ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

5.10.15

CANÇÕES DE AMOR AO RIO (clique no título da música para ouvir no YouTube)

Berço do samba e das lindas canções...
(estátua de Braguinha em Copacabana)


CIDADE MARAVILHOSA (clique nos títulos das músicas para ouvi-las no YouTube)
André Filho

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil

Berço do samba e das lindas canções,
que vivem n’alma da gente.
És o altar dos nossos corações
que cantam alegremente.

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil

Jardim florido de amor e saudade,
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade,
Ninho de sonho e de luz

Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa, coração do meu Brasil

Deste céu, deste mar...


VALSA DE UMA CIDADE
Antônio Maria & Ismael Neto

Vento do mar e o meu rosto no sol a queimar, queimar
Calçada cheia de gente a passar e a me ver passar
Rio de Janeiro, gosto de você
Gosto de quem gosta
Deste céu, deste mar, desta gente feliz
Bem que eu quis escrever um poema de amor
E o amor estava em tudo o que vi
Em tudo quanto eu amei
E no poema que eu fiz
Tinha alguém mais feliz que eu
O meu amor
Que não me quis


Copacabana, princesinha do mar...

COPACABANA
Alberto Ribeiro & João de Barro

Existem praias tão lindas cheias de luz
Nenhuma tem o encanto que tu possuis
Tuas areias, teu céu tão lindo
Tuas sereias sempre sorrindo

Copacabana, princesinha do mar
Pelas manhãs tu és a vida a cantar
E à tardinha ao sol poente
Deixas sempre uma saudade na gente

Copacabana, o mar, eterno cantor
Ao te beijar ficou perdido de amor
E hoje vive a murmurar
Só a ti, Copacabana, eu hei de amar


Na beleza triste / De um samba-canção

CIDADE MULHER
Noel Rosa

Cidade de amor e ventura
Que tem mais doçura
Que uma ilusão

Cidade mais bela que o sorriso,
Maior que o paraíso
Melhor que a tentação

Cidade que ninguém resiste
Na beleza triste
De um samba-canção

Cidade de flores sem abrolhos
Que encantando nossos olhos
Prende o nosso coração

Cidade notável,
Inimitável,
Maior e mais bela que outra qualquer.
Cidade sensível,
Irresistível,
Cidade do amor, cidade mulher.

Cidade de sonho e grandeza
Que guarda riqueza
Na terra e no mar

Cidade do céu sempre azulado,
Teu Sol é namorado
Da noite de luar

Cidade padrão de beleza,
Foi a natureza
Quem te protegeu

Cidade de amores sem pecado,
Foi juntinho ao Corcovado
Que Jesus Cristo nasceu

Quando a minha vida era um brinquedo...

(do CD Cores da Minha Bossa)
Pery Ribeiro

Volto a caminhar na mesma rua
A contemplar a mesma lua
Que brilhou no meu passado
Quando a minha vida era um brinquedo
Quando todo o enredo
Da minha história começou
Volto e sinto o cheiro de saudade
E vejo que a felicidade
Era um Rio glorioso onde eu nasci
Era um Rio tão amável de sorriso e sol
Um Rio tão alegre com seu futebol
Um Rio tão feliz sem violência e dor
Um Rio onde a estrela Dalva
Emocionou cantando
Um Rio onde Herivelto
Compôs a vida amando
A paz tão carioca
Em carnavais de muito amor


Nota: Música gentilmente enviada a este blog por Ana Duarte, esposa do Pery, que escreveu: "Nascida goiana, paulistana por muitos anos, e hoje morando em Miami; cultivo uma enciumada inveja do meu marido, um carioca da gema - o cantor Pery Ribeiro - por ter ele vivido todo o esplendor desse Rio dos anos 50 e 60. Quando escuto suas histórias desta época, bebo cada palavra, curto cada música, me deliciando com uma época de ouro. E sendo bem mais nova que ele, sempre brinco: nasci na época errada!"


Alô, moça da favela...

