ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

19.10.13

COSME VELHO, UM ROTEIRO DE VISITA, de FRANCISCO DAUDT

Texto extraído do livro A NATUREZA HUMANA EXISTE E COMO MANDA NA GENTE de FRANCISCO DAUDT com permissão do autor. Fotos do editor do blog.


Visualizar COSME VELHO em um mapa maior

O vale das Águas Férreas, na encosta oeste do Morro de Dona Marta, é por onde passa o rio Carioca, principal abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro depois que ela se mudou para as imediações do morro do Castelo, começando na Mãe d’Água, no alto do Silvestre, e desaguando na praia do Flamengo, percorrendo aproximadamente o trajeto por onde ele hoje passa canalizado: a rua Cosme Velho, a rua Laranjeiras, rua Ipiranga, rua Conde de Baependi, rua Barão do Flamengo, em frente à qual desaguava na baía de Guanabara. [...]

O vale era habitado por índios Tamoios na ocasião do descobrimento, vindo mais tarde a ser ocupado pelos europeus, que ali plantaram vastos cafezais. Entre eles, o General van Hogendorp, holandês exilado depois da derrota de Napoleão, que veio acabar seus dias como fazendeiro nas encostas do vale. Há uma placa em sua homenagem, posta pelo governo holandês na antiga casa da FEBEM (anteriormente SAM) na ladeira do Ascurra, como se ali tivesse morado. Mas é imprecisa a informação.

O fato é que os cafezais degradaram as nascentes do Carioca, ameaçando o abastecimento da cidade, que já recolhia as suas águas, transportando-as ao Centro através de um aqueduto, cuja parte mais conhecida são os arcos da Lapa. De tal forma que o Imperador D. Pedro II ordenou ao major Archer que acabasse com os cafezais e reflorestasse a região. Com a ajuda de doze escravos, este trabalho resultou num dos mais bem sucedidos reflorestamentos (ainda que com espécies exóticas, como a jaqueira) urbanos de que se tem notícia: a floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do planeta.

Foi construída uma caixa coletora no alto da ladeira do Ascurra, que rasga o terreno da família Rabello para descer suas canalizações e abastecer o vale e a região a jusante. A família recebeu, por ceder seu terreno, uma “pena d’água” (abastecimento sem custos) permanente, cedida pelo Imperador. Ainda hoje pode se ver o marco zero da estrada das Paineiras, ao pé das ladeiras do Ascurra e dos Guararapes.


Nosso passeio começa num monumento moderno, portal do Cosme Velho: o edifício Águas Férreas [foto acima - número 1 no mapa]Da década de 40, é um belo prédio com jardins à frente, um lago de carpas, e residência de notáveis, como os escritores e acadêmicos Raymundo Faoro e Marques Rebello. 


Em frente a ele, do outro lado da rua (Cosme Velho, nº 9) um sapotizeiro centenário marca onde foi a casa do Prof. Souza da Silveira [foto acima], um dos maiores filólogos que a nossa língua teve.


Mais adiante entramos no colégio Sion [foto acima - 2 no mapa] para conhecer, em seus fundos, um dos afluentes do rio Carioca, que desce em cachoeira antes de ser canalizado. A muralha de sua lateral (divisória entre o colégio e o casario da rua Marechal Pires Ferreira) foi, como contam, construída por escravos. Fato é que seu estilo de construção se assemelha ao das divisórias das fazendas de Minas, essas sim, seguramente, obra deles.


Colado ao colégio resiste uma casa alta pertencente à ordem das irmãs do Sion [foto acima - 3 no mapa], que já foi colégio de crianças pobres (São Luiz Gonzaga), e que já estava presente quando Marc Ferrez fotografou aquele trecho do bairro em 1886, onde também aparecem os trilhos do bonde de burro, e o rio Carioca a céu aberto, com bancos ao longo de seu curso, e pontezinhas levando às casas da margem direita.

