ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

6.7.18

CASA DE ROBERTO MARINHO no COSME VELHO


Roberto Marinho não era como esses milionários cujas casas são absolutamente indevassáveis. Quem passava diante do seu portão na Rua Cosme Velho via uma nesga da casa rosa, como mostra a foto abaixo tirada em 2013, mas jamais imaginava que um dia poderia adentrar aquele casarão que, pela extensão do muro, via-se que ocupava vasto terreno. Pois este ano seus filhos tomaram a louvável iniciativa de transformar a casa em centro cultural, permitindo que qualquer um a visite e contemple os quadros que Roberto Marinho colecionou durante sua vida. 

Contam seus filhos: “Movido pelo amor à arte e pela crença no talento dos artistas brasileiros, costumava adquirir obras diretamente dos pintores e escultores que considerava promissores, ou, como dizia, porque gostava do trabalho, pela emoção que lhe provocava. Frequentava bienais e salões, galerias e ateliês, mas também adquiria quadros e esculturas para ajudar um artista em dificuldades.”

A casa vista da rua em 2013

A casa de 1938 inspirou-se na casa grande do engenho Megaípe, daí suas linhas levemente coloniais, mas sem a estilização do neocolonial em voga na época.

Casa grande do engenho Megaípe, por Percy Lau

Casa do Roberto Marinho

Matéria de O Globo por Nani Rubin de 19/4/2018 informa: “A instituição cultural nasce no lugar que por décadas serviu de residência ao jornalista, e tem como objetivo ser um centro de exibição e pesquisa da arte moderna brasileira, foco da coleção adquirida ao longo de sete décadas.

A casa limítrofe à Floresta da Tijuca foi palco de festas memoráveis, que juntavam empresários, artistas e intelectuais. Ali, Dorival Caymmi e Amália Rodrigues cantaram, e Tônia Carrero e Paulo Autran encenaram peça do Teatro Brasileiro de Comédia. Após a morte de seu proprietário, em 2003, e a da viúva, Lily Marinho, em 2011, o local ficou desocupado.

Desde então, os três filhos do jornalista (com Stella Marinho, a primeira mulher) vinham pensando em como transformá-la em uma casa viva, mas que não passasse pelo culto à personalidade do pai, nem que fosse uma casa-museu, como conta Lauro Cavalcanti, diretor do espaço.”




A casa, na Rua Cosme Velho, 1105, pode ser visitada de terça a domingo, das 12 às 18 horas, com entrada até 17h15. O ingresso custa 10 reais (com meia para estudantes e os mais velhos como eu), mas nas quartas-feiras a entrada é gratuita. Para os andarilhos, do Largo do Machado até lá são 3,2 quilômetros. Tranquilo. Mas você pode saltar do metrô no Largo do Machado e pegar o ônibus integrado para o Cosme Velho.

Modernos 10: Mostra inaugural da Casa Roberto Marinho reunindo dez expoentes do modernismo brasileiro nos anos 1930 e 1940


Tarsila do Amaral, Paisagem II, 1963

Milton Dacosta, Roda, 1942

Djanira

Alberto da Veiga Guignard, Sem Título, 1927-31 





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