As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas.
Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos.
Uma arte tão ousada e quase tão perfeita, como é a engenharia, não deve julgar irresolvível tão simples problema.
O Rio de Janeiro, da avenida, dos "squares", dos freios elétricos, não pode estar à mercê de chuvaradas, mais ou menos violentas, para viver a sua vida integral.
Como está acontecendo atualmente, ele é função da chuva. Uma vergonha!
Não sei nada de engenharia, mas, pelo que me dizem os entendidos, o problema não é tão difícil de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais, procrastinando a solução da questão.
O Prefeito Passos, que tanto se interessou pelo embelezamento da cidade, descurou completamente de solucionar esse defeito do nosso Rio.
Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
Infelizmente, porém, nos preocupamos muito com os aspectos externos, com as fachadas, e não com o que há de essencial nos problemas da nossa vida urbana, econômica, financeira e social.
VEJAM MEU VÍDEO ABAIXO SOBRE O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA E CLIQUEM NO LABEL "LIMA BARRETO" NO FINAL PARA VER OUTRAS POSTAGENS SOBRE O GENIAL ESCRITOR
2 comentários:
Meu Caríssimo Ivo,
Sempre bom receber suas notícias. Quanto a esta em especial, lembrei-se que "Rugendas", em seu livro "Viagem Pitoresca ao Brasil", já nos fala das terríveis enchentes na região que hoje é a Praça da Bandeira, principalmente quando a maré está alta.
Outro dia vi uma documentário sobre um túnel automobilístico em Bancock, que simultaneamente é usado para escoamento das águas nos grande temporais. Creio que seriam boas soluções para São Paulo e Rio.
São Paulo, se furarem um túnel de escoamento de águas para o litoral, conseguiriam evitar as grandes enchentes, naquela cidade.
Toronto, se não me falha a memória, no Canadá, tb. criou um sistema para absorver as grandes enchentes, principalmente porque a cidade, por ter sido a primeira a fazer o sistema de esgoto sanitário, na America, o fez junto com o pluvial, fazendo com que milhares de casas tivessem refluxo do caca, nas grande enchentes.
Um grande abraço. Vendo os amigos comuns , remeta meu amplexo.
Celso
(enviado por e-mail)
Vendo a matéria do seu blog, achei interessante a seguinte frase do Lima Barreto: Cidade cercada de montanhas e entre montanhas, que recebe violentamente grandes precipitações atmosféricas, o seu principal defeito a vencer era esse acidente das inundações.
É fato que já desmontamos alguns morros e fizemos aterros, mas não poderíamos fazer o mesmo com as serras e as montanhas ... E nem deveríamos, pois elas são uma das maravilhas da cidade. O que precisamos fazer é sempre agir preventivamente, com as necessárias obras de contenção de encostas (como se fazia há décadas atrás), e ampliação dos sistemas de drenagem e esgoto, para minorar os prejuízos quando São Pedro abre as comportas e o céu desaba ...
É engraçado ver o Lima Barreto criticando o prefeito Pereira Passos, o embelezador da cidade, que se esqueceu das providências contra as enchentes da época. As coisas se repetem, e mais de um século depois a Imprensa também critica o ex-prefeito Eduardo Paes pelas suas obras como: as instalações olímpicas, os museus, as novas vias e túneis, a linha 4 do Metrô (junto com o governo do RJ), o VLT, etc, pouco se dedicando a providências preventivas contra intempéries.
Mas pelo menos eles realizaram obras, fizeram acontecer, coisa que o atual prefeito do Rio não pratica. Não arregaça as mangas, fica esperando o tempo passar, não faz nada acontecer.
(enviado por e-mail)
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