AQUELE ABRAÇO
Gilberto Gil

O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março
Alô, alô, Realengo 
 aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo 
 aquele abraço!
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha 
 velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha 
 velho palhaço
Alô, alô, Terezinha 
 aquele abraço!
Alô, moça da favela 
 aquele abraço!
Todo mundo da Portela 
 aquele abraço!
Todo mês de fevereiro 
 aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema 
 aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu 
 aquele abraço!
Pra você que me esqueceu 
 aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro 
 aquele abraço!
Todo o povo brasileiro 
 aquele abraço!

Nota: Pressões inelutáveis levaram Gilberto Gil, em 1969, a deixar o Brasil e ir viver em Londres, justamente com seu companheiro de tropicalismo Caetano Veloso. Antes disso, porém, Gil compôs e gravou esse buliçoso samba de partido alto, no qual afirma que "meu caminho pelo mundo, eu mesmo traço". Na ocasião, encarou-se essa composição — a derradeira antes da partida — como a despedida de Gil. (Abril Cultural, Nova História da Música Popular Brasileira, Gilberto Gil, 1977)

Braços abertos sobre a Guanabara... *

SAMBA DO AVIÃO
Antonio Carlos Jobim

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudades
Rio, seu mar
Praia sem fim
Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de um minuto estaremos no Galeão
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Aterrar...



Cidade de São Sebastião

CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO
Nássara e Wilson Baptista

Rio, cidade de São Sebastião

Rio, do cavaquinho, flauta e violão
teu céu é um enorme pandeiro
crivado de estrelas de brilho sem par
pandeiro que faz a cadência
de um povo que canta e sabe sambar.

Cidade onde o sol é mais quente
e a alma da gente é mais quente também
tu tens a sublime beleza
que as outras cidades não têm
se eu fosse poeta cantava
os encantos teus
não há cidade mais bela
suave aquarela
pintada por Deus.


Céu azul

RIO
Ary Barroso


Rio,
Barulho de rodas rangendo
Barulho de gente correndo
Que vai pro trabalho e é feliz
Rio
Batida de bumbo e pandeiro
Batuque do bom no terreiro
Cabrochas gingando seus quadris
Rio
Que conta anedotas no bar
Que vai pros estádios gritar
E canta samba de improviso
Rio
Copacabana feiticeira
Joia das terras brasileiras
Pedaço do paraíso
Bate tamborim
Oi, baticum lelê
Rio de Janeiro
Rio, Rio
Céu azul
Verdes montanhas
E o mar de águas claras
Praias inundadas de sol
Pra Iaiá, Iaiá
Pra Ioiô, Ioiô
Pra Sinhá, Sinhá
E pra Sinhô
Terra de amor
De luz
De vida
E de resplendor
Rio de Janeiro





RIO DO MEU AMOR
Billy Blanco


Rio
Estácio, no passado, fez este presente
E deu abençoado três vezes à gente
Pois Deus é africano, índio e português
E com o babalaô, o padre, o pajé
A macumba, a crendice, a missa e a fé

Rio
bonito até mesmo com chuva
Cresceu, foi surgindo e todo lindo se fez
Rio, de Pedro que, primeiro, foi compositor
Foi grande seresteiro, imenso imperador
Amigo do Chalaça que a História passa mas não diz
Era o dono das francesas lá da Ouvidor
De marquesas balançou o coração
Na tristeza de partir, partiu feliz
Por saber que inaugurou, meu Rio, meu Rio
Como a Capital do Amor deste país

Rio
De Vasco e Botafogo, América e Bangu
Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu
Do bonde que é saudade ornamentando praça
Do tostão que era bom como a Lapa já foi
Da boneca dourada que passa, que engana
Enfeitando calçada de Copacabana, Ipanema
Leblon e Arpoador

Rio
Do grande carnaval, do 1º de abril
Da Vila que desceu, do dólar que caiu
De São Judas Tadeu, São Jorge, Cosme e Damião
Rio de São Sebastião que é de Janeiro
Redentor que Paulo VI iluminou
Rio de Deus que é brasileiro e do lugar
Rio do bicho que não deu mas ia dar
Festival de anedota, luz e cor
Foi aqui que eu descobri que a vida é
E encontrei o meu amor

Nota: Esta canção, composta no ano do Quarto Centenário da cidade, concorreu no I Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior, interpretada por Wilson Simonal, ficando em quinto lugar. 

