ENSEADA DE BOTAFOGO

ENSEADA DE BOTAFOGO
"Andar pelo Rio, seja com chuva ou sol abrasador, é sempre um prazer. Observar os recantos quase que escondidos é uma experiência indescritível, principalmente se tratando de uma grande cidade. Conheço várias do Brasil, mas nenhuma tem tanta beleza e tantos segredos a se revelarem a cada esquina com tanta história pra contar através da poesia das ruas!" (Charles Stone)

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA

VISTA DO TERRAÇO ITÁLIA
São Paulo, até 1910 era uma província tocada a burros. Os barões do café tinham seus casarões e o resto era pouco mais que uma grande vila. Em pouco mais de 100 anos passou a ser a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. É pouco tempo. O século XX, para São Paulo, foi o mais veloz e o mais audaz.” (Jane Darckê Avelar)

29.5.08

GRAJAÚ



Meu amigo Chico — o da foto acima, que foi quem apresentou o Catumbi ao blog (ver Você Tem Medo do Catumbi?) — foi parar no Grajaú devido a uma paixão à primeira vista... apaixonou-se por uma loja lá, onde abriu seu comércio de móveis antigos (Rua Alexandre Calaza, 309A). Alguns bairros cariocas diferem do "padrão", têm uma "aura" própria. Caso de Santa Teresa, da Urca. Pois o Grajaú seria (não fossem alguns motoqueiros de uma favela próxima que andam assaltando por lá — alô polícia!) uma espécie de Urca da Zona Norte: um recanto tranqüilo, sem engarrafamento, bonitas casas ajardinadas, ruas europeiamente limpas.



Escreve Márcia Pereira Leite em sua tese Grajaú, Memória e História: Fronteiras Fluidas e Passagens: “O Grajaú, bairro situado na zona norte do Rio de Janeiro, próximo à Tijuca, é usualmente referido como um local muito aprazível, com casas ajardinadas, ruas largas e arborizadas e clima agradável. Com uma área de 584,2 hectares e 37.609 habitantes, é um bairro residencial, valorizado por seus moradores por conservar elementos de cidade do interior em suas relações de vizinhança e na tranqüilidade de suas ruas.”



À semelhança da Urca, o Grajaú foi planejado, resulta de loteamentos. Escreve Márcia na tese citada: “O Grajaú surgiu em um vale, conhecido como Vale dos Elefantes, ao sopé do Maciço da Tijuca e, mais especificamente, da Serra do Andaraí, onde se encontra a Pedra Perdida do Andaraí, popularmente conhecida como Pico ou Bico do Papagaio, que constitui um dos símbolos do bairro. Sua origem, nas primeiras décadas [do século XX], foram dois grandes loteamentos realizados no antigo arrabalde do Andaraí Grande, que incorporaram terras de fazendas de café à malha urbana da cidade.” (Para ler o artigo completo da Márcia, clique aqui.)








Fotos do editor do blog. Uma dica final: eisbein como o do Enchendo Lingüiça só mesmo na Alemanha.

6 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Professor Ivo!
Que linda matéria sobre o Grajaú!!!Eu tenho uma amiga que mora lá e ela ficou muito feliz com a sua matéria sobre o bairro dela!Eu fiz uma pergunta para ela,e la não soube me responder;você sabe o quer dizer GRAJAÚ?...
Abraços
Siomara de Cássia Miranda

Anônimo disse...

Adorei rever o Grajaú com suas histórias sempre pitorescas!
Com certeza, é um bairro cheio de boas recordações pra muita gente. De minha parte, muito obrigado! Nunca morei no Grajaú. Mas tive a minha fase de envolvimento afetivo com esse recanto do Rio. Passei bons momentos encenando a peça de teatro "A Onça e o Bode" de Maria Clara Machado, no Grajaú Tenis Clube. [...] Acho uma delícia reviver situações, lugares e pessoas, passeando pelas imagens e textos desse blog. Parabéns Ivo! Continue! (enviado por e-mail)

Amanda disse...

Olá, meu nome é Amanda, sou estudante de jornalismo e estou fazendo um trabalho da faculdade de fotojornalismo. Nesse tabalho conto a história do bairro Grajaú, estou fazendo uma comparação como era antes e como é hoje. Gostaria de saber onde encontrar fotos de como era antigamente a Praça Edmundo Rego, a Reserva Florestal, a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Rua Engenheiro Richard e a Rua Grajaú. Já fui em algumas bibliotecas e nada, onde posso encontrar? Desde já agradeço e aguardo contatos.

Abs,

Amanda

Aubran disse...

º

Grajaú:
Foi dado em homenagem a cidade de Grajaú no interior do Maranhão (terra natal do engenheiro Antônio Eugênio Richard Jr. que projetou o bairro.)

Várias ruas do bairro tem nome de cidades e rios maranhenses.


Segundo o livro de Toponimos Brasileiros de Origem Tupi de Luiz Caldas Tibiriça:

Rio e cidade do Maranhão

CARAJÁ-U - comida de mono, pasto de mono, lugar onde os monos ve comer, ou pode ser

CARAJÁ-Y - rio dos monos.

Espero que tenha ajudado!

º

Rede Arte Comunidade disse...

Prezado Ivo,
Achei por acaso seu blog e fiquei impressionado. Era tudo o que eu gostaria de fazer: uma reportagem fotográfica sobre os diversos bairros do Rio.
Delicioso passeio pelo Rio.
Parabéns.
Gilberto

Ju disse...

morei no Grajau quando solteira e lá se vão anos.....
Continuo amando aquele bairro; fiquei muito feliz ao ver lugares tão familiares e que me são tão queridos; inclusive a minha rua (Canavieiras).
Adorei as fotos e o texto. Parabéns!!!! (mensagem enviada por e-mail e inserida aqui pelo editor do blog)