Os organizadores vão dizer que foram 500 mil, a PM dirá
que foram 70 mil, sei lá, estou conjecturando (estive lá mas ainda não vi os noticiários). O fato é que qualquer
manifestação de esquerda com 500 ou 2 mil pessoas que pare o trânsito e faça
uma bagunça infernal (em dia útil, quando trabalhador de verdade está
trabalhando) é considerada um sucesso. Tenham sido 10 mil ou 50 mil ou 100 mil, a manifestação
contra a cleptocracia lulopetista foi um sucesso retumbante, salve, salve! Teve gente apoiando golpe
militar? Teve, como em manifestações de esquerda tem gente defendendo a
ditadura do proletariado. Tem gosto pra tudo, e na democracia, todos têm
direito de manifestar suas opiniões políticas, por mais esdrúxulas (e vamos e venhamos, fora da democracia não há salvação, nenhum país decente de primeiro mundo tem regime ditatorial, e não venham me dizer que China é decente). Mas a grande maioria foi às ruas defender
uma saída democrática para a “república do pixuleco” que fez do Brasil campeão em corrupção e
roubalheira. Vão dizer também que nesses protestos só tem classe média. É verdade, a maioria é classe média, sim, mas a classe média é, digamos assim, a "vanguarda"
intelectual de uma nação. Nos protestos dos anos 60 contra o regime militar e
até na luta armada, quem estava lá? O favelado? O marginalizado? Não, estavam
os Gabeiras, as Dilmas, os Lamarcas, o Chico Buarque, oriundos da classe média, sim senhor. Aos que, mesmo
diante das evidências da roubalheira generalizada, continuam apoiando o
lulopetismo (e tem gente inteligente e talentosa entre eles) faço uma
observação: o genial filósofo Heidegger apoiou o nazismo, o genial poeta Ezra
Pound apoiou o fascismo, logo... tirem suas próprias conclusões.
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