DICAS

29.3.06

EXPOSIÇÃO "A CARA DO RIO"

Lucia Bromberg - Praia da Urca

PERÍODO: 11/3 até 16/4/2006

VISITAÇÃO: de terça a domingo, das 12h às 19h (entrada franca)

LOCAL: CENTRO CULTURAL CORREIOS (mesmo local da exposição "São Sebastião do Rio de Janeiro" já abordada por este blog): Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro (pertinho do Centro Cultural Banco do Brasil e da Casa França-Brasil) - Rio de Janeiro.


Fernando Duval - Arcos da Lapa

Lia Belart - Rio que te quero verde

Maria Lina Smania - Sol, mar, montanhas... Rio

Aurea Domenech - Tributo ao Rio de Janeiro

Adriana Tavares - Vacanze Carioca

Doralice Bruno - Janela para sonhar

Angela Rolim - Gool!

Andrea Antonon - A Baía de Guanabara continua linda [detalhe]

Paulo Dallier - Os músicos [detalhe]

Fotos obtidas no site do Atelier Villa Olivia, onde você encontrará a totalidade das obras, maiores informações sobre elas e os currículos dos artistas. No catálogo da exposição, seu curador, Marcelo Frazão, explica: "O Rio de Janeiro continua lindo? Com esta pergunta foram convidados os 79 artistas que compõem A CARA DO RIO - edição 2006. As respostas foram as mais diversas, e sem dúvidas estão expressas nos trabalhos. A questão da violência, do descaso e do abandono, que não ficam mais restritos às ruas, também são abordados e como nos anos anteriores funcionam como contraponto à beleza da paisagem carioca. Aparentemente antagônicas, estas imagens-opiniões, apontam para a mesma direção: o amor à cidade."

9 comentários:

  1. Oi Ivo, fui olhar o site. Lindos trabalhos e tem lugar tb para a poesia.
    Então a abertura dos ateliers do morro da Conceição, no Centro Histórico do Rio de Janeiro, já foi iniciativa deles?
    Você sempre descobrindo pérolas, sempre construtivo quando a tendência, no momento, é "jogar a toalha". Parabéns.

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  2. Marília, a gente dá dois passos pra frente e um passo pra trás, mas a longo prazo o gráfico é de alta. Claro que no Rio ocorrem coisas hediondas que se ocorressem, digamos, em Zurique constituiriam um escândalo nacional. Quer um exemplo? Sexta passada, um azarado que estava ao voltante do carro parado enquanto o carona fazia uma entrega levou uma bala na cabeça e morreu na hora. Tentaram assaltar alguém que saíra com 20 mil reais do banco - como é que os bandidos sempre sabem quem sai com dinheiro dos bancos? - os seguranças abriram fogo e foi um tiroteio geral em pleno Centro na hora do expediente. Claro que à luz da estatística as chances de acontecer uma tragédia dessas são mínimas. A esperança é que, daqui a cem anos, todos esses problemas terão sido resolvidos e o Rio continuará lindo! Viva o Rio! Nada de jogar a toalha. Andar pelas ruas do Rio é um presente para os olhos.

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  3. Ola Ivo, belo post. Um abraço do amigo Jonas e bom fim de semana.

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  4. Olá!
    Muito bonito os trabalhos expostos em seu blog.Acho muito bom o destaque que você dá para os assuntos que dizem respeito ao nosso Rio de Janeiro.Parabéns!
    Li a sua resposta para Marilia, fico estarrecido com a situação descrita de violência que vivenciamos.Pior, não percebo nenhuma possibilidade de melhora.Um grande abraço.

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  5. Adoro receber o depoimento de sua paixão pelo Rio de Janeiro. Me identifico pois admiro incondicionalmente a beleza desta nossa cidade!!!
    Conheço Marcelo Frazão e adoro o lugar onde ele mora e tem o ateliê. Ele é outro que faz arte de nosso time, dos apaixonados pelo Rio. (enviado por e-mail)

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  6. Simplesmente amei este espaço, parabéns!
    Um abraço amigo,
    Daniela Mann

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  7. SOU PROFESSORA E ACHEI ESTE ESPAÇO ATRAVÉS DE UM AMIGO NO ORKUT.
    AMEI ESTE ESPAÇO.
    AMO TUDO QUE ESTÁ RELACIONADO AO RIO ANTIGO.
    UM ABRAÇO.

