Quem entra no Rio pela Linha Vermelha ou Avenida Brasil vê ao longe, à direita, a igrejinha da Penha no alto do penhasco.
Com a pacificação do complexo de favelas da Penha, por muito tempo dominado por traficantes, a Igreja da Penha vive um renascimento, voltando a atrair fiéis e turistas. Situada no coração da Zona Norte — no tradicional bairro da Penha, um dos “subúrbios da Leopoldina”, como se dizia no século passado — oferece uma vista impressionante, diferente das vistas do Corcovado ou de outros mirantes da Zona Sul. A Festa da Penha já foi uma festa importante que atraía números enormes de fiéis. A Festa da Penha também atraía grande número de sambistas na primeira metade do século XX. Noel cita a Penha em várias de suas canções — dizem que cita mais a Penha do que Vila Isabel. “Não há quem tenha / Mais saudades lá da Penha / Do que eu, juro que não”, canta Noel em Meu Barracão. Escreveu João Máximo, biógrafo de Noel: “O Noel Rosa tinha um espírito suburbano, amor pelos locais afastados do centro da cidade.”
São famosos os 382 degraus cortadas na pedra até a igreja no alto, que pagadores de promessas costumavam subir de joelhos. Porém quem estiver fora de forma pode subir por um bondinho.
Além da famosa igreja no alto do penhasco, no pátio ao pé da escadaria existe uma outra igreja, loja de artigos religiosos, concha acústica, estacionamento, a sala de milagres repleta de ex-votos (peças de cera ou madeira, muitas vezes em forma de uma parte do corpo, deixadas por fiéis em agradecimento a graças alcançadas) e o museu do santuário, abertos nos domingos de festa.
A Festa da Penha costuma começar no primeiro sábado de outubro com a lavagem das escadarias (foto abaixo) e a procissão luminosa. Eventos variados ocorrem também nos domingos de outubro. No dia 12, de Nossa Senhora da Aparecida, ocorre o evento Corações Unidos. A programação detalhada pode ser obtida no site do Santuário da Penha. Portanto se você, turista ou morador da Zona Sul, quiser provar o gostinho dos “subúrbios”, que tal pegar um "trem da Central" ou mesmo um "busão" e curtir o trajeto até a Penha?
Endereço: Largo da Penha, 19 — Penha (ver mapa abaixo).
Telefone: (21) 3219-6262
E-mail: faleconosco@santuariopenhario.org.br
Preço: Gratuito, mas acho que um visitante com espírito cristão deva deixar uma contribuição na caixa de esmolas.
Horário do museu: Domingos, 7h às 12h. Visitas de segunda a quarta podem ser agendadas pelo telefone ou museu@santuariopenhario.org.br.
Horário das missas: Segunda-feira e de quarta a sábado às 8h; domingo às 7h, 8:30h, 10h e 16h. O primeiro domingo do mês é consagrado a Nossa Senhora da Penha.
Preço: Gratuito, mas acho que um visitante com espírito cristão deva deixar uma contribuição na caixa de esmolas.
Horário do museu: Domingos, 7h às 12h. Visitas de segunda a quarta podem ser agendadas pelo telefone ou museu@santuariopenhario.org.br.
Horário das missas: Segunda-feira e de quarta a sábado às 8h; domingo às 7h, 8:30h, 10h e 16h. O primeiro domingo do mês é consagrado a Nossa Senhora da Penha.
Horário de abertura do santuário: Diariamente das 7h às 18h.
Como chegar: A melhor maneira de ir à Igreja da Penha é pelo trem da Supervia. Vá (de metrô) até a Central do Brasil e lá pegue um trem do ramal Saracuruna (plataforma 12). Eis o percurso: Central, São Cristóvão, Triagem, Manguinhos, Bonsucesso (de onde sai o teleférico do Complexo do Alemão), Ramos, Olaria e enfim Penha! Você também pode saltar do metrô e pegar o trem na Triagem. Confira no site da Supervia os horários exatos e veja se os trens estão operando normalmente, se não há nenhum "contratempo".