Clique nos títulos das músicas para ouvi-las no YouTube. Fotos do editor do blog, exceto aquela marcada com *, de Cantunes. Clique aqui para conhecer mais fotos de Cantunes. Postagem originalmente publicada em 2006 e agora acrescida de novas canções.

10 comentários:

Anônimo disse...

P A R A B É N S, I V O ! ! !

O BLOG LITERATURA RIO DE JANEIRO PRESTA GRANDE SERVIÇO NÃO SÓ AOS QUE RESPIRAM LITERATURA MAS A TANTOS OUTROS QUE BUSCAM, TAMBÉM, AUTENTICIDADE E BELEZA!

LONGA VIDA A VOCÊ E SEU BLOG ! !
(enviado por e-mail)

Anônimo disse...

Ivo, é com grande prazer que leio o seu blog e ele me leva aos anos 50 quando vivi no Rio. Fui aprendiz de repórter do jornal " O Globo" e meu passeio predileto era na Quinta da Boa Vista e no Campo de Santana que fica perto da casa onde morou minha tia. Minha irmã reside no Rio e quando for visitá-la novamente irei procurá-lo para um bom papo. Do Prof. Dr. Antonio Ribeiro de Almeida, aposentado, USP

Anônimo disse...

PREZADO PROFESSOR IVO
O seu blog é uma sala de aula muito interessante,pois através do entretenimento,adquirimos CULTURA GERAL!
SUCESSO SEMPRE!!!
Siomara de Cássia Miranda

Jonas Prochownik disse...

Ivo, sempre e muito bom entrar no teu Blog. Braguinha e uma figura maravilhosa. A muitos anos quase casei com a sobrinha dele, Maria Angelica Faccini, Primeira bailarina do T.Municipal na epoca. Belas lembranças! Forte abraço do amigo Jonas.

Anônimo disse...

Sua idéia foi maravilhosa. Eu adoro o Pery Ribeiro! E o que dizer do eterno Ismael Silva? Muito obrigada. (enviado por e-mail)

Isabela Lage disse...

Ivo, que frescor, que delícia vir aqui, depois de atravessar as montanhas, chegar neste Rio de Janeiro que vc tão bem en-canta.
Obrigada! bjm, Bel

Anônimo disse...

e aii pai
ta indo na favela pra tirar foto do riooo??? aahahahahahaha
ta ótimoo o bog
abraçooo

Julia Ardón disse...

Yo no me muero sin ir a Brasil!!!!

Anônimo disse...

Caro Ivo,

Estou sempre visitando seu maravilhoso blog. Estive no Rio há dez dias e já não aguento de saudade. Ao ouvir esses canções, chorei de emoção.
Sou carioca de coração e com muita paixão.
Parabéns pelas fotos,pelos textos, e parabéns pela Nova Maravilha do Mundo,
o Cristo Redentor.

Maria Fernanda disse...

Queria lembrar essa:

Domingo em Paquetá
(Braguinha e Alberto Ribeiro)

Esquece por momentos teus cuidados
E passa teu domingo em Paquetá
Aonde vão casais de namorados
Buscar a paz que a natureza dá
O povo invande a barca e, lentamente
A velha barca deixa o velho cais
Fim de semana que transforma a gente
Em bando alegre de colegiais

Em Paquetá, se a lua é cheia
Faz renda de luz por sobre o mar
A alma da gente se incendeia
E há ternuras sobre a areia
E romances ao luar
E quando rompe a madrugada
Da mais feiticeira das manhãs
Agarradinhos, descuidados,
Ainda dormem namorados
Sob um céu de "flamboyants"