Do outro lado da rua resistem casa de uso comercial (destino das grandes casas de beira de rua, pois ninguém rico quer morar nelas) que foram construídas depois das normas arquitetônicas de Pereira Passos, decidindo que todas as casas seriam de estilo eclético, e o bairro ainda tem algumas, como veremos.


Do mesmo lado do Sion, na esquina de Mal. Pires Ferreira fica o prédio que ocupou o local onde Machado de Assis viveu seus últimos anos [4 no mapa]. A AMA-CV (Associação dos Moradores e Amigos do Cosme Velho) lá afixou uma placa comemorativa [foto acima], secundada por outra, da prefeitura.


Na esquina seguinte fica o imponente casarão que foi a sede da fazenda de café onde morou o Visconde de Taíde [foto acima - 5 no mapa], amigo de Machado, que ofereceu a capela de sua residência para que o escritor se casasse com sua Carolina. Esta mesma casa-grande dominava a fazenda de café de toda a margem esquerda do Carioca, no vale. Seu terreno foi cortado no fim dos anos 30 por um loteamento ao longo do afluente que desce das encostas do Sion, formando a Rua Mal. Pires Ferreira. 

Na casa também moraram o próprio marechal que dá nome à rua, Mario de Oliveira (e seu filho Mariozinho, do clube dos Cafajestes); Israel Klabin (sua mulher de então, Lina Paranhos, fez uma reforma caprichada na casa); Alberto Soares de Sampaio foi o último proprietário, tendo-a passado aos herdeiros, Paulo Geier e os filhos deste, que a alugaram para a Agência Contemporânea de publicidade. Hoje a casa está alugada para o canal Fox de TV a cabo.


Vizinho a ela há uma bela casa de tijolinhos, em estilo colonial inglês para as Índias [foto acima - 6 no mapa], que tinha a curiosidade de manter a cozinha separada da casa. Nela moraram Wolf Klabin, pai de Israel, Armando e Daniel Klabin, este seu atual proprietário. No seu terreno, assim como no da casa da esquina, estão plantadas palmeiras imperiais que já eram adultas quando Marc Ferrez fotografou o vale em 1890, tendo, portanto, mais de 150 anos.



Mudando de calçada, em frente à única padaria do bairro, há duas casas geminadas, do estilo eclético de Pereira Passos [foto acima - 7 no mapa]. Na da esquerda, morou Cândido Portinari no fim dos anos 1940, começo dos 50. Ao se mudar, deixou as paredes de seu estúdio cobertas de pinturas suas e estudos para outras, que o proprietário português providenciou que fossem pintadas de branco para receber o próximo locatário.

Entre elas e a bica da rainha há uma ladeira que leva a um conjunto de casas altas na encosta do D. Marta, onde moravam suíços e uma famosa traficante de bebês para adoção.


A bica da rainha [foto acima - 8 no mapa] tem uma história famosa. Uma das fontes de águas ferruginosas do bairro, ela recebia a rainha D. Maria I, a louca, que lá ia se tratar de sua epilepsia, acompanhada de aias, o que gerou a expressão “Maria-vai-com-as-outras”. Um exame feito em 1985 mostrou que suas águas têm excesso de coliformes fecais (das casas a montante), impróprias para o consumo. A reforma da bica, caprichosamente feita em cantaria granítica no fim dos anos 1800, está descaracterizada, coberta de tinta branca.


Ao lado da bica fica uma antiga casa construída trinta metros acima da rua, onde residiram Aderbal e Marília Pougy. Em 1985 entrevistei D. Marília (Rabello de solteira), então a mais antiga moradora do bairro, que andou de bonde na infância acompanhando sua mãe, a qual vinha entretida na conversa com um senhor de barbas e cabelos brancos, que apreciava tanto sua prosa ao ponto de acompanhá-la até depois do “rodo do bonde” (o lugar onde o bonde fazia o retorno para descer a rua, onde hoje passam os viadutos do túnel Rebouças). Era Machado de Assis. Foi assim que conheci alguém que conhecera Machado. A casa de D. Marília é hoje um museu da Associação Brasileira de Pediatria [foto acima - 9 no mapa].


