ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

8.4.16

VISITA AO PALÁCIO LARANJEIRAS

Ontem tivemos a oportunidade de participar de um grupo organizado pelo historiador Nireu Cavalcanti que visitou as obras de restauração do Palácio Laranjeiras realizadas pela empresa CONCREJATO, com verbas arrecadadas de empresas através das leis de incentivo à cultura. Os trabalhos devem estar concluídos para as Olimpíadas e depois disso existem planos de abrir o Palácio à visitação nos fins de semana. O Palácio Laranjeiras foi construído de 1909 a 1914 para o jovem empresário Eduardo Guinle, com base em projeto do arquiteto Armando da Silva Telles, que já havia projetado a casa do pai de Eduardo em Botafogo — ambos os imóveis inspirados nas villas mediterrâneas, como informam Beatriz Coelho Silva e Christine Ajuz em Palácio Laranjeiras. Conquanto as fontes citem como coprojetista o francês Joseph Gire, trata-se de um "mito", já que este estava na Argentina nessa época, onde desenvolveu vários projetos arquitetônicos importantes, e só chegaria ao Rio de Janeiro em 1 de outubro de 1918, como consta da coluna "Vida Social" (subtítulo "Viajantes") à pág. 6 do jornal O Paiz daquele dia, que você pode consultar na Hemeroteca Digital. Além disso, as plantas do palácio, guardadas no Arquivo Geral da Cidade, uma das quais reproduzimos abaixo, são assinadas tão-somente pelo arquiteto Silva Telles.

O Palácio divide-se em três corpos, cada um deles destinado a uma função diferente: o corpo central abriga a parte social ou de cerimônia e, das duas alas, uma abriga a parte residencial e a outra, a parte de serviço, como lemos na página do site Patrimônio belga do Brasil dedicada ao palácio (que você pode acessar aqui; o patrimônio belga no caso é o parquet que forma o piso de cinco aposentos. O simpático Barbosa, veterano funcionário que dedicou a vida ao Palácio, contou-nos saborosas histórias sobre as autoridades moradoras do majestoso bem tombado. Lá foi assinado o famigerado AI-5, Costa e Silva morreu e teve seu corpo velado, o então chefe do SNI João Baptista de Figueiredo teve seu escritório e Geisel teve seu corpo velado.

Planta do Palácio Laranjeiras assinada por Armando da Silva Telles fornecida por Nireu Cavalcanti

À primeira vista parece um palácio francês, mas a vegetação em volta mostra que estamos em terras tropicais. Vemos aqui a fachada principal do Palácio Laranjeiras (se vocês olharem uma foto do Cassino de Monte Carlo, notarão certa semelhança)

Palácio Laranjeiras: Três corpos de construção, corpo central (atrás) abrigando a parte social e de cerimônia e as duas alas dos fundos (nesta foto, na frente), uma residencial e a outra de serviço

Palácio Laranjeiras: Fachada lateral principal, voltada para o parque

Detalhe da fachada lateral

Leão no pórtico da fachada lateral que dá para o parque

Fachada lateral que dá para os fundos do parque

Vista da varanda da fachada lateral principal

Piso de mosaico

Azulejos num dos aposentos. Fotos do editor do blog.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Ivo,

Parabéns pela visita do Blog ao palácio Laranjeiras. É realmente uma construção belíssima.

Abs

Ju Ricardo