RUA URUGUAIANA, 77
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Igreja do Rosário e São Benedito ainda com o frontão maneirista setecentista, Thomas Ender, 1817-18. |
O culto a N. S. do Rosário no Rio de Janeiro data de 1639. Os devotos tinham a imagem da santa na igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo, pois a Irmandade de N. S do Rosário e São Benedito só foi aprovada oficialmente em 1669.
Quando a igreja de São Sebastião estava prestes a se transformar em Sé, decidiu-se retirar a imagem de N.S. do Rosário e para ela se construir um templo. Assim, iniciou-se a edificação da igreja em 1700, em terreno doado à Irmandade na rua da Vala (hoje Uruguaiana). [A construção concluiu-se em 1725.]
Em 1737, estando a igreja do Castelo ameaçada de desabar, a Sé foi transferida para a igreja de N. S. do Rosário e de São Benedito, onde ficou até 1808, quando a Sé passou para a igreja do Convento dos Carmelitas [Igreja de N.S. do Carmo da Antiga Sé, na Praça XV], mais próximo à residência da família real [o Paço da Praça XV].
No início do século XIX, por duas vezes a igreja abrigou o Senado da Câmara [câmara dos vereadores]. É interessante destacar que seu interior foi palco de importantes acontecimentos históricos, desde a preparação do Dia do Fico, ao movimento de luta pela abolição da escravatura apoiada pela confraria.
Os negros do Rosário, na segunda metade do século XVIII, realizaram festas, restaurando a Corte do Rei do Congo, um desfile com rei e rainha, em cortejo público, música e dança simbólicos, considerado por muitos como um dos precursores do Carnaval carioca de rua.
A igreja conservou, da original fachada setecentista, a portada, em lioz, encimada por medalhão da padroeira. No século XIX, sofreu uma reforma. O interior é constituído por uma nave e dois corredores, em dois andares no lado esquerdo.
A ausência de riquezas em seu interior é resultado de um violento incêndio, que o destruiu em 1967. (Guia das Igrejas Históricas da Cidade do Rio de Janeiro editado pela Prefeitura)
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Fachada da Igreja, remodelada em meados do séc. XIX. |
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Lateral direita da igreja |
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Lateral esquerda da igreja |
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Portada maneirista em lioz encimada por medalhão da padroeira |
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Interior despojado devido ao incêndio de 1967 |
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O interior antes e depois do incêndio. Foto P&B de Schultz e colorida do arquivo do IPHAN. |
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Detalhe da fachada. Devido à estreiteza da Rua Uruguaiana, com uma câmera amadora não dá para enquadrar a igreja toda de frente. |
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Movimento em frente da igreja, que fica do lado do "camelódromo" (Centro de Comércio Popular da Uruguaiana). |
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