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Grafite na fachada de um galpão perto da exposição |
Não obstante toda a corrupção agora vindo à tona envolvendo as Olimpíadas cariocas, tivemos, sim, um forte legado em termos de transportes e embelezamento da cidade. O Porto Maravilha – revitalização da Zona Portuária – é emblemático: uma área antes decadente, sem bom acesso por transporte público, enfeada pela Perimetral – mas com muita história, muita vocação turística inexplorada – metamorfoseou-se na terceira maior atração para os turistas que visitam a cidade. Nesse novo contexto insere-se a recém-inaugurada GALERIA NOVOCAIS, num dos imponentes prédios pós-modernos que brotaram numa área onde antes predominavam sobrados, formando um contraste arquitetônico como os londrinos sabem tão bem explorar, em terreno que compartilha com um primoroso passeio público inaugurado no final de 2016 que homenageia o compositor Ernesto Nazareth, filho na região (ver aqui). Recomendo fortemente a visita à galeria, cuja exposição PORTO CIDADE: A MEMÓRIA DO LUGAR, tece “a história urbana e cotidiana da região do porto” numa “rede de memórias afetivas através de um recorte fotográfico de mais de 570 imagens, que representam a evolução dos bairros e de suas identidades, de 1800 a 1980”, conforme explica o folheto da exposição.
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um recorte fotográfico |
A exposição divide-se em cinco espaços: “o primeiro apresenta uma estrutura metálica que avança sobre o mezanino e recebe imagens da primeira grande obra do Porto, de 1903 a 1911; o segundo é demarcado por um grande painel fotográfico que representa a teia de memórias da região, com 274 imagens oriundas de diferentes acervos e exibidas em ordem cronológica, marcando a evolução urbana e humana do lugar; o terceiro é um passeio pelo bairro do Santo Cristo de ‘ontem’; e por fim apresentamos com destaque uma homenagem a dois personagens históricos da região, o fotógrafo Sebastião Pires e o músico Ernesto Nazareth, que recebem duas salas especiais.”
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o fotógrafo Sebastião Pires |
Para os motorizados existe estacionamento no local, mas o mais pitoresco é ir de VLT, saltando na estação Cordeiro da Graça (sentido Rodoviária) e andando duas quadras (mapa abaixo). Para voltar ao Centro pegue o VLT na estação Equador. Em vez de pegá-lo, aproveitei o ensejo para caminhar pela parte “velha” da Zona Portuária, por onde aliás já venho caminhando desde meus tempos de RFFSA nos anos 70-80, observando casario, ladeiras, azulejos, a alma do Rio Antigo. Depois do mapa, fotos da exposição e do meu passeio.
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Casario (a casa superior esquerda, um tesouro com fachada de azulejos tipo portugueses, dilapidado) |
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Morro da Providência |
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Painel no Passeio Público Ernesto Nazareth |
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Edifício Novocais do Porto |
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Foto da exposição: casa com fachada de azulejos esmaltados |
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Foto da exposição: Igreja de Santo Cristo antes da descaracterização |
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Estrutura metálica |
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o terceiro é um passeio pelo bairro do Santo Cristo de ‘ontem’ |
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Canções de Ernesto Nazareth |
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Flanando pela Zona Portuária |
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Uma sossegada ruazinha na Gamboa |
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Casas coloridas na velha Gamboa |
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Vista do alto da Rua Leôncio de Albuquerque com Morro do Livramento ao fundo |
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Velhas portas e janelas na Gamboa. Em um "recanto da Gamboa" Brás Cubas adquiriu uma casinha, "um brinco", para seus encontros amorosos com Virgília: quem leu as Memórias Póstumas deve se lembrar. |
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Ladeira Morro da Saúde (esquerda) |
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Quartel da PM na Praça Cel. Assunção (ex-da Harmonia) |
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Cristo visto do Boulevard Olímpico |
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