ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

5.11.16

OUTEIRO DA GLÓRIA: ILHA DE BELEZA E TRANQUILIDADE

Tem certas áreas ou bairros onde a gente só vai para fazer algo específico, mas não visita como um todo: por exemplo, na Ilha do Governador, a gente só vai ao Aeroporto Internacional. No entanto, a Ilha ocupa uma área com quase o tamanho de toda a Zona Sul carioca (veja no Google Maps) e abriga catorze bairros. Quantos deles você já visitou? O Rio Comprido a gente só atravessa de carro sobre o elevado. É bem verdade que o bairro ficou desfigurado com esse mostrengo. Na Urca a gente só vai até a estação do bondinho, mas não penetra nas entranhas do bairro. E no Outeiro da Glória só sobe até a famosa igreja colonial (que já foi objeto de postagem deste blog que você pode ler clicando aqui), sem imaginar que existe muito mais coisa por lá. Trata-se de uma espécie de "miniSanta Teresa", um desses morros (dos quais outros exemplos são os da Conceição e do Livramento) que foram ocupados antes do “bota-abaixo” do Pereira Passos, portanto antes da tendência de favelização das encostas. 

O Outeiro da Glória tem escadarias, becos, calçamento pé-de-moleque, muros de pedra, vistas do Corcovado e até do Pão de Açúcar, chalés, casas neocoloniais, casarões vetustos, etc. Eu mesmo ignorava esse "oásis" onde a modernidade não chegou até ler um artigo publicado no finado Jornal do Brasil em 8 de outubro de 2007, intitulado “Outeiro esconde ilha de beleza e tranquilidade na Glória”, que guardei e do qual citarei alguns trechos abaixo. Na época do artigo planejei fazer uma postagem sobre o morro que só agora, nove anos depois, vem a lume. 

Caso queira fazer o mesmo percurso que eu, pegue a escadaria à esquerda do ex-prédio da Manchete na Praia do Flamengo (ver aqui), quando chegar no alto siga a Ladeira do Russel à direita até deparar com uma íngreme escadaria à esquerda (aqui), suba sem medo (é tranquilo) até o alto, lá siga a Rua Barão de Guaratiba, siga, siga, siga (ela é cheia de curvas), até desembocar na Rua do Catete do outro lado. Consulte o Google Maps. Se tiver espírito aventureiro pode explorar outras ruas, ruelas, escadarias do morro, mas esse é o roteiro básico.


 Vista com Corcovado

Casa neocolonial

Escadinha

"Uma das mais bonitas e visitadas da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Outeiro é apenas uma das joias que o bairro da Glória conserva. Bem ali, atrás do ponto turístico, do Hotel Glória, do imponente edifício que foi sede do grupo Bloch e dos prédios da Rua do Catete, está guardado um recanto que ainda preserva características urbanísticas do finzinho do século 19." (JB de 8/10/2007)


Ladeira abaixo

Casarões neoclássicos, o da esquerda de 1877

Escadinhas

"O morro é uma ilha dentro da cidade. Muitas casas desvalorizaram pois perderam a vista da Baía de Guanabara com a construção de prédios, entretanto o bairro ficou protegido." (idem)


Chalé onde morou o cantor Ruy Rei (Domingos Zeminian)

Portão com Corcovado atrás

Pórtico

"Cada curva oferece uma vista incrível da cidade. O bairro conserva um silêncio e uma paisagem que quase não se encontra mais." (idem)


Três escadinhas

Escadinha

Alpendre em velho casarão

"A Barão de Guaratiba é uma daquelas ruas onde todos se conhecem e o lugar é considerado seguro pelos moradores. Boa parte das casas é da virada do século e há muitos exemplares do estilo neocolonial. Algumas travessas têm o calçamento de pedras, conhecido como pé-de-moleque." (idem)


Azulejos

Casinha

Telhados

Casa tendendo ao art nouveau

Pichações

Pé-de-moleque. Fotos do editor do blog.

5 comentários:

Unknown disse...

Moro na região há 62 anos e somente o ano passado que me aventurei em conhecer esse belo local. Realmente é como você descreve.

André Luis Mansur disse...

Excelentes o artigo e as fotos, Ivo. Uma Glória que eu não conhecia. Abraços!

Lumena Braga disse...

Nossa Ivo que maravilha fiquei encantada a juventude de meu Pai foi no Glória ele tem muita história estou encantada moramos em BH mas amo minha terra Um grande abraço!

CAJU disse...

OI IVO!!! MARAVILHOSOS COMENTÁRIOS E FOTOS!!!! QUE BOM QUE VOCÊ POSSA NOS MOSTRAR LUGARES DESCONHECIDOS DE TAMANHA BELEZA!!! TOMARA QUE ALGUM DIA EU POSSA VOLTAR AO MEU AMADO RIO E CONHECER TANTOS CANTINHOS BELOS. BEIJOS DESDE A ARGENTINA!!

Lucia Helena Pereira disse...

Nossa que espetáculo! Fiz uma viagem emocionante ao passado!!! (postado no Facebook e inserido aqui pelo editor do blog)