Um raro casarão imperial que conseguiu sobreviver na Tijuca. Fotos de Roger de Sena (RS) e do editor do blog (IK).
Entrada do Colégio Militar na Rua São Francisco Xavier. (IK) |
Quem passa em frente ao Colégio vê esta placa. Para visitar o Palacete é preciso pedir autorização à Comunicação Social do Colégio. (IK) |
Palacete e busto (suponho que do fundador Thomaz Coelho - se estou errado, me corrijam - o gramado não me permitiu chegar até a placa). (IK) |
Observe o pórtico de entrada, a escadaria e a cúpula decorada por relógio circular. (RS)
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Ao fundo o Morro da Babilônia. (IK) |
Lateral do palacete. (RS) |
Lateral (detalhe). (IK) |
Placa explicativa na entrada do palacete. (IK) |
Pintura do palacete na sala do diretor. (RS) |
Detalhe do teto. (RS) |
Relógio de pêndulos. (IK) |
Internamente a decoração exuberante lembra uma época em que a vida social e cultural tinha como palco principal o espaço privado. (IK) |
Piso em marcheteria. (IK) |
Salão nobre. (RS). |
UM POUCO DE HISTÓRIA:
Até o Governo do Marquês de Pombal, sob D. José I, as terras cariocas entre o Rio Comprido e a tapera de Inhaúma pertenciam à Sociedade de Jesus — graças a uma doação a ela feita pelo fundador da cidade a requerimento do Padre Gonçalo de Oliveira — e nelas, além de outras benfeitorias, montaram eles dois grandes engenhos de açúcar, o primeiro dos quais passou a chamar-se Engenho Velho, depois que o segundo, ou Novo, começou a funcionar alguns quilômetros mais para o norte. E ao lado do Velho uma pequena igreja foi erguida em 1583, segundo alguns cronistas, e mais provavelmente em 1624 pelos padres Domingos Coelho, Fernão Cardim e Antônio de Matos[...], e que outra não é senão a de São Francisco Xavier; na rua que tem o nome do mesmo Santo, e já reconstruída ou reformada várias vezes. [...]
Em 1889, em março, oito meses antes da República, na chácara que fora antes ocupada pelo Conde de Bonfim e pelo Barão de Mesquita, então do Barão de Itacuruçá, genro de Mesquita (e dele para isso adquirida com a ativa cooperação da Associação Comercial do Rio de Janeiro), o Conselheiro Tomás Coelho, Ministro da Guerra do Gabinete João Alfredo, instalou nela, na sua esquina com a Rua do Andaraí Grande [atual Barão de Mesquita], o primeiro Colégio Militar brasileiro, dedicado sobretudo à educação dos filhos dos oficiais do Exército. Suas aulas iniciaram-se em maio, e o seu Primeiro Diretor foi o Major Ribeiro Guimarães. Era para chamar-se Pritaneu, mas D. Pedro II achou feia a palavra e riscou-a do decreto ao assiná-lo. Em 1954 muitos de seus alunos e os da Escola Técnica da Rua General Canabarro estiveram empenhados em vivas pendências, e um deles nelas morreu. Horácio Lucas era seu nome, perpetuado nas placas da pequena praça diante dos seus portões principais.
(Brasil Gerson, História das ruas do Rio, pp. 340-3. Mais informações podem ser obtidas no site do Colégio Militar).
Até o Governo do Marquês de Pombal, sob D. José I, as terras cariocas entre o Rio Comprido e a tapera de Inhaúma pertenciam à Sociedade de Jesus — graças a uma doação a ela feita pelo fundador da cidade a requerimento do Padre Gonçalo de Oliveira — e nelas, além de outras benfeitorias, montaram eles dois grandes engenhos de açúcar, o primeiro dos quais passou a chamar-se Engenho Velho, depois que o segundo, ou Novo, começou a funcionar alguns quilômetros mais para o norte. E ao lado do Velho uma pequena igreja foi erguida em 1583, segundo alguns cronistas, e mais provavelmente em 1624 pelos padres Domingos Coelho, Fernão Cardim e Antônio de Matos[...], e que outra não é senão a de São Francisco Xavier; na rua que tem o nome do mesmo Santo, e já reconstruída ou reformada várias vezes. [...]
Divididas e vendidas as terras dos padres quase dois séculos depois de dissolvida a Sociedade em Portugal e suas colônias, um bairro de chácaras nascera ao redor da igreja, também chamado Engenho Velho [bairro este mais tarde incorporado à Tijuca], e esse era ainda o nome da sua rua principal (hoje Haddock Lobo em homenagem ao vereador e homem de muitos empreendimentos úteis à cidade no Oitocentismo), e através da qual “se passava por entre jardins”, no dizer de Joaquim Manuel de Macedo. [...]
A Rua S. Francisco Xavier, outrora um simples caminho através dos latifúndios canavieiros dos jesuítas [...] é agora das mais extensas do Rio, pertencendo por isso a mais de um bairro. [...]
(Brasil Gerson, História das ruas do Rio, pp. 340-3. Mais informações podem ser obtidas no site do Colégio Militar).
6 comentários:
Parabéns pelo texto sobre o tradicional palacete da Babilônia!
Como ex-aluno e futuro comandante do CMRJ, a partir de 2014, estou vasculhando a rede buscando tudo que é falado sobre o nosso Colégio.
Seu blog, semn dúvida, está de parabéns!
Obrigado!
Na escuta!
Cel Alex V. L. Costa
Sou aluna do cmrj, e tb estava procurando um pouco sobre a história do colégio até achar este blog, parabéns por pesquisar e se preocupar, e boa sorte ano que vem!
Sou aluna do CMRJ e sempre procuro saber mais a respeito do colégio em que estudo. E o senhor comandante Cel. Alex Vander vem exercendo um excelente comando, honrando o nosso colégio.
Infelizmente o prédio agora esta em péssimas condiçoes de conservação, as pinturas do teto, o piso, as paredes, a área externa e o telhado necessitam de reforma emergencial.
Devido a falta de verbas a que todos os orgãos públicos estão sujeitos nesses últimos anos o palacete v~em sofrendo muito.
As equipes de manutenção do CMRJ tentam até manter o que restou em condições mínimas de uso.
É uma pena que tão bela estrutura esteja sofrendo tanto. Mas fazer o que sem dinheiro.
Sou ex aluno. Fui interno nessa casa maravilhosa por 7 maravilhosos anos e não creio que as mazelas da nossa política imunda deixarão a casa de Thomáz Coelho as traças caindo aos pedaços. O cmrj não. Pelo amor de Deus. Isso aí é o berço do civismo educação respeito ao próximo a si e principalmente ao nosso Brasil. Que as mazelas da corrupção não cheguem ao nosso santo CMRJ. Zum zaravalho. Colegioooooo
Sou resgatista, Rapeleiro e apaixonado por natureza, eu gostaria muito de saber se esse morro atrás do ColeColmiliColé pertence ao colégio, quero saber se esse morro é um espaço militar e se posso fazer um esporte em um desses paredoes maravilhosos. Tenho vontade de fazer um rapel acessível e bem no meio da Tijuca. É um desperdício não ter acesso a este morro tão bacana. Se alguém puder responder eu agradeço. Abraço a tds.
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