ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

25.3.08

ARTE NAS RUAS


Em A alma encantadora das ruas, João do Rio escreve todo um capítulo sobre a pintura das ruas. Diz o autor: “Quantos pintores pensa a cidade que possui? A estatística da Escola é falsíssima. Em cada canto de rua depara a gente com a obra de um pintor, cuja existência é ignorada por toda a gente.”

Infelizmente não podemos mais contemplar a arte das ruas do tempo de João do Rio - só podemos imaginá-la com base em sua crônica ("os macacos trepados em pipas de parati, homens de olho esbugalhado mostrando, sob o verde das parreiras, a excelência de um quinto de vinho, umas mulheres com molhos de trigo na mão apainelando interiores de padarias e talvez recordando Ceres, a fecunda"). Os raros fotógrafos da época não a registraram. Mas com o enxame de câmeras digitais atualmente, com certeza nossos descendentes poderão se deleitar com a arte das ruas de hoje. Vejamos algumas fotos que tirei nas ruas cariocas.







A revista Piauí 12 publicou matéria interessante sobre a arte do grafite. Eis um trecho.

Ferreira Gullar cruza todos os dias com uma porção dessas tipografias nos arredores de seu apartamento, em Copacabana, no Rio. Poeta e crítico de arte, ele traça as seguintes fronteiras das chamadas inscrições urbanas: “Pichar as fachadas de garatujas, ‘assinaturas’, nada tem a ver com arte, nem me parece ser essa a intenção dos pichadores. Mas há também coisas muito bonitas e expressivas, que requerem talento para serem feitas. São como painéis ou murais. Isso é arte”. Outros críticos e comentaristas vão além. Para eles, também as garatujas podem ser arte.