ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

1.7.16

ARTE NA LADEIRA DO CASTRO, SANTA TERESA

Por mais tempo que você viva em uma metrópole (vivo no Rio há 65 anos, desde meu nascimento), por mais que percorra seus meandros, você sempre descobre algo novo, surpreendente. Foi o que me aconteceu ontem (25/6). Morei uma década no bairro alto de Santa Teresa, a cavaleiro da cidade. Gostava de explorar as várias descidas para diferentes partes da cidade: para a Lapa, Catete, Glória, Laranjeiras, Catumbi, Rio Comprido, Centro. Ontem fui fazer o passeio guiado do professor Milton Teixeira, de quem sou fã (veja aqui a programação de seus passeios guiados gratuitos), por Santa Teresa. Chegando ao Largo dos Guimarães (alusão, como explicou o prof. Milton, a Joaquim Fonseca Guimarães, dono da chácara cujo loteamento iniciou a ocupação do bairro, em meados dos oitocentos, que veio a se adensar quando se descobriu, mais à frente, que a febre amarela não chegava àquelas alturas) deu-me na veneta separar-me do grupo e explorar a Ladeira do Castro, que leva à Rua do Riachuelo, no Centro, e que eu, em meus mais ou menos dez anos de bairro, nunca havia descido. E o que lá encontro? Uma galeria de arte a céu aberto! Eis uma amostra fotográfica do que vi e uma matéria que garimpei no acervo eletrônico de O Globo.


Painel "Guerra de Egos" de Cazé (parte) nas paredes de uma farmácia no início da Ladeira do Castro

Grafites ladeira acima

Grafites ladeira acima

Grafites ladeira acima

GRAFITE LADEIRA ACIMA, matéria de EMILIANO URBIM (emilianourbim@oglobo.com.br) publicada na Revista O Globo de 21/2/2016

Uma ruazinha estreita, íntreme e sinuosa, daquelas que só o GPS é capaz de salvar do anonimato entre o emaranhado de vias que ligam a Lapa a Santa Teresa. Assim é a Ladeira do Castro – até que, em 16 de novembro de 2015, uma intervenção urbana começou a cobrir seus muros de grafite e a colocou no circuito de arte de rua da cidade.

O idealizador do projeto, chamado simplesmente de Ladeira do Castro, é o artista plástico Fernando Sawaya, conhecido como Cazé. Desde o ano passado, ele e a produtora cultural Luciana Vasconcellos agilizaram a vinda de mais de 30 artistas, incluindo coletivos, para realizar murais na ladeira que começa na Rua do Riachuelo e segue até o Largo dos Guimarães, em pleno fervo de Santa Teresa.

– É um projeto cujo benefício é o diálogo urbano – diz Cazé. – Você revitaliza a rua, um espaço público, através da intervenção artística realizada nos muros das casas, um espaço privado.

Há quatro anos morando no Centro do Rio, Cazé já havia realizado alguns grafites na região quando descobriu os vários “muros virgens” que ladeiam os 800 metros da ladeira. Enxergando o potencial do espaço, ele começou a negociar com moradores e comerciantes a liberação dos espaços.

O primeiro grafite da galeria a céu aberto foi realizado nas paredes de uma farmácia na esquina da ladeira com a Rua Riachuelo: o painel “Guerra de egos”, em que Cazé pintou vários autorretratos envolvidos numa batalha. Desde então, o projeto ganhou apoio da FAC (Fábrica de Arte e Cidadania), ONG que tua na Lapa, e vários adeptos. Já pintaram por lá nomes como Memi, Tarm, Criz, Marcelo Eco, Aiog, Efixis, Cast, Snc, Franey Nogueira e o 8-bitch Project. Com a sessão de pintura do fim de semana passado, a primeira metade da subida está quase completa, faltando a superior.

– Convido os artistas e também sou requisitado por eles. Levo para visitarem o espaço, caminhamos juntos, definimos um muro. Os artistas bancam suas tintas e têm liberdade de expressão, podem pintar o que quiserem. O importante é que todos estejam engajados no projeto, com o objetivo comum de colorir, alegrar, intervir no espaço de forma positiva. [...]


Barbudinho do Cazé

Amor, de Ment

Sanfoneiro de Wallace Pato

Coração geométrico de Cristiano Preas

Mulher de Gil Faria

Ave de Tick

Arte de Tarm

"Autorretrato" do grafiteiro Pato

Rosto na fachada de uma casa

Palhaço de Franey Nogueira

Réptil

Arte de PNG

Carinhas de Cast

Paginário
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3 comentários:

Anônimo disse...

Teu blog é sensacional. Gostei muito da matéria sobre o Morro do Pinto. Possui algum material sobre o bairro de Coelho Neto (antigo Areal), ou indicação de leitura? Tenho um blog sobre o bairro e é muito difícil achar informações acerca daquele local. Abraço.

Anônimo disse...

Ola, Gostei muito do seu blog. Tambem achei os grafites bonitos...Mas, prefiro ver as casas antigas restauradas e conservadas sem esse tipo de arte cobrindo elas. Sao lindas como sao, nao precisam de mais nada. Abracos!

viviane disse...

Nasci e cresci na ladeira do Castro por 14 anos, sai de lá por volta de 1985, a ladeira já era muito charmosa com casas históricas e vizinhos que não esquecerei jamais.
O grafite ficou muito bonito e harmonioso
Tenho muita sdd da minha infância nessa rua.