As seguintes linhas de ônibus passam perto do Santuário (peça ao trocador que avise quando chegar lá): 483 (Penha-Siqueira Campos via Túnel Santa Bárbara) e 497 (Penha-Laranjeiras). Estas linhas, depois de transporem o Centro da cidade, percorrem a Avenida Brasil até Manguinhos, onde pegam o Viaduto de Manguinhos e passam a atravessar uma série de bairros da Zona Norte: Bonsucesso, Ramos, Olaria e Penha. Você vai saltar no terceiro ponto da Rua Quito, antes da Praça Panamericana (veja no mapa).
As seguintes linhas de ônibus passam perto do Santuário (peça ao trocador que avise quando chegar lá): 483 (Penha-Siqueira Campos via Túnel Santa Bárbara) e 497 (Penha-Laranjeiras). Estas linhas, depois de transporem o Centro da cidade, percorrem a Avenida Brasil até Manguinhos, onde pegam o Viaduto de Manguinhos e passam a atravessar uma série de bairros da Zona Norte: Bonsucesso, Ramos, Olaria e Penha. Você vai saltar no terceiro ponto da Rua Quito, antes da Praça Panamericana (veja no mapa).
Visualizar Igreja da Penha em um mapa maior
História: O culto a Nossa Senhora da Penha de França começou no século XV quando o peregrino francês Simão Vela descobriu na montanha Peña de Francia (Penha de França em português), da Serra de França, em Salamanca, Espanha, uma imagem de Nossa Senhora.
A construção da primeira ermida, em torno de 1635, está envolta em lendas. Conta-se que o capitão português Baltazar de Abreu Cardoso, proprietário das terras no entorno do atual santuário, ao subir o penhasco para ver suas plantações, foi atacado por uma serpente. Pediu auxílio a Nossa Senhora, que o salvou do perigo. Em agradecimento, construiu uma capela com uma imagem de Nossa Senhora no alto do rochedo. Como ficava no alto de uma penha (penhasco), passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha e mais tarde foi associada a N. S. da Penha de França.
Em 1728 criou-se a irmandade de N. S. da Penha de França, e a capela original foi substituída por uma nova e maior.
Em 1817 a Sra. Maria Barbosa prometeu que, se tivesse um filho, mandaria esculpir uma escadaria no granito do penhasco para facilitar o acesso à capela. Em 1819 a escadaria estava concluída.
Em 1870 a capela foi demolida, erguendo-se em seu lugar um templo novo, de inspiração neogótica. Na primeira década do século XX, Luís de Moraes Júnior veio de Portugal especialmente para remodelar a decoração arquitetônica. Viajando de trem para acompanhar as obras, conheceu Osvaldo Cruz, que o convidou a projetar Manguinhos. Com essa reforma a Igreja assumiu sua feição definitiva, que vemos hoje. (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna. Para ver outras postagens neste blog sobre a Igreja da Penha clique no marcador abaixo.)
A construção da primeira ermida, em torno de 1635, está envolta em lendas. Conta-se que o capitão português Baltazar de Abreu Cardoso, proprietário das terras no entorno do atual santuário, ao subir o penhasco para ver suas plantações, foi atacado por uma serpente. Pediu auxílio a Nossa Senhora, que o salvou do perigo. Em agradecimento, construiu uma capela com uma imagem de Nossa Senhora no alto do rochedo. Como ficava no alto de uma penha (penhasco), passou a ser chamada de Nossa Senhora da Penha e mais tarde foi associada a N. S. da Penha de França.
Em 1728 criou-se a irmandade de N. S. da Penha de França, e a capela original foi substituída por uma nova e maior.
Em 1817 a Sra. Maria Barbosa prometeu que, se tivesse um filho, mandaria esculpir uma escadaria no granito do penhasco para facilitar o acesso à capela. Em 1819 a escadaria estava concluída.
Em 1870 a capela foi demolida, erguendo-se em seu lugar um templo novo, de inspiração neogótica. Na primeira década do século XX, Luís de Moraes Júnior veio de Portugal especialmente para remodelar a decoração arquitetônica. Viajando de trem para acompanhar as obras, conheceu Osvaldo Cruz, que o convidou a projetar Manguinhos. Com essa reforma a Igreja assumiu sua feição definitiva, que vemos hoje. (Informações obtidas em Ivo Korytowski, Guia da Cidade Maravilhosa, Editora Ciência Moderna. Para ver outras postagens neste blog sobre a Igreja da Penha clique no marcador abaixo.)