Em frente a ela, do outro lado da rua e colada à padaria, fica outra casa do período Pereira Passos, uma de cômodos. Mais acima, e antes da igreja de são Judas Tadeu, o mais antigo prédio de apartamentos do bairro (anos 40) [foto acima - 10 no mapa] tem um pequeno comércio em baixo. Ao seu lado, uma das duas vilas do bairro. Nesta só se entra a pé. Na outra, colada à padaria, entra-se de carro, e data dos anos 20.


De frente à igreja, a praça são Judas Tadeu é um estacionamento que serve à estação do bondinho do Corcovado [foto acima - 11 no mapa], a primeira linha férrea turística da América do Sul, ainda do tempo do império, que levava visitantes ao topo do morro muitas décadas antes da estátua do Cristo. A estação é ladeada pelas ruas Ephigênio de Salles e Smith Vasconcellos. Na esquina desta última fica uma casa notável, com o topo em cúpula de metal e alpendre de ferro batido vindos da França [foto abaixo - 12 no mapa]. Residência da atriz já falecida Beatriz Veiga, tem em sua frente um magnífico pau-ferro plantado por seu pai. Entre suas raízes, projetadas para fora do muro, cresceu uma jaqueira.



Na mesma Smith Vasconcellos, duas casas adiante da de Beatriz Veiga [no número 30], fica a casa alta em que morou Cecília Meirelles. A rua tem um ar de vila antiga [foto acima], e no fim ela se divide em um beco curto à direita e na rua Felinto de Almeida, que sobe pela encosta do D. Marta até cruzar os trilhos do bondinho, na altura da antiga parada Dr. Ravache (pai da atriz Irene Ravache, que tinha sua casa em estilo normando, e que usava o bondinho para lá chegar). A casa continua lá, hoje é uma pousada.


Voltando à rua Cosme Velho, e subindo, vizinha à casa de Beatriz Veiga há outra, mais que centenária, que, depois de ser residência por décadas, tornou-se o atual museu de arte näif [foto acima - 13 no mapa]. Do outro lado da rua fica o casarão do consulado da Romênia [14 no mapa], colado à igreja, prédio residencial da década de 30 [foto abaixo].





Dois números acima, o estabelecimento comercial mais antigo do bairro, modesto, datado de 1827 [foto acima - número 15 no mapa], já foi quitanda nos anos 50 (tinha tamancos pendurados na porta, vendia miudezas, fogos de artifício, cachaça e refrigerantes) e restaurante. 

Acabou por se fechar a saída do caminho do Chico (alusão ao morro do Chico, por onde se descia de Santa Teresa, um acesso de mais de trezentos anos que era atalho entre as ruas Sen. Pedro Velho e a Cosme Velho), mas o portal ainda ficou. Antes de ser extensão do restaurante, o local abrigou uma vacaria (estábulo com vacas que abasteciam de leite o bairro), mais tarde, uma carvoaria, quando o carvão aquecia fogões e ferros de engomar. 

O economista Eugênio Gudin, nascido no bairro em 1885, contou-me, quando o conheci (ele com 99 anos veio com uma amiga à minha casa para conhecer a novidade fonográfica de então, o CD), ter acompanhado sua ama para comprar leite lá.


Cruzando a rua, vizinha ao museu de arte naïf, fica a casa bem preservada onde morou Austregésilo de Athaíde [foto acima - 16 no mapa], presidente da Academia Brasileira de Letras por décadas, casado com D. Jujuca, pais de Laura, casada com Cícero Sandroni, acadêmico autor de pequeno livro sobre o bairro e morador da Rua Itamonte, no fim de Cosme Velho.


No lado oposto da rua, duas casas altas antes da estação de ônibus, residenciais e bem conservadas. A estação [foto acima] ocupa o vasto terreno onde ficava o hotel Cosme Velho, casarão neoclássico margeando à esquerda o último trecho aberto do rio Carioca, a partir daí, canalizado até à praia do Flamengo.


