de São Cristóvão. Tinha me esquecido do Pan. Ele vai furar a fila. A abertura dos Jogos Pan-Americanos vi no Jornal Nacional. Podemos (ainda) não ostentar as "virtudes" de um país de Primeiro Mundo, mas conseguimos realizar os maiores espetáculos da Terra: desfiles das Escolas de Samba e agora esta abertura espetacular. Nos fins de semana do Pan, saí às ruas da Zona Sul para curtir o “clima”. Eis algumas fotos (acompanhadas de alguns textos que selecionei sobre o evento).
PS. Mais informações sobre os Jogos Pan-Americanos você encontra no site da Prefeitura, site da revista Época, site Lance!Net ou blog do Comitê Olímpico Brasileiro.
Galera assiste à maratona aquática na Praia de Copacabana
O Rio estava precisando do Pan. Até agora as manchetes dos jornais registraram em 2007 um dos anos mais dolorosos na história da cidade. O menino João Hélio, arrastado por facínoras pelas ruas; as lágrimas da mãe da menina Alana, vítima de bala perdida; os mais de cem mortos e feridos na guerra do Complexo do Alemão; uma empregada doméstica espancada, por ter feito... nada. A cidade merece uma trégua. E é possível encontrar inspiração para isso no esporte. [...]
O Pan do Rio 2007, que acontece entre os dias 13 e 29 deste mês, é uma chance para todos – moradores, governantes e visitantes – mostrarem que é possível haver disputas sem balas, mortos ou feridos. Em meio a facções criminosas, polícias e exércitos, chegou a hora de falar dos 15 mil voluntários dos Jogos, das pessoas que abrigarão turistas em suas casas, das famílias que compraram ingressos para assistir às partidas, do orgulho dos pedreiros que ajudaram a construir um grande estádio. Chegou a hora de falar dos atletas de todas as regiões do país, muitos deles nascidos ou radicados no Rio de Janeiro, o que torna ainda mais especial este Pan. (Trecho da matéria de Rafael Pereira publicada na revista Época de 9 de julho de 2007.)
O Rio estava precisando do Pan. Até agora as manchetes dos jornais registraram em 2007 um dos anos mais dolorosos na história da cidade. O menino João Hélio, arrastado por facínoras pelas ruas; as lágrimas da mãe da menina Alana, vítima de bala perdida; os mais de cem mortos e feridos na guerra do Complexo do Alemão; uma empregada doméstica espancada, por ter feito... nada. A cidade merece uma trégua. E é possível encontrar inspiração para isso no esporte. [...]
O Pan do Rio 2007, que acontece entre os dias 13 e 29 deste mês, é uma chance para todos – moradores, governantes e visitantes – mostrarem que é possível haver disputas sem balas, mortos ou feridos. Em meio a facções criminosas, polícias e exércitos, chegou a hora de falar dos 15 mil voluntários dos Jogos, das pessoas que abrigarão turistas em suas casas, das famílias que compraram ingressos para assistir às partidas, do orgulho dos pedreiros que ajudaram a construir um grande estádio. Chegou a hora de falar dos atletas de todas as regiões do país, muitos deles nascidos ou radicados no Rio de Janeiro, o que torna ainda mais especial este Pan. (Trecho da matéria de Rafael Pereira publicada na revista Época de 9 de julho de 2007.)
Maratona aquática
Setenta e cinco mil espectadores viram o Maracanã transformar-se numa galeria da alma brasileira. Elza Soares reviveu Garrincha: paralisou o estádio com a interpretação a capela do Hino Nacional. Era o prelúdio de um show de raízes. Em ritmo de samba, a delegação verde-amarela foi festejada com a alegria do gol. Joaquim Cruz também animou a multidão, ao acender a pira. Dos batuques que anunciavam a ópera amazônica à Aquarela do Brasil, os Jogos Pan-Americanos foram abertos por um espetáculo impecável de danças, luzes e sons. Melhor inspiração, os atletas não haveriam de ter. (Capa do Jornal do Brasil de 14 de julho de 2007.)
