ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

28.2.11

PROCUREI, de Isabel Corsetti



Nas colinas de São Francisco olhando pro Rio — passada a ponte — o mergulho em sol e mar. Na nave de Niemeyer já pousada na enseada. Em dois navios à espreita, no aguardo da partida.

No bondinho por sobre os arcos, subindo na paz de Santa, em todo aquele matagal e na barulhada da Colombo, em vespertino chá.

Em sinos do Rosário, em carrilhão com o Centro, nos barcos da Urca, nos mares do Leme, na paz do Arpoador. Em toda a modernidade da Barra e no azul de São Conrado. Nas praias douradas de Ipanema e Leblon, no vai-vem de Copa. No espiral da Lagoa, nas palmeiras do Jardim Botânico.

Na fênix do Pão-de-Açúcar, em rota de fuga.

Nos castelos do Flamengo, nas mansões de Botafogo, na subida do trenzinho rumo ao Cristo ─ emparedado.

Nos trens chicoteados, nos morros caídos, nos rios transbordados.

Nos gritos do Vidigal e Rocinha, no tiros do Alemão, Jacarezinho e Maré.

Nas mortes escondidas do Santa Marta, Pavãozinho e Cabritos.

Na Cidade que não é de Deus.

1.2.11

FORTE DUQUE DE CAXIAS (FORTE DO LEME)



O Forte Duque de Caxias teve origem no Forte do Vigia, construção do século XVIII. A necessidade de defender a Cidade dos ataques de navios piratas fez com que os morros fossem ocupados militarmente.

O Morro do Vigia do Leme teve então o Forte instalado em seu cume devido à visão privilegiada da entrada da Baía da Guanabara e da praia de Copacabana.

O Forte foi guarnecido pela Companhia dos Dragões de Minas, onde servia o Alferes Joaquim José da Silva Xavier — o Tiradentes — poucos dias antes de sua prisão, em 1789.

O Forte atual, construído entre 1913 e 1919, com tecnologia e equipamentos alemães, foi tombado pelo Conselho Municipal de Cultura em 1987.


Entrada do forte Duque de Caxias (mais conhecido como Forte do Leme) no final do bairro do Leme. Vale a pena fazer uma visita e subir ao alto do Morro do Leme.

Em frente ao forte a estátua do Patrono do Exército, o Duque de Caxias.

Na subida do morro do Leme o visitante contempla as quinze estações da Via Sacra num belo trabalho da artista M Azeredo: "Esculpir a Via Sacra foi para mim um privilégio inesquecível. [...] Como artista sou apenas uma intermediária da interpretação desses acontecimentos."

O panorama vai aos poucos se revelando.

O forte no alto do morro.

Canhões.

Cidade Maravilhosa: morros do Urubu, Urca e Pão de Açúcar vistos do alto do Morro do Leme.

Salve lindo pendão da esperança: da praia lá em baixo a gente vê a bandeira no alto do morro, mas muitos nem imaginam que podem subir até lá.

Panorama num dia nublado de primavera.

O Leme lá embaixo: contraste favela versus asfalto.

Cristo, bandeira, favela, prédios.

A saída. Observe a criança brincando com bala de canhão. Fotos do editor do blog. 



Uns meses depois dessa primeira visita ao Forte, retornei num domingo ensolarado. O resultado pode ser visto aqui. 

Em novembro de 2020, ou seja, nove anos depois das duas visitas iniciais, voltei ao forte e fiz um vídeo: