ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

1.11.10

IGREJAS HISTÓRICAS DO CENTRO DO RIO (Parte 2.4): IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS PRETOS

RUA URUGUAIANA, 77

Igreja do Rosário e São Benedito ainda com o frontão maneirista setecentista, Thomas Ender, 1817-18.

O culto a N. S. do Rosário no Rio de Janeiro data de 1639. Os devotos tinham a imagem da santa na igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo, pois a Irmandade de N. S do Rosário e São Benedito só foi aprovada oficialmente em 1669.

Quando a igreja de São Sebastião estava prestes a se transformar em Sé, decidiu-se retirar a imagem de N.S. do Rosário e para ela se construir um templo. Assim, iniciou-se a edificação da igreja em 1700, em terreno doado à Irmandade na rua da Vala (hoje Uruguaiana). [A construção concluiu-se em 1725.]

Em 1737, estando a igreja do Castelo ameaçada de desabar, a foi transferida para a igreja de N. S. do Rosário e de São Benedito, onde ficou até 1808, quando a Sé passou para a igreja do Convento dos Carmelitas [Igreja de N.S. do Carmo da Antiga Sé, na Praça XV], mais próximo à residência da família real [o Paço da Praça XV].

No início do século XIX, por duas vezes a igreja abrigou o Senado da Câmara [câmara dos vereadores]. É interessante destacar que seu interior foi palco de importantes acontecimentos históricos, desde a preparação do Dia do Fico, ao movimento de luta pela abolição da escravatura apoiada pela confraria.

Os negros do Rosário, na segunda metade do século XVIII, realizaram festas, restaurando a Corte do Rei do Congo, um desfile com rei e rainha, em cortejo público, música e dança simbólicos, considerado por muitos como um dos precursores do Carnaval carioca de rua.

A igreja conservou, da original fachada setecentista, a portada, em lioz, encimada por medalhão da padroeira. No século XIX, sofreu uma reforma. O interior é constituído por uma nave e dois corredores, em dois andares no lado esquerdo.

A ausência de riquezas em seu interior é resultado de um violento incêndio, que o destruiu em 1967. (Guia das Igrejas Históricas da Cidade do Rio de Janeiro editado pela Prefeitura)

Fachada da Igreja, remodelada em meados do séc. XIX.

Lateral direita da igreja

Lateral esquerda da igreja

Portada maneirista em lioz encimada por medalhão da padroeira

Interior despojado devido ao incêndio de 1967

O interior antes e depois do incêndio. Foto P&B de Schultz e colorida do arquivo do IPHAN.

Detalhe da fachada. Devido à estreiteza da Rua Uruguaiana, com uma câmera amadora não dá para enquadrar a igreja toda de frente.

Movimento em frente da igreja, que fica do lado do "camelódromo" (Centro de Comércio Popular da Uruguaiana).

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