Bandeira do Brasil
Essa festa esportiva produziu como efeito colateral um Rio menos violento, mais ameno e civilizado, demonstrando que isso é possível quando existe disposição política, recursos, policiamento e, sobretudo, quando os governos se unem e trabalham na mesma direção. O resultado aparece nas últimas estatísticas e é visível no astral das pessoas que estão redescobrindo as calçadas e as ruas à noite. Pena que não se tenha um Pan o ano todo. [...]
Promover festa aqui é mole, organizar grandes eventos sem confusão é conosco mesmo, faz parte de nossa vocação desde os tamoios. Já provamos isso várias vezes. O desafio para os governantes é como manter as conquistas, é como tornar permanentes esses efêmeros momentos de paz coletiva. (Trecho da crônica de Zuenir Ventura, “O desafio pós-Pan?”, publicada em O Globo de 25 de julho de 2007.)
Na Lagoa as bóias para as competições de remo
O Cristo e as bandeiras
Simpáticos guias cívicos (12 mil jovens entre 14 e 24 anos selecionados em 115 áreas pobres do Rio e capacitados para orientar visitantes sobre a cidade, segundo a Época)
Escultura de areia: Bem-vindos, welcome, bienvenidos
Acalentado pelas pesquisas que o paparicam, o presidente Lula custou a acreditar que estava no epicentro de uma vaia. Não figurava entre suas preocupações tal coisa. [...]
No Maracanã, cuja acústica modula a voz rouca das ruas, Lula estava de corpo presente, mas o espírito soprava longe, sobrevoando o Rio nas asas das pesquisa, quando, para não haver dúvida de que era com ele mesmo, a segunda vaia confirmou o sentido político da primeira e prenunciou a terceira da meia dúzia com que o distinguiu a classe média.[...]
A vaia continua a ser a sombra do homem público para lembrá-lo, por onde passe, de que a democracia o faz politicamente mortal. Do Maracanã ficou a impressão de que, ao ser apresentado à vaia, o presidente não a reconheceu como legítima, não obstante ter sido, em tempos excluídos, uma das formas preferidas do petismo para maltratar homens públicos. Vaia dispensa tradutor: quem a promove não precisa apresentar as razões, e quem a recebe sabe o motivo de estar sendo distinguido. É a legítima defesa da cidadania.[...]
No Maracanã, cuja acústica modula a voz rouca das ruas, Lula estava de corpo presente, mas o espírito soprava longe, sobrevoando o Rio nas asas das pesquisa, quando, para não haver dúvida de que era com ele mesmo, a segunda vaia confirmou o sentido político da primeira e prenunciou a terceira da meia dúzia com que o distinguiu a classe média.[...]
A vaia continua a ser a sombra do homem público para lembrá-lo, por onde passe, de que a democracia o faz politicamente mortal. Do Maracanã ficou a impressão de que, ao ser apresentado à vaia, o presidente não a reconheceu como legítima, não obstante ter sido, em tempos excluídos, uma das formas preferidas do petismo para maltratar homens públicos. Vaia dispensa tradutor: quem a promove não precisa apresentar as razões, e quem a recebe sabe o motivo de estar sendo distinguido. É a legítima defesa da cidadania.[...]
O velho Winston Churchill, que levantou do chão os ingleses em 1940, foi retumbantemente vaiado num comício eleitoral, três meses depois de terminada a Segunda Guerra em 1945, e ainda por cima perdeu a eleição. Como não prezava o papel de vítima, aproveitou a oportunidade e mandou o recado: “Feliz do povo que pode vaiar seus governantes”. (Trecho da crônica de Wilson Figueiredo "O eterno direito de vaiar" publicada no Jornal do Brasil de 23/7/07.)
Escultura de areia: Maracanã
Patriotismo
Ciclistas na prova de pentatlo
Patriotismo II
Em frente à arena do vôlei de praia
Cauê, o mascote do Pan