A FACULDADE DE DIREITO DA USP, NO LARGO DE SÃO FRANCISCO, CENTRO PAULISTANO, OFERECE VISITAS MONITORADAS NA ÚLTIMA SEXTA-FEIRA DE CADA MÊS ÀS 14H30. VOCÊ PODE AGENDAR PELO E-MAIL visitasfd@usp.br. FOTOS TIRADAS DURANTE UMA DESSAS VISITAS.
TEXTO REPRODUZIDO DO FOLHETO DISTRIBUÍDO NA VISITA.
Durante a década de 1930, o antigo convento foi demolido para dar lugar ao edifício de feições monumentais, em estilo neocolonial, que conhecemos hoje como Prédio Histórico. Para uma aula sobre este e outros estilos arquitetônicos adotados no Brasil veja nossa postagem sobre a evolução da arquitetura carioca clicando aqui. |
Criada em 11 de agosto de 1827, com a fundação dos primeiros cursos jurídicos do Brasil, a Faculdade de Direito de São Paulo veio responder aos anseios de consolidação da emancipação recém-conquistada pelo país. Sua finalidade inicial era formar governantes e administradores públicos que viriam estruturar e conduzir o país independente.
Vitral na escadaria mostrando a faculdade quando ainda ocupava o antigo convento. |
A princípio, fora instalada nas dependências de um convento erigido no Largo de São Francisco durante o século XVII. A presença de uma biblioteca e de um rico acervo constituído ao longo de anos e anos pelos frades franciscanos foi determinante para que o local fosse escolhido para sediá-la.
A faculdade abriga várias obras de arte, entre elas, quadros de ex-diretores. Neste vemos Herculano de Freitas, diretor de 1916-25. |
Durante a década de 1930, no entanto, o antigo convento foi demolido para dar lugar ao edifício de feições monumentais que conhecemos hoje como Prédio Histórico. Projetado por Ricardo Severo, considerado o sucessor de Ramos de Azevedo, o novo edifício inaugurou o estilo neocolonial, que congregou a arquitetura moderna e elementos do barroco luso-brasileiro, preservando um pouco da tradição cultural presente no antigo convento. As obras só seriam concluídas na década de 1940.
A biblioteca. Os livros estão agrupados não por assuntos, mas por altura, sendo localizados por um sistema de indexação. |
Observe que livros de diferentes assuntos, mas mesma altura, compartilham a estante. |
A Faculdade de Direito de São Paulo foi a primeira a integrar a Universidade de São Paulo (USP) por ocasião de sua fundação em 1934.
Em 2002, todo o conjunto arquitetônico do Prédio Histórico foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
Salão Nobre |
Sala da Congregação |
Nesses quase dois séculos de história, a Faculdade de Direito legou ao país bem mais do que previa o seu propósito original.
Seus estudantes e egressos não apenas ajudaram a lançar as bases do Estado brasileiro e ocuparam postos de relevo nos quadros do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, tornando-se presidentes da República, governadores, prefeitos, deputados, senadores, ministros e juízes. Alguns deles foram protagonistas de importantes movimentos nacionais, como o abolicionismo, o republicanismo, o constitucionalismo e a campanha das Diretas Já. Entre eles, figuram nomes conhecidos da história nacional, como Prudente de Moraes, José Antonio Pimenta Bueno, José Bonifácio de Andrada e Silva (o Moço), Ruy Barbosa, Campos Sales, Ulysses Guimarães e Franco Montoro e muitos outros.
Sala da Congregação: reprodução do decreto criando os cursos jurídicos |
Outros, alimentando o clima de efervescência cultural que a Faculdade de Direito instaurou em São Paulo, legaram ao país algumas das mais importantes obras da literatura brasileira. É o caso dos poetas Castro Alves, Fagundes Varella e Álvares de Azevedo, de Monteiro Lobato e, mais recentemente, de Lygia Fagundes Telles, alguns deles nomeados imortais pela Academia Brasileira de Letras.
Retratos dos ex-reitores |
Não é por acaso que costuma-se dizer que a história da Faculdade de Direito se confunde com a história do país e de São Paulo.
Em suas dependências, distribuem-se registros de marcos e acontecimentos históricos de grande significado para a Faculdade e seus estudantes, como o túmulo do professor Julius Frank, construído em 1842, e a pedra fundamental do edifício para o qual seria transferido o curso de Direito na Cidade Universitária, arrancada de sua origem por estudantes contrários à transferência e instalada no Largo de São Francisco em 1973 com os dizeres "Quantas pedras forem colocadas, tantas arrancaremos".
Túmulo do professor Julius Frank |
Mas a Faculdade de Direito abriga também monumentos que registram e homenageiam momentos decisivos da história nacional, como o Monumento ao Soldado Constitucionalista e a Tribuna Livre, de onde o inesquecível mestre Goffredo da Silva Telles Jr. pronunciou sua Carta aos Brasileiros e defendeu a democracia em plena ditadura militar.
Retrato de Frei Galvão no local onde, segundo a tradição, estaria situada a sua cela no convento. Nesse mesmo local existe uma relíquia do santo. |
Que essas Arcadas continuem a sustentar sonhos, ideais e lutas da nação brasileira por muitos outros séculos!
As famosas arcadas |
Memorial aos acadêmicos mortos na Revolução Constitucionalista: "Quando se sente bater / No peito heroica pancada / Deixa-se a folha dobrada / Enquanto se vai morrer..." |
2 comentários:
SRTAS E SRS , O GIGANTE ADORMECIDO PRECISA- SIM DE UMA REVOLUÇÃO CULTURAL E VALORIZAR AS MUSAS HETEROSSEXUAIS , MÃES SOLTEIRAS OU NÃO , tão DISCRIMINADAS ...
POETANCHOREPÓRTR PAOLO MONTENEGRO FAZ ISTO NO SEU GLORIOSO MÍDIA E MULHER , ano 18 em JULHO 19 , sem palavrões, nus e semi-nus
SÓ ACEITO CRÍTICAS CONSTRUTIVAS , PAOLOHAPPY30@GMAIL.COM
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