De frente à estação, a casa dos Rabello [foto acima - 17 no mapa], esquina da ladeira do Ascurra, que recentemente recebeu uma restauração caprichada. No encontro das ladeiras do Ascurra e do Cerro Corá, o marco zero da estrada das Paineiras (quem passar por ela verá, a cada quilômetro, marcos iguais).


Acima, colado à Estação, fica uma casa ótima e linda, ainda residencial, lá mora Armando Klabin, irmão de Israel e de Daniel [número 18 no mapa]. Depois da dele começa o casario do beco do Boticário, a parte realmente antiga (final do século XIII) do conjunto beco-largo [foto acima - número 19 no mapa]. A casa do médico e acadêmico Silva Mello (que foi homenageado nomeando a praça depois do Largo, à beira do acesso ao túnel Rebouças), que conheci transitando em roupas de antigamente pelo bairro, no banco de trás de seu Buick negro (1947), e usando pince-nez. Ele se tornou notável pelo projeto de privadas que não respingavam no usuário. Acima dela, a casa de um neto do escritor Bastos Tigre, inteiramente moderna por dentro, conservando a fachada. A seu lado ainda mora, na esquina do beco, a filha da poetisa Ana Amélia e de Marcos Carneiro de Mendonça, a crítica teatral Bárbara Heliodora.


O Largo do Boticário [foto acima - 20 no mapa] é lindo, mas... é recente. Foi construído por ideia e mando de D. Sylvinha de Bittencourt, mulher do então dono do Correio da Manhã, Paulo Bittencourt, na década de 1940, usando material de demolição das casas centenárias postas abaixo pelo prefeito Henrique Dodsworth. O Largo original, onde o atual foi construído, era um lugar pobre que ganhou o nome por causa de um farmacêutico de então, que lá viveu. Dele, sobrevivem as belas árvores da entrada.

Hoje se encontra abandonado e decadente, com ocupações de sem-teto recorrentes. Sua proprietária, herdeira de D. Sylvinha, não o vende, nem aluga, nem preserva. O Estado é impotente diante de tal situação.


Do lado oposto à entrada do Beco do Boticário ficam duas casas notáveis: a primeira foi onde nasceu o patrono dos economistas brasileiros, Eugênio Gudin [foto acima - 21 no mapa], e tem garagem para 2 coches, estreitas e altas. A AMA-CV lá afixou uma placa comemorativa do centenário de Gudin em 1986, quando ele ainda vivia (morreu pouco depois), que foi descerrada pelo antigo goleiro do Fluminense Football Club, e depois historiador Marcos Carneiro de Mendonça, viúvo da poetisa Ana Amélia, pai da crítica teatral Bárbara Heliodora, e dono da casa vizinha, a bela casa dos abacaxis (enfeites em bronze das varandas do segundo andar) [foto abaixo - número 22 no mapa], frontão neoclássico, casa de beira de rua que está hoje vazia e mal cuidada, à espera de um uso comercial que a reanime.


Resultado das demolições para a construção dos acessos do túnel Rebouças, restou um largo com chafariz, homenageando o Acadêmico Dr. Silva Mello.

As detonações de dinamite para abertura do túnel desviaram o curso d’água que jorrava da mais antiga fonte das Águas Férreas, que desapareceu na ocupação irregular das margens daquele acesso, mas cujas ruínas neoclássicas foram registradas em meu documentário, “Cosme Velho – anos 70” [no final desta postagem], e retratada por Bertichen em 1856, numa bela gravura.


Acima dos viadutos do túnel, entre a ladeira dos Guararapes e a continuação da Rua Cosme Velho, há um curioso edifico de apartamentos com um comércio pobre em baixo, que já existe há mais de setenta anos, com o apelido de “ferro de engomar” [foto acima - 23 no mapa], por ser estreito na frente e largo atrás.