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  8. 1º CARLOS DE ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da historia do Brasil autor do poema o PROTESTO Hino Nacional da luta da Consciência Negra Afro-brasileira, em celebração completou 87 anos de vida. CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu 23 de maio de 1927 em Tiete-SP na sexta feira passada completou 87 anos de vida com sua família, amigos e nós da ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O. N. N. Q. FUNDADO 20/11/1970 (E diversas entidades e admiradores parabenizam o aniversario de 87 anos do mestre poeta negro Carlos Assumpção) tivemos a honra orgulho e satisfação de ligar para a histórica pessoa desejando felicidades, saúde e agradecer a Carlos de Assunpção pela sua obra gigante, em especial o poema o Protesto que para muitos é o maior e o mais significante poema dos afros brasileiros o Hino Nacional dos negros. “O Protesto” é o poema mais emblemático dos Afros Brasileiros e uns das América Negra, a escravidão em sua dor e as cicatrizes contemporâneas da inconsciência pragmática da alta sociedade permanente perversa no Poema “O Protesto” foi lançado 1958, na alegria do Brasil campeão de futebol, mas havia impropriedades e povo brasileiro era mal condicionado e hoje na Copa Mundial de Futebol no Brasil 2014 o poema “O Protesto” de Carlos de Assunpção está mais vivo com o povo na revolução para (Queda da Bas. Brasil.tilha) as manifestações reivindicatórias por justiça social econômica do povo brasileiro que desperta na reflexão do vivo protesto.
    O mestre Milton Santos dizia os versos do Protesto e o discurso de Martin Luther King, Jr. em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, em 28 de Agosto de 1963, após a Marcha para Washington. «I have a Dream» (Eu tenho um sonho) foram os dois maiores clamores pela liberdade, direitos, paz e justiça dos afros americanos. São centenas de jornalistas, críticos e intelectuais do Brasil e de todo mundo que elogia a (O Protesto) (Manifestação que é negra essência poderosa na transformação dos ideais do povo) obra enaltece com eloquência o divisor de águas inquestionável do racismo e cordialidade vigente do Brasil Mas a ditadura e o monopólio da mídia e manipulação das elites que dominam o Brasil censuram o poema Protesto de Carlos de Assunpção que é nosso protesto histórico e renasce e manifesta e congregam os negros e todos os oprimidos, injustiçados desta nação que faz a Copa do Mundo gastando bilhões para uma ilusão de um mês que poderá ser triste ou alegre para o povo brasileiro este mesmo que às vezes não tem ou economiza centavos para as necessidades básicas e até para sua sobrevivência e dos seus. No Brasil.

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  9. Poema Protesto de Carlos de Assunpção
    Mesmo que voltem as costas
    Às minhas palavras de fogo
    Não pararei de gritar
    Não pararei
    Não pararei de gritar

    Senhores
    Eu fui enviado ao mundo
    Para protestar
    Mentiras ouropéis nada
    Nada me fará calar

    Senhores
    Atrás do muro da noite
    Sem que ninguém o perceba
    Muitos dos meus ancestrais
    Já mortos há muito tempo
    Reúnem-se em minha casa
    E nos pomos a conversar
    Sobre coisas amargas
    Sobre grilhões e correntes
    Que no passado eram visíveis
    Sobre grilhões e correntes
    Que no presente são invisíveis
    Invisíveis mas existentes
    Nos braços no pensamento
    Nos passos nos sonhos na vida
    De cada um dos que vivem
    Juntos comigo enjeitados da Pátria

    Senhores
    O sangue dos meus avós
    Que corre nas minhas veias
    São gritos de rebeldia

    Um dia talvez alguém perguntará
    Comovido ante meu sofrimento
    Quem é que esta gritando
    Quem é que lamenta assim
    Quem é

    E eu responderei
    Sou eu irmão
    Irmão tu me desconheces
    Sou eu aquele que se tornara
    Vitima dos homens
    Sou eu aquele que sendo homem
    Foi vendido pelos homens
    Em leilões em praça pública
    Que foi vendido ou trocado
    Como instrumento qualquer
    Sou eu aquele que plantara
    Os canaviais e cafezais
    E os regou com suor e sangue
    Aquele que sustentou
    Sobre os ombros negros e fortes
    O progresso do País
    O que sofrera mil torturas
    O que chorara inutilmente
    O que dera tudo o que tinha
    E hoje em dia não tem nada
    Mas hoje grito não é
    Pelo que já se passou
    Que se passou é passado
    Meu coração já perdoou
    Hoje grito meu irmão
    É porque depois de tudo
    A justiça não chegou

    Sou eu quem grita sou eu
    O enganado no passado
    Preterido no presente
    Sou eu quem grita sou eu
    Sou eu meu irmão aquele
    Que viveu na prisão
    Que trabalhou na prisão
    Que sofreu na prisão
    Para que fosse construído
    O alicerce da nação
    O alicerce da nação
    Tem as pedras dos meus braços
    Tem a cal das minhas lágrima
    Por isso a nação é triste
    É muito grande mas triste
    É entre tanta gente triste
    Irmão sou eu o mais triste

    A minha história é contada
    Com tintas de amargura
    Um dia sob ovações e rosas de alegria
    Jogaram-me de repente
    Da prisão em que me achava
    Para uma prisão mais ampla
    Foi um cavalo de Tróia
    A liberdade que me deram
    Havia serpentes futuras
    Sob o manto do entusiasmo
    Um dia jogaram-me de repente
    Como bagaços de cana
    Como palhas de café
    Como coisa imprestável
    Que não servia mais pra nada
    Um dia jogaram-me de repente
    Nas sarjetas da rua do desamparo
    Sob ovações e rosas de alegria

    Sempre sonhara com a liberdade
    Mas a liberdade que me deram
    Foi mais ilusão que liberdade

    Irmão sou eu quem grita
    Eu tenho fortes razões
    Irmão sou eu quem grita
    Tenho mais necessidade
    De gritar que de respirar
    Mas irmão fica sabendo
    Piedade não é o que eu quero
    Piedade não me interessa
    Os fracos pedem piedade
    Eu quero coisa melhor
    Eu não quero mais viver
    No porão da sociedade
    Não quero ser marginal
    Quero entrar em toda parte
    Quero ser bem recebido
    Basta de humilhações
    Minh'alma já está cansada
    Eu quero o sol que é de todos
    Ou alcanço tudo o que eu quero
    Ou gritarei a noite inteira
    Como gritam os vulcões
    Como gritam os vendavais
    Como grita o mar
    E nem a morte terá força
    Para me fazer calar.

    Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –quilombonnq@bol.com.br

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