O auge da arte musical é a chamada “música clássica” (a Santíssima Trindade Bach-Mozart-Beethoven), o auge da literatura é a obra de Shakespeare, o auge das artes plásticas foi o Renascentismo. Mas a arte não pode congelar, tornar-se “acadêmica”, tem que evoluir, romper padrões. Só que nem toda direção evolutiva é profícua. Assim foi que as vanguardas artísticas das primeiras décadas do século XX – dodecafonismo, abstracionismo e quejandos – acabaram se distanciando demais do gosto do público. Por isso, vejo com bons olhos a volta ao ideal estético da arte como beleza dos movimentos pós-modernos. Mas se alguém quiser conhecer o que de melhor se faz em termos de artes plásticas contemporâneas não é nos museus e galerias que deverá procurar, e sim nas ruas. Desde os primórdios desse blog mapeio a produção de grafites na nossa cidade (e um pouco também em outras cidades e até outros países). Se um dia alguém quiser escrever a história da evolução do grafite no Rio de Janeiro terá que recorrer ao meu vasto arquivo, já que, por ser arte (infelizmente) efêmera, grande parte das obras acabam sendo destruídas. Flanando neste último dia de horário de verão pela nova Zona Portuária revitalizada que nos legou Eduardo Paes, em frente ao Aqua Rio deparo com lindos grafites (que na verdade já estavam lá desde a época da Olimpíada) que vieram enriquecer minha já extensa coleção fotográfica, alguns dos quais exibo nesta postagem. Clique no label “arte nas ruas” ao final para ver outras postagens sobre o tema.
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Gilzin-Faria. Uma viatura da guarda municipal "atrapalhou" a foto. |
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Team Refugees de Rodrigo Sini e Cety Soledade |
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Painel de ACME em frente ao AquaRio |
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Rodrigo Sini |
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Grafite de Meton (detalhe) perto do AquaRio |
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Duim |
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Memi |
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Mario Band's |
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Cazé |
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Ment |
Um comentário:
Ivo, os nossos grafites da zona portuária têm qualidade internacional! Espero que não atraiam o espírito do João Dória (nosso Prefeito Crivela está muito perto disso), de São Paulo, para pichar de cinza (a cor dos medíocres), tão belos grafites.
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