No alto da Guararapes há a bela casa que foi de Paulo Geier, colecionador de arte, sobretudo relativa ao Rio de Janeiro, possuidor de tantos quadros que só lhe restavam os tetos dos aposentos para afixá-los. Doou-os em vida para o Museu Imperial de Petrópolis.


Na continuação da Rua Cosme Velho (que termina no alto da encosta para Sta. Teresa, no encontro da Rua Prof. Mauriti Santos) há de notável a casa do fundador da Rede Globo de Televisão, jornalista Roberto Marinho [foto acima - 24 no mapa]. Seu terreno enorme é atravessado pelo rio Carioca. A rua mudava de nome antes de sua casa, mas o jornalista, que queria o endereço nobre, conseguiu da prefeitura que ela se estendesse até seus limites atuais, no alto do morro.



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12 comentários:

Anônimo disse...

Cosme Velho! Um dos meus bairros favoritos! Ficou show esta postagem, cheia de boas fotos e muita informação.

Paulo Tarso Barros disse...

Meu caro Ivo, parabéns pelo seu sempre brilhante trabalho e pelo carinho com que divulga o RJ.
Receba sempre o meu fraternal abraço! (enviado por e-mail)

Meus Mimos Ateliê disse...

SENSACIONAL. QUE SAUDADE DO MEU COSME VELHO. HOJE SOU TIJUCANA PORÉM, NÃO ESQUEÇO DO MELHOR LUGAR DO MUNDO. PENA QUE ESTEJA ENTREGUE AOS BANDIDOS. ALIÁS,O RJ TODO ESTÁ ABANDONADO. QUE PENA.

Meus Mimos Ateliê disse...

SENSACIONAL. QUE SAUDADE DO MEU COSME VELHO. HOJE SOU TIJUCANA PORÉM, NÃO ESQUEÇO DO MELHOR LUGAR DO MUNDO. PENA QUE ESTEJA ENTREGUE AOS BANDIDOS. ALIÁS,O RJ TODO ESTÁ ABANDONADO. QUE PENA.

tonicks disse...

Parabéns pelo post e por recuperar a história através desse roteiro incrível do Francisco Daudt... Muito especial para quem mora ou já morou no bairro!!!

Idhalia disse...

Obrigada pelas preciosas informações. Moro na rua das Laranjeiras, mas considero Cosme Velho como uma extensão da mesma. Trabalho precioso o seu!. Mais uma vez, obrigada. Posso divulgá-lo? Idhalia Barcellos da Silva
e-mail: idhaliabarcellos@gmail.com

Anônimo disse...

As duas casas de Lucio Costa para a familia Daudt não foram incluidas...

Silvia Machado disse...

Poderia continuar com a história do bairro da infância/juventude de minha mãe bem como a da nossa também!!!

Silvia Machado disse...

Você teria foto da construção da igreja São Judas Tadeu? Meu avô foi o engenheiro/construtor Alberto Woods Soares e também proprietário da casa na rua Cosme Velho 1166 em frente à residência de Roberto Marinho...

Ivo Korytowski disse...

Silvia, não tenho essa foto.

Rogério Marques disse...

É muito bom o material do Francisco Daudt, assim como o blog do Ivo Koritovsky. Apenas uma correção nas informações do texto acima: o Rio Carioca não passa dentro da residência do já falecido empresário Roberto Marinho. Durante muitos anos eu pensava isso também. Recentemente, em visita à casa, que se tornou um espaço cultural aberto ao público, um funcionário me explicou que tanto o riacho como o lago de carpas no quintal da residência são artificiais, como em jardins como o Passeio Público e o do Museu da República, no Catete. A água sai de um grande reservatório em uma área da residência na encosta do morro. O Rio Carioca, na verdade, passa na rua em frente à atual Casa Roberto Marinho, uma parte dele subterrâneo e outra a céu aberto, canalizado.

Rogério Marques disse...

Corrigindo: Ivo Korytowski. Desculpe, me enrolei com a grafia do sobrenome.