ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

1.5.13

HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO em BENFICA


O primeiro hospital militar da cidade, o Hospital Real Militar e Ultramar, foi criado em 1768, sob o governo do vice-rei Conde de Azambuja, nas casas do antigo Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo.

Portão

Em 1830 uma Comissão Municipal considerou a localização do hospital inadequada: “A situação deste hospital sobre o Morro do Castelo nos parece ser a pior possível; sobre o cimo de uma montanha elevada, e defronte da barra ele está exposto a uma ventilação excessiva e sujeito aos inconvenientes de uma condição difícil para os objetos de primeira necessidade; para os mesmos doentes é grande o martírio de serem conduzidos por uma ladeira tão íngreme e perigosa [...]

O Pavilhão Central, único remanescente do projeto original.
 
Decreto da Regência de 1832 extinguiu os hospitais militares e criou os Hospitais Regimentais, tendo sido instalado no Rio de Janeiro um no Campo da Aclamação (atual Praça da República) e outro no Depósito da Praia Vermelha. Os Hospitais Regimentais foram extintos em 1844, dando lugar ao Hospital Militar da Guarnição da Corte, de volta ao Morro do Castelo.

Cúpula do Pavilhão Central, construído em 1912 e inaugurado em 1913
 
Com a proclamação da República, formou-se uma comissão para modernizar o exército e o serviço médico militar. Decreto do Marechal Deodoro de 1890 determinou a criação “na Capital Federal [de] um hospital central, único de 1a classe!”. Em 1892 foi lançada a pedra fundamental do novo hospital na grande área de 78.960 metros quadrados, adquirida ao Jóquei Club, no bairro de Benfica. O projeto previa oito pavilhões isolados para enfermarias e um grande pavilhão para administração de serviços gerais.

Fonte

Em 1902 foi inaugurado o hospital com apenas três pavilhões construídos. Somente em 1913, o majestoso Pavilhão Central, denominado "Floriano Peixoto", foi inaugurado pelo Presidente Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca. Os pavilhões restantes foram entregues em 1915, 1916 e 1922. Sessenta anos depois, o hospital foi modernizado. Para isso demoliram-se os antigos pavilhões, exceto o pavilhão central, belo exemplar da sobriedade e imponência do estilo Luís XVI adaptado ao uso hospitalar e militar, único remanescente do projeto original.

Fundos do hospital (detalhe).
 
O editor do blog agradece à direção do Hospital pela autorização para fotografá-lo. Informações históricas obtidas no site do Hospital Central do Exército.

Janela gradeada.

Janela gradeada (por dentro).

Corrimão de madeira de lei.
 
Piso.
 
A escada.

O interior com a claraboia acima.
O interior.
 
Claraboia.

5 comentários:

Fábio Carvalho disse...

fantástico post! parabéns.
abraços

Unknown disse...

É mais um segredo bem guardado da cidade que só foi revelado ao público graças ao seu blog.

Ivo Korytowski disse...

Sou muito perseverante, não foi fácil entrar aí para fotografar.

Anônimo disse...

Ivo, adorei sua postagem sobre o HCE
Parabéns
Rejane

Edileuza muniz disse...

Ivo,bom dia.
Hoje data de 24/05/2023
Seria possível você informar sobre o médico Assis Brasil ou talvez escreva Assis Brazil antigamente,foi médico no hospital do exército em Benfica RJ. Na década de 1940.
Se você conseguir detalhes sobre ele .